Ibovespa abre em alta e dólar cai em meio a respiro na tensão comercial China/EUA

O índice Ibovespa inicia o dia com ganhos, junto aos mercados internacionais, e a cotação do dólar tem queda em um momento de alívio na disputa comercial travada entre os Estados Unidos e a China. No momento da redação (10h04), o índice da bolsa brasileira mostrava alta de 0,63%, para 75.124 pontos, enquanto o dólar apresentava queda de 0,48% e era cotado a R$4,1413.

O respiro no mercado vem em um momento em que EUA e China demonstram esforços para sentarem-se à mesa e negociarem um acordo que suavize a situação de tensão comercial entre os dois países. O presidente dos EUA, Donald Trump, tem implementado medidas tarifárias e já ameaçou tarifar mais de 400 bilhões de dólares em importações chinesas.

No cenário brasileiro, a situação da saúde do candidato Jair Bolsonaro (PSL) se tornou mais incerta, com o candidato tendo de realizar uma cirurgia de emergência na noite de ontem em mais uma complicação depois da facada que sofreu no dia 6. Ainda no campo político, o mercado volta suas atenções para as últimas pesquisas e aguarda as próximas para tentar traçar suas previsões eleitorais. Amanhã à noite será lançado o resultado do próximo levantamento do Datafolha, um dos mais importantes junto ao Ibope.

Na Ásia, o movimento também foi de alta em um momento em que as bolsas do continente, sobretudo chinesas, se veem esperançosas depois de semanas seguidas de perdas advindas da guerra comercial com os EUA. O otimismo vem da notícia de que altos funcionários do governo norte-americano, liderados pelo secretário do Tesouro Steve Mnuchin, enviaram um pedido à China de que mandassem uma delegação para realizar negociações comerciais.

Na Europa, incerteza e direção indefinida marcam o cenário dos mercados. As bolsas do continente voltam seus olhos à Turquia, cuja moeda, a lira, tem liderado as perdas entre as moedas emergentes em alta vertiginosa da inflação. Os ataques do presidente Recep Tayyip Erdogan ao Banco Central do país não ajudam a situação.

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Daniel Quandt

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