Ibovespa abre em queda de 12,53% e aciona circuit breaker

O Ibovespa abriu em forte queda nesta segunda-feira (16) e acionou o circuit breaker pela quinta vez desde a última semana. A bolsa brasileira segue o pessimismo demonstrado nas bolsas internacionais.

Por volta das 10h25, o Ibovespa apresentava uma baixa de 12,53%, a 72.321 pontos. O mercado está de olho nas medidas emergenciais do Banco Central dos Estados Unidos para conter os impactos econômicos do coronavírus (Covid-19).

Além disso, o mundo segue atento às últimas informações sobre o avanço da pandemia. O número de casos confirmados em todo o planeta já ultrapassaram 170 mil, e o número de mortos fora da China já é maior do que o registrado dentro do país asiático.

Fed

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, de forma emergencial anunciou, no último domingo (15), um corte na sua taxa de juros, mantendo-a entre 0% e 0,25%.

A autoridade monetária central norte-americana também anunciou um pacote de estímulos à economia por conta do avanço do coronavírus. Por meio de Quantitative Easing (QE), o Fed irá injetar US$ 700 bilhões (R$ 3,40 trilhões) para sustentar a atividade econômica da maior potência do planeta.

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Esse é o segundo corte na taxa de juros do banco central estadunidense em menos de duas semanas. No dia 3 de março, antes da reunião agendada, o Fed havia cortado a taxa de juros para 1,0% e 1,25%.

Após o anúncio do Fed , o presidente norte-americano, Donald Trump, parabenizou a iniciativa, a considerando “formidável”. O mandatário vinha criticando a autoridade monetária do país sistematicamente, solicitando novos cortes na taxa de juros.

Coronavírus

Nesta segunda-feira (16), o governo chinês anunciou 12 novos casos do coronavírus. Os casos importados do país asiático superaram os contágios internos pelo terceiro dia consecutivo. Dos cerca de 170 mil casos do novo vírus, 81 mil foram confirmados na China.

A Argentina, após apresentar pouco mais de 50 casos e seus primeiros mortos, fechou suas fronteiras para controlar a disseminação do coronavírus.

A Itália, país mais atingido do continente europeu, registrou 3,59 mil casos da doença e 368 mortes em apenas um dia, se aproximando de 2 mil vítimas. Na Espanha, que declarou estado de emergência no último domingo (15), foram registrados novos 1 mil casos nas últimas 24 horas.

Veja também: O baque do coronavírus é temporário, diz Paulo Guedes

O presidente estadunidense Donald Trump, testou negativo em seu exame de coronavírus. O mandatário realizou o exame na última sexta-feira (13), e a Casa Branca divulgou o resultado oficial na noite do último sábado (14).

Segundo o médico particular de Trump, Sean P. Conley, o presidente continua sem apresentar sintomas uma semana depois de jantar em Mar-a-Lago com a comitiva brasileira que estava em viagem aos EUA.

No encontro, esteve presente o Secretário de Comunicação do Planalto, Fábio Wajngarten, o qual foi testado positivo posteriormente. Trump, no entanto, disse, na última quinta-feira (12), que não estava preocupado com o resultado do exame de Wajngarten.

Bolsas no exterior

As bolsas de valores da Ásia fecharam em queda. Na Coreia do Sul, segundo país mais afetado pelo coronavírus, o índice Kospi fechou em queda de mais de 3%, apesar do Banco Central da Coreia do Sul corta o juro para a mínima histórica de 0,75%

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A Nikkei 225, principal índice acionário do Japão, terceira maior economia do mundo, fechou em baixa de 2,46%. Em Hong Kong, o Hang Seng fechou em queda de 4,03%, enquanto a Bolsa de Valores de Xangai encerrou a sessão com um recuo de 3,40%.

Por outro lado, as bolsas europeias estão registrando os seguintes resultados, às 9h50 (horário de Brasília):

Último fechamento do Ibovespa

O Ibovespa encerrou a sessão, na última sexta-feira, em alta de 13,91%, a 82.677,91 pontos.

Jader Lazarini

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