Ibovespa: veja as 10 ações preferidas pelos mais ricos em fevereiro
O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, valorizou 0,99% em fevereiro, enquanto na parcial de 2024 registra queda de 3,84%. Nesse cenário, os investidores de maior patrimônio continuam com uma postura cautelosa, preferindo ocupar suas carteiras com renda fixa, segundo levantamento da Smartbrain.
Na lista das ações do Ibovespa favoritas, os investidores tendem a preferir ações mais defensivas, com destaque para o setor financeiro, commodities e prestadoras de serviços. As escolhas com maiores riscos são empresas que podem se beneficiar da queda das taxas de juros.
Em fevereiro, as ações preferidas dos mais ricos foram Banco do Brasil (BBAS3), Itaú Unibanco (ITUB4), Itaúsa (ITSA4) e BTG Pactual (BPAC11), destacadas por sua natureza conservadora, como empresas consolidadas e resilientes a choques econômicos.
As ações da Vale (VALE3) e da Prio (PRIO3), do setor de commodities, também foram citadas como escolhas menos arriscadas devido à sua dependência menor da economia doméstica, já que exportam para outros países.
Também são apontadas empresas de serviços essenciais, como CPFL (CPFE3) e Energisa (ENGI11), que são menos afetadas por crises devido à demanda constante.
Ações da Localiza (LREN3) e Cyrela (CYRE3) são consideradas mais arriscadas, mas podem se beneficiar de juros baixos, com a construtora se beneficiando de mais empréstimos e financiamentos e a Localiza com a retomada econômica.
As 10 ações do Ibovespa preferidas dos mais ricos
A pesquisa da Smartbrain analisa dados de mais de 340 mil extratos de investimentos, totalizando mais de R$ 250 bilhões de patrimônio. Ela considera investidores dos segmentos de varejo (30,25% do total, com entre R$ 50 mil e R$ 300 mil), alta renda (39,66% do total, com entre R$ 300 mil e R$ 3 milhões), private (26,87% do total, com entre R$ 3 milhões e R$ 50 milhões) e ultra high (3,22% do total, com acima de R$ 50 milhões).
Ibovespa opera descontado, diz Itaú BBA
O Brasil está subvalorizado em várias métricas, diz o Itaú BBA. A casa afirma que múltiplo preço/lucro dos próximos 12 meses do Ibovespa, excluindo Petrobras e Vale , mostra que o índice ainda está com desconto, negociando a 10x P/E (Preço/Lucro), o que está próximo de um desvio padrão abaixo da média histórica.
Atualmente, cerca de 85% das ações estão com desconto em relação aos níveis históricos, com 14 dos 16 setores sendo negociados com desconto. Os setores de transporte, petróleo e gás estão entre os mais descontados comparado ao desempenho histórico.
Uma parte significativa dos setores (6 de 16) está sendo negociada com um múltiplo P/E para os próximos 12 meses, o que está 30% ou mais abaixo de seus níveis históricos.
“O Brasil oferece um diferencial de rendimento de lucro acima da média em comparação com as taxas nominais de 10 anos (1,9%) em comparação com seu nível histórico (0,3%)”, afirma o BBA,
Dessa forma, o BBA destaca sete ações que estão descontadas em cerca de dois dígitos que podem ser uma ótima porta de entrada para os investidores, são elas: Prio (PRIO3), Randon (RAPT4), Localiza, Hypera (HYPE3), Direcional (DIRR3), Vivara (VIVA3), Suzano (SUZB3).
Perfomance do mercado brasileiro reduziu apetite dos investidores
Para a XP, a performance do mercado brasileiro inferior aos mercados globais levou a uma redução de apetite de risco pelos investidores. Dessa forma, o sentimento em relação à bolsa de valores piorou.
Em fevereiro, cerca de 40% dos assessores indicaram que o Ibovespa deve encerrar 2024 entre 130 mil e 140 mil pontos. Os assessores que indicavam um patamar superior a 140 mil diminuíram de 56% para 38%.
