Futuros de NY desaceleram altas; Ibovespa futuro sobe 1,3%

Os futuros de Nova York operam em leve alta na manhã desta segunda-feira (8), avaliando se uma segunda onde de contaminações pelo coronavírus (Covid-19) pode afetar o país. Após a abertura dos mercados, as bolsas europeias, por sua vez, operam de forma instável, a exemplo dos mercados asiáticos, que fecharam sem direção única.

O Ibovespa futuro, por sua vez, abriu em alta nesta segunda-feira. Seguindo os futuros norte-americanos, o mercado do maior índice acionário da bolsa de valores brasileira, por volta das 9h30, apresentava um avanço de 1,32%.

Um pouco antes, por volta das 8h desta segunda-feira, o S&P 500 futuro apresentava uma alta de 0,38%. Na última sexta-feira (5), o mercado à vista fechou com uma valorização de 2,62%, a 3.193,93 pontos. O índice das 500 maiores empresas norte-americanas já está próximo de sua máxima histórica, atingida no período pré-pandemia.

O país segue atento ao avanço do coronavírus, temendo uma possível segunda onda de infecções. Arizona, Califórnia, Carolina do Norte, Flórida e Texas, entre outros estados, registraram crecimento nos casos confirmados da doença, segundo informações da universidade John Hopkins em uma média móvel de cinco dias a partir do fim de semana.

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O Dow Jones subia 0,62%, para 27.242,0 pontos. A Nasdaq, por sua vez, operava em avanço de 0,12%, a 9.820,38 pontos. Em contraponto aos futuros, S&P 500 VIX, o “indicador do medo” do mercado estadunidense, cai 0,61%, 25,23 pontos, e está no menor patamar desde fevereiro.

Após a surpresa do mercado com o relatório do Deparamento do Trabalho, com uma taxa de desemprego abaixo do esperado, os investidores estadunidenses voltam-se para a reunião do Federal Reserve (Fed) nesta semana, onde autoridades podem dar orientações mais avançadas sobre os próximos passos.

Após a abertura do mercado europeu, os investidores seguem atentos à entrevista coletiva de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), às 10h45 (horário de Brasília), sobre as perspectivas para a economia da região e as pistas sobre os próximos passos da política monetária para fazer frente à pandemia.

Às 8h10 desta segunda-feira, o DAX 30, índice alemão, operava com uma baixa de 0,23%, a 12.820,73 pontos. O britânico FTSE 100 apresentava uma leve alta de 0,15%, para 6.492,40 pontos. O índice francês, CAC 40, caía 0,39%, para 5.177,44 pontos.

O FTSE MIB, índice italiano — o europeu mais impactado pela pandemia –, registrava um avanço de 0,48%, a 20.273,50 pontos, patamar próximo do início de março. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, por sua vez, caía 0,34%, a 3.372,72 pontos.

Já as bolsas asiáticas também fecharam de forma instável nesta segunda-feira. Dados divulgados no final de semana mostraram que as exportações da China caíram 3,3% em maio na comparação anualizada, enquanto as importações recuaram 16,7%. O SSE Composite, de Xangai, encerrou o pregão com uma alta de 0,24%, a 2.937,77 pontos.

A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com uma alta de 1,38%. A bolsa de Hong Kong registrou +0,03%. Já KOSPI, da bolsa da Coreia do Sul, encerrou as negociações com um avanço de 0,11%.

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O petróleo WTI caía 0,63%, sendo negociado a US$ 39,30 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent recuava 0,17%, a US$ 42,35 o barril. Os preços da commodity estão retomando a tendência de alta após a gradual recuperação da demanda, ao passo que as economias de todo o mundo reabrem.

O analista regional de energia do DBS Bank, Suvro Sarkar, disse ao “The Wall Street Journal” que “o mercado de petróleo parece um pouco otimista demais” após o massivo estímulo dos bancos centrais em sustento à economia.

Apesar das tensões geopolíticas, econômicas e sanitárias, os futuros e bolsas mundiais operam em alta, precificando uma melhora no cenário macroeconômico.

Jader Lazarini

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