Balanços da semana

Elon Musk critica ‘censora’ do Twitter (TWTR34) e reunião de executivos vaza

O CEO da Tesla (TSLA34) e comprador do Twitter (TWTR34), Elon Musk, se envolveu em novas polêmicas acerca das diretrizes de liberdade de expressão na rede social. Contudo, as novas falas podem servir como ‘ferramentas legais’ no futuro, já que segundo os arquivos da U.S. Securities and Exchange (SEC), o executivo pode “emitir tuítes sobre a fusão ou as transações contempladas por este lado, desde que tais tuítes não depreciem a empresa ou qualquer um de seus representantes”.

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Tudo começou quando, ainda na terça-feira (26), Elon Musk respondeu a uma postagem do jornalista Saagar Enjeti que replicava a manchete do site de notícias americano Politico. A manchete dizia que a principal executiva que lida com as diretrizes do Twitter, Vijaya Gadde, havia chorado durante uma reunião com funcionários ao discutir a compra de Musk.

Na sua postagem, Enjeti classificou a executiva como a ‘censora’ da rede social, acusando-a de ter abafado a repercussão do caso do laptop de Hunter Biden – filho do atual presidente dos EUA e pivô de uma das maiores polêmicas das últimas eleições.

No seu tweet, Musk disse que “suspender a conta do Twitter de uma grande organização de notícias por publicar uma matéria verdadeira foi óbvia e incrivelmente inapropriado”.

Um dia depois, Musk fez uma nova crítica ao postar um meme falando sobre as entrevistas de executivos do Twitter a Joe Rogan, host do maior podcast do mundo.

Em resposta às postagens de Elon Musk, o cofundador do Twitter e ex-CEO da rede social, Evan Williams, disse que Gadde é “uma das pessoas mais inteligentes e com princípios” que ele conhece.

Outro ex-CEO também teceu críticas à postagem, mas focando na atitude de Elon Musk.

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“Você está transformando uma executiva da empresa que acabou de comprar em um alvo de assédio e ameaças”, disse Dick Costolo, em postagem. “Bullying não é liderança”, frisou.

Em respostas, Musk simplesmente disse que “está dizendo que o Twitter precisa ser politicamente neutro“.

O histórico de críticas do CEO da Tesla acerca das diretrizes da rede social é longo, precedendo a sua compra da companhia por US$ 44 bilhões, feita ainda neste mês de abril.

Em declarações, Musk já disse que se considera “um absolutista da liberdade de expressão” e que considera que “o Twitter é a praça pública”.

Para o executivo, os banimentos e as medidas de “contenção” adotadas pelo corpo de executivos  – como a suspensão da conta de Donald Trump – são incorretas.

Em reunião CEO do Twitter enfrenta funcionários por conta da compra de Elon Musk

Uma das preocupações da administração do Twitter é de que funcionários sabotem a companhia por conta da mudança de gestão, prevendo que uma fatia do corpo de colaboradores se oponha à Elon Musk e o seu ideário.

O temor foi tão grande que, oficialmente, a gestão decidiu por travar mudanças internas, requerendo aprovação de altos executivos para tal.

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Segundo apuração da Reuters, o atual presidente do Twitter, Parag Agrawal, teve que acalmar os ânimos dos funcionários em uma reunião realizada nesta sexta (29) por conta de funcionários o terem cobrado acerca da possibilidade de mudanças no corpo de colaboradores e de eventuais demissões em massa.

Segundo a gravação obtida pela Reuters, a reunião interna da empresa contou com falas de executivos de que a companhia iria monitorar o movimento de saída dos funcionários diariamente, mas que era muito cedo para dizer como o acordo de compra com Musk afetaria os colaboradores.

Isso se dá logo após Musk sugeriu aos credores cortes nos salários do conselho e dos executivos. Gadde, considerada a ‘censora’ da rede, recebe atualmente um montante de US$ 17 milhões ao ano pelos seus serviços.

Uma fonte familiarizada com o assunto disse que Musk não tomará decisões sobre cortes de empregos até que ele assuma oficialmente o comando do Twitter.

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“Estou cansado de ouvir sobre o valor para os acionistas. Quais são seus pensamentos honestos sobre a grande probabilidade de muitos funcionários não terem empregos após esse negócio [venda para Musk?]”, questionou um funcionário do Twitter a Agrawal, em uma pergunta lida em voz alta durante a reunião.

Agrawal disse que a companhia sempre se preocupou com seus funcionários e continuaria a fazê-lo. “Acredito que a futura organização do Twitter continuará se preocupando com seu impacto no mundo e em seus clientes”.

No encontro, executivos citaram que a proporção de funcionários que pediram demissão não mudou em comparação com os níveis anteriores à notícia do interesse de Musk em comprar a empresa.

Após a oferta de US$ 44 bilhões ser aceita, a expectativa é de que Elon Musk tome posse do comando da companhia ainda neste ano.

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Eduardo Vargas

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