Dólar cai 1,14% e tem menor valor em duas semana; Euro fecha em queda

Com os olhares voltados ao cenário externo, o dólar caiu 1,14% nesta terça-feira (29), cotado a R$ 3,72 na venda.

Na maior parte do dia, a moeda americana seguiu a tendência de queda. Logo na abertura, registrou máxima de R$ 3,7596. Porém, ao longo da seção apresentou forte baixa. Assim, o dólar encerrou esta terça-feira com miníma de R$ 3,7207.

Com uma semana intensa, o mercado analisa os desdobramentos da agenda mundial. Nos Estados Unidos, o encontro entre membros do Federal Reserve (Banco Central americano) é destaque.

Além disso, EUA e China irão iniciar uma nova rodada de negociações com o objetivo de colocar fim a guerra comercial entre os dois países.

No Reino Unido, será votado nesta terça-feira (29) o plano B para a saída do país da União Européia.

As outras moedas também caíram ante o real.

    • Euro: queda de 1,084%, a R$ 4,2541;
    • Libra esterlina: queda de 1,785 %, a R$ 4,8628;

Atuação do Banco Central

O Banco Central (BC), realizou o leilão de 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional. O swap equivale à venda futura de dólares.

Com isso, foram rolados US$ 12,73 bilhões de um total de US$ 13,398 bilhões, que encerram em fevereiro.

Fed

O Banco Central dos Estados Unidos (Fed) inicia nesta terça-feira a reunião para tratar da política monetária americana. De acordo com a Reuters, o banco deverá indicar uma estabilidade nas taxas de juros. Em dezembro, o Fed aumentou a taxa básica de juros de 2,25% para 2,5%

Ademais, as discussões sobre possíveis riscos para a economia americana também entraram na pauta do banco.

Nos últimos meses, o presidente americano Donald Trump criticou a política monetária do Fed. Em dezembro de 2018, Trump afirmou em sua conta no Twitter que o único problema da economia americana era o Fed. Em janeiro, Trump voltou atacar a elevação da taxa de juros realizada pelo banco.

Houve especulações sobre uma possível saída do presidente da instituição, Jerome Powell. No entanto, Powell confirmou sua permanência, mesmo que Trump pedisse a sua saída.

Guerra comercial

Na próxima quarta-feira (30) terá início uma nova rodada de negociações entre os Estados Unidos e a China. O vice-premiê chinês, Liu He, desembarcará em Washington para as tratativas com autoridades americanas. He deverá se encontrar com o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin.

O mercado aguarda uma redução das tensões entre os dois país o quanto antes. A gigante norte-americana Apple, por exemplo, teve corte nas vendas na China. Entre os principais fatores para a queda está o reflexo da guerra comercial.

“Acreditamos que o ambiente econômico da China foi muito afetado pelas crescentes tensões comerciais com os Estados Unidos”, disse o CEO da Apple, Tio Cook, na ocasião.

Saiba mais: Apple reduz expectativas de vendas devido à China

Além disso, na última segunda-feira autoridades norte-americanas acusaram a empresa chinesa Huawei de fraude. As disputas envolvendo os Estados Unidos e a empresa podem gerar atritos na já conflituosa relação entre EUA e China.

Saiba mais: Estados Unidos acusam Huawei de roubar segredos comerciais e fraude

Brexit

O Parlamento britânico se reúne nesta terça-feira (29) para votar as mudanças do acordo recusada pelos parlamentares no último dia 16 de janeiro.

Considerada uma derrota histórica, a proposta de Theresa May foi rejeitada por 432 votos a favor e 202 contrários.

Saiba mais: Após derrota no Brexit, Theresa May sobrevive a voto de desconfiança

Dias depois, o trabalhista Jerimy Corbyn propôs um voto de confiança para derrubar a primeira-ministra. No entanto, May conseguiu reverter a situação e continuar no cargo.

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro passa bem após uma cirurgia para retirada de uma bolsa de colostomia. Segundo os médicos, Bolsonaro apresenta “boa evolução clínica”. Ele permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Por outro lado, cresce as expectativas para a posse dos congressistas, que ocorrerá no dia primeiro de fevereiro. O mercado está de olho nas articulações políticas para as eleições dos presidentes da Câmara e do Senado.  O deputado Rodrigo Maia (DEM) e o senador Renan Calheiros (MDB) são alguns dos nomes fortes até o momento para presidir a Câmara e o Senado respectivamente. 

Última cotação

Na última segunda-feira (28), o dólar operou em queda de 0,17% cotado a R$ 3,7655.

Renan Dantas

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