Grana na conta

Após véspera turbulenta, dólar opera em leve queda e segue pressionado

Após uma véspera de fortes emoções no mercado brasileiro, com a crise da Petrobras (PETR4) ajudando a levar o dólar a mais de R$ 5,50, hoje a moeda americana está em baixa, mas segue pressionada pelas declarações do governo.

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Por volta das 11h30, nesta terça-feira (22), o dólar o segue em queda de 0,13%, com oscilações próximas a estabilidade, negociado a R$ 5,4508. Os investidores aguardam informações sobre a reunião do conselho de administração da Petrobras que ocorre hoje.

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A reunião tem como objetivo analisar o pedido do governo de realização de Assembleia Geral Extraordinária para discutir os próximos passas da companhia, após o presidente Jair Bolsonaro indicar o general da reserva Joaquim Silva e Luna, para ocupar o cargo de presidente da estatal.

Na análise de Guilherme Artmann, head de renda fixa da Easynvest, apesar de o dólar seguir uma leve curva para baixo após forte alta, os assuntos que envolvem a Petrobras permanece no radar dos investidores estrangeiros.

“O câmbio deve seguir pressionado nesta terça-feira, e ser negociado em torno de R$ 5,30 e R$ 5,50, ainda em reação às declarações do governo brasileiro sobre eventuais interferências em estatais. Isso deve fomentar a cautela de investidores estrangeiros, o que desestimula uma vinda de investimentos de fora ao país”, apontou Artmann

Ao longo do dia, se espera que o dólar permaneça com a queda pressionada, ou seja, próxima do zero, uma leve correção da alta de ontem, mas o responsável pela Mesa de Câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem, aponta que não há uma perspectiva de queda “muito grande”.

“Os investidores esperam um dólar um pouco mais tranquilo, porém o tranquilo não significa grande queda. Ele vai ficar oscilando, podendo até o final do dia subir um pouco”, disse Nagem.

Investidores monitoram Paulo Guedes hoje

Com as movimentações entre o governo e as estatais, o mercado espera um pronunciamento hoje do Ministro da Economia, Paulo Guedes, que até o momento não se deu por percebido.

“O mercado em si está achando o Paulo Guedes muito calado. Acredito que o que vai definir a permanência do ministro no governo é a provação ou não de algum pacote. Porque se ele não emplacar nenhum pacote perde todo o sentido a presença dele lá”, analisou Nagem.

Ademais, o analista apontou que as intervenções do presidente dificultam o processo de desestatização, uma das principais pautas do ministro. “Com essas intervenções não há chances de privatização, porque se ele [Bolsonaro] está intervindo e colocando alguém no nome dele é porque ele não vai privatizar, uma pauta que Guedes vendia no começo”.

Última cotação do dólar

Na última sessão, segunda-feira (22), o dólar encerrou com alta de 1,27%, negociado a R$ 5,4539.

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Poliana Santos

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