Dólar abre em alta nesta sexta; dados do Payroll no radar

O dólar abriu em alta nesta sexta-feira (3) após bater mais um recorde nominal na última quinta-feira (2). O mercado está atento aos dados do Payroll dos Estados Unidos, descrevendo o cenário do mercado de trabalho do país.

Por volta das 9h30, o dólar variava positivamente a 0,302%, sendo negociado a R$ 5,28. Os investidores seguem atentos às expectativas de bancos e organizações internacionais acerca do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

Além disso, a cotação do petróleo opera em alta após a fala do presidente norte-americano sobre o fim da guerra de preços entre os países da Opep.

Payroll

Segundo o Payroll, relatório de emprego norte-americano, divulgado nesta sexta-feira, a economia dos EUA perdeu 701 mil postos de trabalho em março de 2020.

O resultado ficou acima do estimado por especialistas ouvidos pela agência de notícias “Bloomberg”, que ficaria em torno de 100 mil vagas fechadas. Em fevereiro, o mercado norte-americano havia criado 273 mil postos de emprego.

Os pedidos de seguro-desemprego do país bateram mais um recorde na semana encerrada no dia 28 de março. De acordo com a divulgação do Departamento do Trabalho norte-americano na última quinta-feira (2), foram realizados 6,64 milhões de pedidos ao governo.

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As medidas de contenção da disseminação do novo coronavírus fazem com que cerca de 80% da população estadunidense esteja sob algum tipo de bloqueio à circulação, impactando a economia dos EUA.

PIB brasileiro

Segundo o Bank of America (BofA), o PIB do Brasil deve cair até 3,5% em 2020, devido a pandemia do novo coronavírus. A informação foi divulgada em um relatório que a instituição enviou aos seus clientes na última quinta-feira (2).

Em contrapartida a retração nesse ano, o BofA estima um avanço, na mesma porcentagem, 3,5% para o PIB brasileiro em 2021. Os economistas informaram “o crescimento deve atingir 3,5% no próximo ano, em relação à nossa previsão anterior de crescimento de 2,5%”.

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A revisão negativa se fundamenta em uma “recessão global maior e no impacto do bloqueio implementado no Brasil”, segundo economistas da instituição financeira.

Já segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o PIB brasileiro poderá ser contraído em pelo menos 0,3%. A previsão foi divulgada pelo Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais (DESA, na sigla em inglês) na última quarta-feira (1).

A estimativa da ONU para o PIB brasileiro fica abaixo da projeção do Banco Central (BC), o qual, na semana passada, cortou de 2,2% para zero. Além disso, o documento revelado pela organização alerta que a economia mundial poderá cair até 0,9%.

Petróleo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, na última quinta-feira (2), que espera que a Arábia Saudita e a Rússia cortem sua produção de petróleo. Segundo ele, os cortes dos dois dos maiores produtores da commodity no mundo serão na ordem de 10 milhões de barris por dia, ou “substancialmente mais”.

Trump escreveu em sua conta pessoal do Twitter que conversou com o príncipe saudita Mohammed bin Salman acerca da guerra de preços do petróleo. O herdeiro da Arábia Saudita, por sua vez, conversou com o presidente russo Vladmir Putin.

Veja também: Estados Unidos já está em recessão, diz presidente do Fed

Após a divulgação da conversa pelo presidente norte-americano, a Arábia Saudita convocou, nesta quinta-feira, uma reunião de emergência com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, grupo conhecido como Opep+, para discutir acerca da crise atual.

Devido aos impactos econômicos, financeiros e comerciais causados pela pandemia do novo coronavírus, o petróleo vem sofrendo fortemente neste ano. O barril de Brent iniciou o ano cotado a US$ 68,75, e chegou a ser negociado a US$ 21,65, uma desvalorização de mais de 68,50%.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quinta-feira, o dólar encerrou em alta de 0,09%, cotado a R$ 5,266 na venda.

Jader Lazarini

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