Grana na conta

Credit Suisse reitera recomendação de compra de Vale (VALE3), mas reduz preço-alvo

Em relatório, o Credit Suisse disse que o preço da Vale (VALE3) parece muito conservador e ainda há espaço para valorização. O rating de outperform, ou seja, desempenho acima da média do mercado, permanece, embora o preço-alvo tenha sido reduzido.

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O banco suíço estima que as American Depositay Receipts (ADRs) da Vale podem chegar a US$ 24 (ante uma projeção anterior de US$ 28), sendo que atualmente são cotadas a US$ 18 na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). O upside é de 33%.

Os analistas escreveram que, na visão deles, os desafios do mercado de commodities são “abundantes”, mas os preços do minério de ferro ainda está em níveis saudáveis.

O banco aponta que as fortes correções dos preços da commodity nas últimas semanas, em resposta à queda da demanda por aço com menos investimentos em infraestrutura, além da sazonalidade mais fraca (com fortes chuvas) são os entraves para o mercado.

Contudo, existem outros lados positivos. “Esperamos que a atividade de construção aumente sazonalmente em setembro e outubro e isso deve levar as siderúrgicas a se reabastecerem de minério de ferro. Além disso, a China temtem afrouxado a disponibilidade de crédito ultimamente.”

A redução do preço-alvo vem na esteira do corte das estimativas para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 2022. Neste sentido, os riscos são:

  • Preços mais baixos para o minério de ferro, níquel e cobre;
  • Multas e despesas adicionais relacionadas a Brumadinho;
  • Apreciação do real;
  • Tributação sobre dividendos.

Fluxo de caixa e dividendos da Vale

Na visão do Credit Suisse, a Vale deverá gerar um fluxo de caixa livre de 19% no ano que vem, com base em um preço de US$ 144 por tonelada de minério de ferro.

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Com isso, o FCFE (fluxo de caixa livre para o patrimônio líquido, em português) será na ordem de 50%, perfazendo um dividend yield mínimo de 10%.

“Mas, dado que a Vale é atualmente caixa líquido, vemos amplo espaço para retornos de caixa ainda mais fortes nos próximos anos e uma alta probabilidade pagamentos de dividendos extraordinários que poderiam colocar os rendimentos em dois dígitos.”

Outro gatilho que justifica a compra das ações da Vale é o programa de recompra anunciado pela empresa. O Credit Suisse espera que até 5,3% do free float da empresa seja totalmente comprado e mantido em tesouraria. Outros programas similares devem acontecer nos próximos anos, segundo os analistas.

Por volta das 11h15 desta quinta, os papéis da Vale negociavam a R$ 94,89 na B3, em leve queda de 0,16%.

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Jader Lazarini

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