Vale (VALE3) atualiza projeções e prevê despesa de até R$ 17 bi com Brumadinho em 2021

A Vale (VALE3) atualizou, na manhã desta quinta-feira (9) suas projeções para desembolso de caixa neste ano. Os itens foram mencionados em um fato relevante.

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Para despesas com Brumadinho, em função do desastre do rompimento da barragem na cidade mineira em 2019, a Vale prevê desembolsar entre US$ 2,7 bilhões (R$ 14,3 bilhões) e US$ 3,2 bilhões (R$ 16,96 bilhões).

Esse montante inclui acordos, doações, descaraterização e despesas incorridas.

Vale lembrar que a mineradora concordou em pagar R$ 37,7 bilhões ao governo de Minas no âmbito do acidente, para a recuperação ambiental, obras de infraestrutura e auxílio a moradores de 25 municípios atingidos.

No item de despesas financeiras líquidas, a previsão fica entre US$ 800 milhões (R$ 4,23 bilhões) e US$ 1,1 bilhão (R$ 5,82 bilhões). Já o Capex deve ficar em US$ 5,4 bilhões (R$ 28,58 bilhões).

Impostos e Refis devem atingir entre US$ 3,8 bilhões (R$ 20,11 bilhões) e US$ 4,2 bilhões (R$ 22,23 bilhões).

Outros itens, como capital de giro, derivativos e dividendos pagos a não controladores, devem girar entre US$ 600 milhões (R$ 3,17 bilhões) e US$ 900 milhões (R$ 4,76 bilhões).

A empresa disse que as informações representam uma “mera estimativa, dados hipotéticos que de forma alguma constituem promessa de desempenho por parte da Vale e/ou de seus administradores”.

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Vale resiste em devolver R$ 500 milhões de usina parada

A Vale informou, na última quarta-feira (8), que manterá a ação judicial e a cobrança mensal da hidrelétrica Risoleta Neves, que não entrega energia desde 2015.

A decisão ocorre após a mineradora sinalizar que iria dar fim à disputa judicial que trava com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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A mineradora já recebeu mais de R$ 500 milhões desde novembro de 2015, por uma geração de energia que nunca entregou a partir das turbinas de sua hidrelétrica Risoleta Neves, na região de Mariana (MG), porque a usina foi destruída na tragédia da Samarco na cidade. A usina tem a própria Vale como sócia.

A hidrelétrica Risoleta Neves pertence ao consórcio Candonga, do qual a Vale é dona de 77,5% e a Cemig (CMIG4), de 22,5%.

A paralisação da hidrelétrica levou a Aneel a pedir a suspensão dos pagamentos para a usina Risoleta Neves, já que esta não poderia gerar mais energia.

A Vale, no entanto, não só recorreu do processo administrativo da agência, como entrou na Justiça e conseguiu uma decisão que mantém, até hoje, o pagamento ao consórcio Candonga, para que continue a receber normalmente.

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Jader Lazarini

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