Veja as 5 maiores altas das small caps; SYN (SYNE3) sobe 22% e Lojas Americanas (LAME3), 11,7%

Em um mês turbulento e com piora do cenário macroeconômico, as small caps brasileiras tiveram baixas em conjunto com os demais índices acionários, mas apesar disso algumas empresas ficaram de fora e tiveram altas significativas.

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No acumulado mensal, o Ibovespa caiu 6,7%, fechando o último pregão do mês aos 103 mil pontos, enquanto o SMAL11 teve baixa de 12% no mesmo período, fechando em 2.332 pontos.

O SMAL11 é o ETF da bolsa brasileira que mensura o desempenho das ações de empresas small caps – companhias com valor de mercado abaixo de R$ 1 bilhão.

Nesse cenário, algumas companhias tiveram altas nas suas ações, embora abaixo de 10% na maior parte.

Tradicionalmente, empresas dessa natureza tendem a ter maior volatilidade, algo evidenciado pela queda percentual de quase o dobro de pontos do que o Ibovespa.

A companhia com a maior valorização do mês entre as small caps foi a SYN Prop Tech (SYNE3), que estreou o ticker na bolsa ainda em setembro (substituindo o CCPR3). A alta em outubro foi de 22%.

Após quedas sucessivas, as Lojas Americanas (LAME3) tiveram alta de 11%, ficando à frente das demais companhias, que subiram menos do que 10%.

Veja as cinco maiores altas das Small Caps:

Syn: compra de FII

No seu último resultado, do segundo trimestre, a companhia aumentou seu lucro em 150%, com R$ 26 milhões. Em outubro, com o ticker novo há cerca de uma quinzena, as ações da Syn tiveram alta mesmo sem muitas movimentações da empresa.

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Mas, na última semana do mês, a empresa fechou contrato de compra do Fundo de Investimento Imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa.

“A Syn comunicou que a sua controlada, a Aquarius, assinou o Instrumento Particular de Compromisso de Venda e Compra de Imóveis e Outras Avenças com o Fundo Imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa, representado pela administradora fiduciária Rio Bravo Investimentos – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários”, diz o comunicado da Syn.

Os papéis da empresa fecharam o último pregão de outubro cotados a R$ 12,60, encabeçando as altas das small caps.

Lojas Americanas: preço-alvo dispara, segundo o BB Investimentos

Adicionados ao SMAL11 recentemente, os papéis da companhia ficaram entre as maiores altas das small caps.

No fim de setembro, segundo análise do BB Investimentos, o preço da ação estava “muito aquém do valor justo da companhia”, quando se levam em conta o crescimento de vendas, o ganho de margem líquida e a redução da alavancagem financeira. A instituição decidiu revisar o preço-alvo de R$ 36,61 para R$ 75,30, potencial de valorização (upside) de 104,6%, e mudou a recomendação para compra.

“Incorporamos os resultados referentes ao primeiro semestre de 2021 no valuation da Americanas, e revisitamos premissas de crescimento e rentabilidade para o curto prazo, contemplando a redução da alavancagem financeira nos próximos meses. Por essa razão, alteramos nossa recomendação para compra”, informou o relatório do BB Investimentos.

Com a mudança de ticker e a inserção do AMER3 na bolsa, a XP também viu os papéis com bons olhos, reforçando recomendação de compra para as ações da varejista, com preço-alvo de R$ 82 para os próximos 12 meses.

A corretora afirma que enxerga o anúncio “como positivo, dado que a operação melhoraria os padrões de governança da empresa”.

Os papéis LAME3 terminaram o mês cotados a R$ 4,93.

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São Martinho: ações agradam analistas

A companhia do setor sucroenergético, com capacidade aproximada de moagem de 24 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, ficou entre as maiores altas de outubro apesar de não ter realizado movimentos recentes.

Os documentos da empresa que foram entregues à CVM no mês de outubro eram relativos à governança e ao regimento interno da companhia.

Além disso, as ações do grupo agradaram os analistas do BTG Pactual (BPAC11), que incluíram os papéis na carteira semanal vendo potencial em novembro.

Cesp: análise positiva de bancos e corretoras

Diferente das outras altas das small caps, a Cesp contou com um resultado financeiro divulgado e com análise positiva de bancos e corretoras.

A produtora de energia elétrica do Estado de São Paulo teve um lucro líquido de R$ 395 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante prejuízo de R$ 58 milhões no mesmo período no ano passado.

Além disso, a companhia atribuiu a repactuação do GSF (sigla em inglês para diferença entre a energia contratada e a efetivamente gerada) como um impacto positivo no seu lucro trimestral.

“Neste trimestre, as UHEs (Usinas Hidrelétricas) Paraibuna e Porto Primavera aderiram à repactuação do GSF, resultando no reconhecimento de R$ 782 milhões como ressarcimento no trimestre e extensão do prazo de concessão das usinas em 15 meses e 7 anos, respectivamente”, segundo o balanço.

Já a receita líquida da Cesp cresceu 21% na comparação de base anual, totalizando R$ 572 milhões no período de julho a setembro deste ano.

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A Genial Investimentos cravou recomendação de compra para as ações da Cesp, com potencial de valorização de 40% mirando R$ 35,00. No último pregão de outubro os papéis da empresa fecharam cotados a R$ 25,50

Apesar do resultado fraco, São Pedro resolveu dar uma ajuda e as chuvas que deveriam começar apenas em dezembro já começaram ao longo do mês de outubro nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul (as mais relevantes em termos de capacidade instalada no Brasil) e devem aliviar o custo com energia comprada da empresa no próximo trimestre”, dizem os analistas da casa.

EDP: resultado trimestral impressionou o mercado

Da mesma forma que a Cesp, a companhia elétrica teve alta com seu resultado trimestral agradando o mercado. A companhia registrou lucro líquido de R$ 510,5 milhões no terceiro trimestre desse ano, alta de 70,3% em comparação com o mesmo período em 2020.

No balanço, a receita líquida da EDP Brasil foi de R$ 5,177 bilhões, alta de 72,2% em comparação com a receita registrada ao final do terceiro trimestre de 2020.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,124 bilhões no terceiro trimestre desse ano, um incremento de 60,7% na comparação ano a ano. O Ebitda ajustado, por sua vez, subiu 27,9% na mesma base comparativa para R$ 753,895 milhões.

No release, segundo o presidente João Marques da Cruz, a empresa foi bastante eficiente no trimestre no controle de custos. “Os nossos custos não crescem com a inflação. Muito menos: é um fator importante controlá-los.”

Segundo a Ativa Investimentos, os números da EDP foram melhores do que a expectativa, em função de melhores resultados em distribuição, principalmente. Houve aumento da energia distribuída e alta das tarifas em São Paulo e no Espírito Santo.

Os analistas recomendaram compra para as ações da EDP Brasil, com preço-alvo em R$ 21,50, equivalente a um potencial de alta de 11,7%. No fechamento de outubro a cotação foi de R$ 19,70, ficando dentre as maiores altas das small caps.

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Eduardo Vargas

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