Casas Bahia (BHIA3) engata alta: por que as ações fecharam no positivo no Ibovespa

As ações de Casas Bahia (BHIA3) subiram nesta terça-feira (16) no Ibovespa, com o mercado repercutindo de forma positiva o aumento de participação do JPMorgan na companhia, anunciado na segunda-feira (15), mesmo em um dia em que os juros fecharam em alta.

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No fechamento, as ações BHIA3 subiram 0,61%, cotadas a R$ 6,65.

Cotação BHIA3

Gráfico gerado em: 16/04/2024
5 Dias

“Apesar da curva de juros futuros continuarem abrindo, ou seja, taxas subindo, o que não é bom, principalmente para ativos ligados à economia doméstica, a Casas Bahia trabalha em terreno positivo. Com a divulgação de que o JPMorgan aumentou a participação na empresa, o mercado se animou e fez com que o ativo trabalhasse em terreno positivo”, disse Marcelo Boragini, sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos.

“Esse tipo de notícia deixa os investidores mais otimistas em relação ao papel e gera um fluxo comprador para a ação. Com isso, as ações da Casas Bahia sobem, mesmo com os DIs em alta hoje”, reforça Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da Eu me banco.

A Casas Bahia recebeu na segunda-feira (15) uma nova correspondência do JP Morgan, informando que sua posição passou a representar cerca de 5,10% da quantidade total de ações ordinárias da empresa. Assim, o JP Morgan comprou 581.086 ações e participação em instrumentos derivativos referenciados em um total de 333.975 ações ordinárias.

Conforme correspondência enviada pelo JP Morgan para a Casas Bahia, o objetivo dessa participação acionária é “estritamente de investimento, não tendo como fim alteração do controle ou da estrutura administrativa da companhia”.

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Próximos resultados de Casas Bahia

A expectativa é de que os próximos resultados de Casas Bahia sejam divulgados no dia 8 de maio, depois do fechamento do mercado, quando será anunciado o balanço referente ao primeiro trimestre de 2024 (1T24).

Na visão de analistas de mercado, o balanço ainda poderá refletir um contexto desafiador, com a concorrência mais forte no varejo. Consideram ainda que o plano de reestruturação continua sendo executado.

No quarto trimestre de 2023, a companhia teve um prejuízo contábil de cerca de R$ 1 bilhão, com crescimento de 513,5% em comparação com as perdas de R$ 163 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22).

Sem levar em conta os impactos não recorrentes, o prejuízo líquido totalizou R$ 564 milhões no último trimestre de 2023. Nesse cenário, as perdas foram 51,6% maiores em relação ao prejuízo de R$ 372 milhões observado no 4T22.

Depois de anunciar os resultados do 4T23, o CEO da Casas Bahia, Renato Franklin, disse em teleconferência que “não vemos tantos impactos mais da reestruturação no primeiro trimestre de 2024. O mercado terá de olhar para ele para entender como estamos. Falo com convicção, olhando para targets do terceiro e quarto trimestre, que entregaremos melhora”.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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