Bolhas financeiras na América Latina? A BlackRock já vê essa possibilidade

O chefe de soberanos e mercados emergentes da BlackRock (NYSE: BLK), Amer Bisat, afirmou nesta segunda-feira (14) que o excesso de liquidez global pode levar à formação de bolhas financeiras em ativos na América Latina. O executivo, no entanto ponderou que ainda não chegamos nesse patamar. As informações foram divulgadas pelo jornal Valor Econômico.

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“A primeira onda de QE [quantitative easing] também gerou um influxo massivo de capital nos emergentes, nós já vimos esse movimento antes, mas ainda não estamos lá [no nível de geração de bolhas]”, declarou o executivo da BlackRock, no GZero Summit América Latina, organizado pela Eurasia e pela B3.

Segundo Bisat, o prêmio e o fluxo de capital externo em 2020 na região ainda estão abaixo da média histórica. Apesar disso, o executivo afirmou que os fundamentos dos países da América Latina são mais frágeis comparados aos pares emergentes da Ásia.

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Para Bisat, “2021 parece que será um bom ano ciclicamente para os emergentes e como a procura por yields continua, vejo a América Latina como uma das oportunidades mais interessantes do momento”, disse o chefe de mercados emergentes da BlackRock. “Comparado com os asiáticos os fundamentos são piores, mas os prêmios são mais elevados.”

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Desafios vão voltar, diz BlackRock

De acordo com o executivo da BlackRock, “há razões porque os mercados estão ignorando os desafios, mas os desafios vão voltar”. “Um dos argumentos é que o pior ficou para trás, além disso as respostas políticas na região parecem ter sido bem recebidas pelos mercados”, acrescentou.

Bisat avaliou que o mercado tem se focado mais no curto prazo e nas perspectivas de retomada dos países no próximo ano, apoiado nas notícias promissoras do início do processo de vacinação.

Para ele, a avaliação imediatista pode contribuir para bolhas financeiras na região da América Latina. “É que no curto prazo, as coisas parecem bem, com valuations atrativos e a sensação de que o pior ficou pra trás, mas no longo prazo todos os desafios ainda permanecem, como a questão da desalavancagem e administração dos problemas fiscais”, observou.

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Arthur Guimarães

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