EUA têm 250 mil pedidos de auxílio-desemprego, número abaixo do consenso

Os pedidos de auxílio-desemprego dos Estados Unidos foram de 250 mil na última semana, ante uma expectativa do consenso dos analistas de 265 mil pedidos.

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Segundo dados do Departamento do Trabalho, divulgados nesta quinta-feira (18), houve retração de 2 mil pedidos de auxílio desemprego ante a semana anterior.

Além disso, nos dados da semana anterior houve uma revisão, sendo que o departamento conclui que foram 10 mil pedidos a menos do que o dado inicial.

Com esses números, a média de pedidos de seguro desemprego nos EUA são de 246,7 mil, ainda abaixo de uma mediana na casa dos 270 mil – que indicaria, por sua vez, uma desaceleração material no mercado de trabalho.

A maior parte das demissões recentes têm sido feitas por setores de habitação e tecnologia – no caso da segunda, especialmente pelos juros mais elevados, que pressionam o lucro e aumentam consideravelmente o custo da dívida.

Como exemplo, a Nasdaq, bolsa americana de tecnologia, cai 18% desde o início do ano, após seu pior semestre das últimas décadas.

Isso em meio ao aperto da política monetária pelo Federal Reserve (Fed), dada a inflação que já chegou a 9% segundo leitura do CPI. Atualmente, os juros nos EUA são de 2,5%.

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Fed deve seguir subindo juros em ritmo mais lento

Os dirigentes do Fed avaliaram que serão apropriadas mais altas nas taxas de juros para controlar a inflação nos Estados Unidos até atingir a meta desejada de 2%.

A informação foi divulgada na quarta (17) na ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), sobre a reunião do último dia 27 de julho.

A inflação deve seguir em nível “desconfortável”,  ainda que com poucos indícios de melhora gradual, segundo os membros do comitê de política monetária. Em julho, a inflação nos EUA subiu 8,5%.

Na ata de sua última reunião de política monetária, os dirigentes do Fed também apontam que será “adequado” manter um nível restritivo na política “por algum tempo”, a fim de garantir que a inflação retorne à meta de 2%.

Os dirigentes consideram que essa moderação nas condições do mercado de trabalho deve incluir um recuo no número de vagas abertas, bem como uma “elevação moderada no desemprego, da taxa bastante baixa atual”.

A ata ainda aponta que dois dos dirigentes disseram na reunião que as empresas estão interessadas em manter pessoal, um fator que pode limitar a alta nas demissões associada à desaceleração no mercado de trabalho.

Na avaliação do Fed, os ganhos de empregos “seguem robustos nos últimos meses”, com a taxa de desemprego continuando em nível baixo, enquanto a inflação segue “elevada”.

Para os dirigentes, o mercado de trabalho continua forte, com taxa de desemprego “muito baixa” e um crescimento elevado do salário nominal.

Segundo o BC americano, muitos dirigentes comentaram que há sinais preliminares de uma desaceleração na perspectiva para o mercado de trabalho, entre eles altas nos pedidos de auxílio-desemprego, redução nos níveis de demissão e cargos vagos, crescimento menor da geração de vagas que mais cedo neste ano e relatos de menos contratações em alguns setores. O crescimento do salário real, porém, segue “forte” segundo uma série de medidas, diz a ata.

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Eduardo Vargas

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