Ambev (ABEV3) deve ter resultados mistos no 3T22, diz banco; Entenda

O Bank of America (BofA) atualizou suas estimativas para as ações da Ambev (ABEV3), reiterando recomendação “neutra”, com o preço-alvo de R$ 16, sobre uma “base de custo ainda elevada e repasse desafiador em um cenário de menor inflação no Brasil”.

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Os analistas do BofA esperam que a Ambev atinja um Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 5,3 bilhões no terceiro trimestre de 2022, com margem de 26%, 3 pontos percentuais menor na comparação anual, pela inflação de custos.

No 2T22, a Ambev obteve um Ebitda de R$ 5,538 bilhões.

“O CAC [custo de aquisição de clientes] deve enfrentar um terceiro trimestre difícil devido às interrupções no fornecimento na região, juntamente com protestos e concorrência desafiadora”, disseram os analistas do BofA.

Além disso, os analistas esperam que a Ambev apresente resultados mistos no 3T22.

Entretanto, as operações brasileiras devem superar os negócios internacionais, disse o BofA, justificado por um aumento de 15% na receita por hectolitro de cerveja no Brasil, enquanto os volumes devem diminuir 3% anualmente em comparação com o 3T21.

O BofA também espera que as embalagens voltem aos holofotes à medida que os clientes enchem os bares no quarto trimestre e a demanda por garrafas aumenta em um cenário de oferta limitada.

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Ambev pode ter crescimento nas margens, mas ação está cara, diz banco

O Itaú BBA manteve a recomendação neutra para a Ambev, com preço-alvo de R$ 18 em 2023, o mesmo de 2022.

De acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira (5), os analistas estão antecipando uma aceleração de ímpeto para a Ambev, à medida que vai chegando a expansão do negócio de cervejas no Brasil em 2023.

“Por outro lado, acreditamos que a Ambev não é uma barganha em sua avaliação atual: está sendo negociada a 19 vezes o preço sobre lucro de 2023, em nossas estimativas, com uma taxa interna de retorno (TIR) de 15,6%”, diz o texto. “Já estamos considerando a expansão da margem tanto 2023 quanto 2024, apesar da falta de visibilidade neste último.”

Além disso, o time do Itaú BBA considera que as perspectivas para os preços do alumínio continuam incertas até o momento, dado o cenário volátil de oferta e demanda para a commodity.

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Ana Clara Macedo

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