Ações: Veja as 5 maiores altas e quedas do Ibovespa em fevereiro

No mês mais curto do ano, os investidores observaram diversos acontecimentos como aversão ao risco, aumento da taxa básica de juros (Selic) e a guerra entre Rússia e Ucrânia. Com isso, a carteira de ações do Ibovespa apresentou bastante volatilidade, iniciando fevereiro com 110 mil pontos, chegando a máxima de 115 mil e fechando a 113 mil pontos. O principal índice da Bolsa de Valores encerrou o mês de fevereiro em alta de 0,88%.

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No ano, o Ibovespa acumula alta de 7,94%. Mas, apesar da alta, apenas 37 das 93 ações listadas do índice fecharam o mês no positivo. As maiores altas estão atreladas a operações de fusões e aquisições, como foi o caso da SulAmérica (SULA11) e Rede D’Or (RDOR3).

Já na outra ponta, entre as maiores queda estão empresas que não animaram o mercado financeiro com os resultados reportados no quarto trimestre, como Banco Inter (BIDI11).

Portanto veja abaixo as cinco maiores altas e baixas do Ibovespa

Maiores altas:

Maiores quedas

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SulAmérica e Rede D’Or lideram as maiores altas

As ações da SulAmérica chegaram a bater 22% de alta no pregão da quinta-feira (24), cotadas a R$ 37,90, um dia depois da companhia divulgar que foi comprada pela Rede D’Or. O otimismo prosperou na semana, mas a empresa fechou com a cotação um pouco abaixo de quinta, a R$ 35,20.

A SulAmérica está avaliada em R$ 10,35 bilhões na Bolsa e é considerada a maior seguradora independente do Brasil. A empresa conta com cerca de 7 milhões de clientes e em 2020 registrou um lucro líquido de R$ 2,3 bilhões. As duas empresas juntas somam um valor de mercado que, combinado, chega a R$ 124,8 bilhões, de acordo com informações da Bloomberg.

A Rede D’Or vai assumir o controle da SulAmérica, mas o acordo prevê que as duas empresas continuem suas atuações de forma independente.

Carrefour

O Carrefour  divulgou na semana anterior seu balanço do quarto trimestre de 2021 e, desde então, os papéis apresentam uma trajetória de valorização. A empresa registrou uma queda de 13,5% no lucro líquido ajustado na comparação anual, indo de R$ 886 milhões no 4T20 para R$ 766 milhões no 4T21.

A companhia teve bons resultados no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês). No quarto trimestre, a empresa registrou R$ 1,75 bilhão.

“O Grupo Carrefour Brasil apresentou um desempenho muito resiliente no 4T e no ano de 2021, com crescimento nas vendas brutas e Ebitda ajustado, mesmo diante de uma base de comparação muito difícil”, afirma a CEO Stephane Maquire, no release de divulgação do balanço.

Vale

As ações da Vale apresentaram valorização devido à forte volatilidade do minério de ferro, em meio às atuações do governo da China, maior consumidor da commodity no mundo, para tentar conter os preços.

Além disso, a companhia divulgou um lucro líquido recorde de R$ 121,2 bilhões em 2021.

Totvs

O resultado da Totvs agradou boa parte dos analistas.

A Totvs reportou lucro líquido consolidado de R$ 125,8 milhões no quarto trimestre de 2021 (4T21), montante 30,9% superior ao registrado no mesmo período de 2020. No ano, o lucro da companhia cresceu 26,8% em relação a 2020, totalizando R$ 368,4 milhões.

O resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 3,9 milhões entre outubro e dezembro de 2021, contra perdas financeiras de R$ 7,7 milhões em igual etapa de 2020.

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Qualicorp lidera quedas do Ibovespa

As ações da Qualicorp encerraram a semana caindo 25,45%, cotadas a R$ 12,86. Os papéis não foram impactados por nenhuma notícia específica da companhia, mas sim de suas concorrentes: o anúncio de compra da empresa de planos de saúde SulAmérica pela Rede D’Or gerou perspectivas negativas para a Quali que fizeram suas ações despencarem.

Isso pois a Rede D’Or também é acionista da Qualicorp, detendo cerca de 29% do capital social. Acontece que a regulação atual não permite que administradoras de benefícios e operadoras de saúde comercializem produtos sob o mesmo grupo econômico, o que poderia eventualmente descarrilar os planos comerciais da Qualicorp.

BRF

A companhia reportou lucro líquido de R$ 964 milhões de operações continuadas no quarto trimestre de 2021 — resultado 6,9% maior do que o lucro de R$ 902 milhões verificado em igual período de 2020.

Na avaliação de especialistas, os resultados não empolgaram. O Bradesco BBI disse que os resultados foram neutros, com Ebitda ajustado ficando em linha com o consenso em R$ 1,647 bilhão. Já para o Santander (SANB11), os resultados da empresa foram pouco inspiradores, mas o foco agora são os eventos corporativos.

Isso porque a BRF aprovou a proposta de chapa apresentada pela Marfrig (MRFG3), com 10 membros para a composição do colegiado. Com isso, a Marfrig busca exercer seus direitos de acionista majoritário e influenciar na administração da BRF.

Banco Inter

O Banco Inter terminou o quarto trimestre de 2021 com lucro líquido contábil de R$ 6,4 milhões, queda de 67,1% frente aos R$ 19,4 milhões no mesmo trimestre do ano anterior. O resultado é 66,9% inferior aos R$ 19,2 milhões do terceiro trimestre. As ações do Banco Inter despencaram no pregão seguinte, e a instituição financeira encerrou a semana cotada a R$ 20,19.

Para o BTG Pactual (BPAC11), o destaque do balanço do Banco Inter foi a receita líquida, com NII e receitas de tarifas com resultados melhores do que o esperado. Porém, em relatório, o banco indica que a rentabilidade continua sob pressão.

Outros pontos ressaltados pelo BTG foram a queda nos índices de inadimplência e o índice de cobertura que aumentou, mesmo com a redução das provisões. Com isso, a expectativa do banco é por aumento de lucratividade nos próximos anos.

Via

A queda das ações da Via é explicada por conta do cenário negativo que afeta quase todas as varejista. Os analistas enxergam a deterioração macro, a alta das taxas de juros e a incerteza econômica como as principais razões por trás da performance negativa do setor.

Méliuz

A queda das ações da Méliuz é explicada pela conjuntura macroeconômica. Isso porque a alta de juros ameaça a lucratividade da empresa.

Além de ser uma empresa de tecnologia, a Méliuz ainda está diretamente exposta ao consumo. As pessoas a utilizam quando compram e, em períodos de crise, os gastos tendem a minguar.

Investir em ações do Ibovespa

Antes de qualquer investimento em ações é importante ressaltar que quitar as dívidas deve sempre ser a prioridade. Os analistas da SUNO Research lembram sempre que é necessário antes poupar dinheiro para depois investir no Ibovespa, e nunca se endividar para investir ou investir endividado.

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Poliana Santos

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