Magazine Luiza (MGLU3), Banco do Brasil (BBAS3) e commodities: confira as ações que mais subiram em janeiro

Quem investe ou acompanha o Ibovespa, sabe que muitas ações passam por volatilidades constantes. Com altas e quedas diárias, que podem dificultar a visão do investidor sobre as suas aplicações, a Economatica elencou os 10 papéis que mais subiram em janeiro.

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De acordo com o levantamento, entre as ações em alta em janeiro estiveram empresas exportadoras de commodities — com destaque para mineradoras, siderúrgicas e petroleiras —, mas os maiores ganhos foram no varejo.

As razões não são à toa: a reabertura econômica chinesa tem favorecido os investimentos em ativos de commodities. Junto a isso, a crise na Americanas (AMER3) abriu espaço para outras varejistas listadas na bolsa brasileira, a B3.

Dito isso, confira abaixo quais foram as ações mais valorizadas em janeiro:

  • Magazine Luiza (MGLU3): 61,68% – R$ 4,43
  • CSN Mineração (CMIN3): 30,88% – R$ 5,34
  • CSN (CSNA3): 27,15% – R$ 18,5
  • Pão de Açúcar (PCAR3): 25,42% – R$ 20,72
  • Natura (NTCO3): 25,32% – R$ 14,55
  • Usiminas (USIM5): 19,13% – R$ 8,53
  • 3R Petroleum (RRRP3): 18,75% – R$ 44,83
  • Banco do Brasil (BBAS3): 17,19% – R$ 40,7
  • Cyrela (CYRE3): 16,14% – R$ 15,18
  • Petz (PETZ3): 15,65% – R$ 7,24

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Veja o que influenciou as ações que mais subiram em janeiro

1. Magazine Luiza: analistas elevam preço-alvo e ações sobem

O Goldman Sachs atualizou o preço-alvo para as ações do Magazine Luiza para R$ 4,30, antes em R$ 3,80. Os analistas têm recomendação “neutra” para o ativo. O relatório publicado na quinta (2) animou investidores e as ações da varejista valorizaram.

Os especialistas explicam que atualizaram suas perspectivas sobre Magazine Luiza para incorporar premissas do setor de varejo e comentários da administração.

Além do preço-alvo das ações do Magazine Luiza, aumentaram também a projeção das margens Ebitda para 2023 e 2024 em cerca de 35 pontos-base. Com o foco da administração em aumentar a lucratividade, esperam menores investimentos em margem bruta e melhor controle de despesas por parte da Magalu.

2. CSN Mineração: com preço do minério em alta, XP reitera compra

CSN Mineração atualizou as suas projeções para 2023 durante o Investidor Day em dezembro. A mineradora estima que os preços do minério de ferro avançam para entre US$ 100 a US$ 110 por tonelada com crescimento na demanda global em 26 milhões de toneladas.

Com isso, a XP Investimentos recomendou a compra de ativos da CMIN3, mas indicou preferência pela Vale (VALE3).

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“A companhia teve um ano difícil, tanto pelo fraco desempenho operacional quanto pelo cenário macro volátil, que se refletiu no baixo desempenho das ações da CSN Mineração (-45% no acumulado do ano)”, destacam André Vidal, Guilherme Nippes e Helena Kelm, que assinam o relatório.

Apesar disso, a empresa projetou um capex de aproximadamente R$ 13,8 bilhões entre este ano e 2027.

3. CSN estima investimentos de R$ 2,8 bi e alta de 4,2% nas vendas

CSN atualizou o seu guidance para os próximos anos e projetou investimentos de R$ 2,8 bilhões em 2023 e R$ 6,5 bilhões até 2027.

A siderúrgica estima ainda para 2023 um volume de vendas de aço entre 4,48 milhões de toneladas e 4,67 milhões de toneladas — que representa uma alta de 4,2% em relação ao projetado para 2022.

A projeção de capex é de aproximadamente R$ 13,8 bilhões no período de 2023-2027. De acordo com a projeção da CSN, o montante será gasto como parte da fase 1 do projeto de aumento da capacidade de produção.

Enquanto isso, o volume de produção e compra de minério de terceiros deve ficar entre 39 milhões e 41 milhões de toneladas no ano que vem, acima do número de 34 milhões de toneladas nas projeções para este ano.

Com isso, a estimativa da CSN aponta para custo caixa de entre US$ 19 e US$ 21 por tonelada em 2023.

4. Pão de Açúcar propõe redução de capital bilionária e distribuição de BDRs

O Grupo Pão de Açúcar apresentou ao mercado uma proposta de redução do capital social em R$7,1 bilhões por causa da cisão dos negócios da companhia com a Almacenes Éxito, braço da varejista que atua na América Latina.

O tera será discutido em Assembleia Geral Extraodinária (AGE) e, sendo aprovado, fará com que os acionistas recebam BDRs do negócio internacional.

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Em comunicado enviado à CVM, a companhia explicou que a proposta foi aprovada pelo seu conselho de administração. A ideia é distribuir quatro BDRs do Éxito para cada ativo ON do Pão de Açúcar, negociado sob o ticker PCAR3.

No fato relevante, a varejista ressaltou que a transação “possui um potencial de destravamento de valor a ser capturado de forma isonômica por todos os acionistas do GPA“.

5. Banco do Brasil pega lugar do Itaú (ITUB4) na carteira do BTG

Banco do Brasil assumiu o lugar que era do Itaú (ITUB4) na carteira recomendada de ações 10SIM do BTG Pactual (BPAC11). Na quarta-feira (1º), o banco de investimentos explicou a troca ao dizer que a empresa estatal está “muito mais barata” que o concorrente privado.

“Mantemos a exposição ao setor financeiro em 20%, mas substituímos o Itaú pelo Banco do Brasil, que é muito mais barato (3,6x P/L 2023) e deve reportar o melhor quarto trimestre entre os grandes bancos brasileiros”, destacaram os analistas do BTG Carlos Sequeira, Osni Carfi, Guilherme Guttilla e Bruno Lima.

As ações do Banco do Brasil ocupam 10% da carteira, enquanto os papéis da BB Seguridade (BBSE3) representam os outros 10% da fatia equivalente ao setor financeiro.

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Janize Colaço

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