Os Fundos Imobiliários são defensivos para a sua vida financeira
Ao montarmos uma estratégia cujo objetivo é atingir a liberdade financeira, não devemos pensar apenas nos investimentos que nos trarão o maior retorno ao longo do tempo. Existem outros fatores tão importantes quanto esse.
Como ensina Warren Buffett, a primeira regra dos investimentos é não perder dinheiro. Parece bobo salientar isso, mas a regra é tão óbvia que muitas pessoas a deixam passar.
Da mesma forma que nos preocupamos em investir em ativos que nos farão ganhar dinheiro, precisamos dedicar atenção para não acabarmos perdendo no processo.
Qual o impacto de um prejuízo nos investimentos?
Ganhar dinheiro já é difícil, mas ter de ganhá-lo só após recuperar um valor perdido é ainda mais – e demorado. Portanto, pode ser mais sensato obter um retorno mais consistente e ajustado ao risco para mitigar as possibilidades de prejuízo.
O gráfico abaixo mostra quanto esforço (lucro) é necessário para recuperar uma perda. Enquanto as perdas pequenas exigem um esforço proporcional, as perdas maiores exigem um esforço descomunal.
Por exemplo, ao sofrer um prejuízo de 10%, você precisa obter um lucro de 11% com o dinheiro restante para conseguir voltar à estaca zero. Já para um prejuízo de 40%, você precisa de um lucro de 67%. Por fim, um prejuízo de 90% só pode ser recuperado com um lucro de 900%.
Quanto mais dinheiro você perde, mais difícil é recuperá-lo. Assim, mais do que preocupar-se em rentabilizar seu dinheiro, você precisa se preocupar em não perdê-lo.
Como investir de forma defensiva?
No que tange aos Fundos Imobiliários, eles entram de uma forma bastante defensiva na carteira do investidor, pois não têm uma volatilidade tão grande. Além disso, perdas nas proporções de 50% ou mais são bastante raras.
Porém, existe outro componente que blinda ainda mais seu patrimônio: os rendimentos. Com os FIIs, você recebe dinheiro na sua conta todo mês – livre de impostos.
Isso quer dizer que, mensalmente, você terá recursos em mãos para usar onde houver mais necessidade. Por exemplo, cobrir despesas maiores no começo do ano, ajudar a pagar alguma emergência, investir em outros ativos mais descontados ou qualquer outra coisa de que precisar.
Uma disponibilidade constante de caixa permite que você o direcione sempre para onde julgar necessário. Muitas vezes, isso pode te ajudar a não perder dinheiro. Afinal, não só nos investimentos podemos obter prejuízo: na vida fora da bolsa de valores, muita coisa pode acontecer.
