Energia solar: saiba como funciona e os benefícios para o bolso

A energia solar tem se destacado como uma das formas mais populares de energia limpa nos dias de hoje, sendo frequentemente mencionada na mídia. Os painéis solares são dispositivos capazes de converter o calor do sol em energia elétrica, proporcionando benefícios como descontos na conta de luz e uma longa vida útil.

Neste contexto, é fundamental compreender o funcionamento desse sistema de geração e distribuição de energia solar e aproveitar seus benefícios para obter uma maior economia, tanto para sua residência quanto para o seu bolso, além de contribuir positivamente para o planeta.

O que é energia solar

Energia solar é a energia gerada a partir de compostos sensíveis à luz e/ou calor. Com grande economia de energia na larga escala, mas dependente das estações e do clima, é uma das alternativas de energia limpa na sociedade.

A energia solar é dividida em dois tipos: energia fotovoltaica e energia heliotérmica. Ambas advindas do sol. Cada um é gerado a partir de fenômenos distintos advindos da mesma fonte.

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Tipos de energia solar

Energia fotovoltaica

A energia fotovoltaica é um tipo de energia solar que ocorre a partir da geração de luz. É a energia gerada a partir de painéis solares em tetos de casas ou indústrias, por exemplo.

A luz excita os elétrons de compostos chamados “células fotovoltaicas”, normalmente em silício, criando correntes elétricas que abastecem os eletrodomésticos de uma casa e a eletricidade de uma região.

Por ser dependente de luz, ela pode ser abastecida por outras fontes, como lua e estrelas, ou mesmo lâmpadas – sendo, entretanto, de geração muito inferior e não possível para subsistência.

Energia heliotérmica

Já a energia térmica deriva do aquecimento promovido pelo sol. As células ao se aquecerem geram energia térmica, transformada em energia elétrica através de tubos de vapor.

Essa é a forma comum encontrada em boilers comuns em casas no começo dos anos 2000. Conseguindo garantir dias de água quente, ela também pode ser usada para gerar energia elétrica, mas seu custo é alto demais para ser viável para residências, que preferem usar apenas para esquentar água sem a necessidade de chuveiros elétricos.

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Como funciona a distribuição de energia solar no Brasil?

Ao adotar energia solar, é importante ter em mente como funciona a geração e distribuição da mesma no Brasil. Ao mesmo tempo, não se pode perder de vista algumas dificuldades técnicas dessa tecnologia. Os dois principais fatores a se ter em mente são:

  • Distribuição
  • Baterias

Distribuição de energia solar

A distribuição de energia solar no Brasil segue uma lógica própria. Existem dois tipos de sistemas de energia solar: sistemas on-grid, ou seja, conectados à rede, ou sistemas off-grid, ou seja, não conectados.

O primeiro é o modelo oficial e adotado por quase todas as residências que optam por energia solar em suas casas. O segundo é o de grandes fazendas ou indústrias com capital para garantir uma estrutura off-grid.

O que permite que o segundo seja viável é o uso de baterias, sobre as quais falaremos mais adiante. Antes, vale entender o conceito de sistema on-grid e sistema off-grid.

Sistema on-grid

O sistema on-grid é o sistema “na rede”. Essa “rede” é a rede de distribuição de energia local. A lógica do sistema de energia funciona da seguinte forma: ao longo do dia, a energia solar é gerada e excede o consumo da casa. 

O excedente volta para a rede, e o valor injetado é abatido da conta de luz final. Assim, uma vez conectado à rede de distribuição, o cliente não fica sem energia à noite, quando o gerador não produz energia, pois irá “puxar” da rede. Porém, não irá pagar pela energia que puxa da rede, pois já injetou um excedente, ficando no zero a zero.

Sistema off-grid

Já o sistema off-grid deixa o cidadão ou empresa fora da rede. Ele tira o custo de manutenção de iluminação pública, pois não está usando a rede pública de distribuição de energia. Porém, fica sujeito a ficar sem luz quando o gerador não produzir energia, como em dias muito nublados ou à noite.

Para contornar o problema, sistemas off-grid são instalados com baterias que armazenam o excedente. Essas baterias são o principal fator que encarece os sistemas off-grid.

Baterias

Parte importante para sistemas off-grid, as baterias são ainda uma das frentes de tecnologia de empresas como Tesla (TSLA34), que se esforçam em criar baterias mais baratas e mais eficientes. Com compostos de lítio, essas baterias são a chave para a ampliação de sistemas solares no futuro.

Caras e de curta vida útil (cerca de 5 a 7 anos em 2022), elas tornam sistemas off-grid pouco interessantes no Brasil hoje.

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Vantagens e Desvantagens da energia solar

No Brasil há várias vantagens na adoção de energia solar. As principais são a capacidade de financiamento, a vida útil dos sistemas na totalidade e a economia de longo prazo gerada por eles.

Entretanto, algumas desvantagens também fazem parte da vida do consumidor. Apesar de boas condições de financiamento, os juros altos tornam os sistemas, já caros, ainda mais difíceis de serem adotados. 

A tributação também é uma questão que está sendo resolvida, com novas propostas de lei tramitando pelo Congresso e Senado visando tornar a energia solar mais acessível.

VantagensDesvantagens
Financiamentos especiais com taxas de juros reduzidasValores elevados do sistema
Economia de longo prazo em energiaTaxa de juros influenciando no preço final
Redução da emissão de gases por companhiasLegislação incerta
Autonomia energéticaAlto custo de baterias para sistemas off-grid
Vida útil de 25 a 30 anos do sistemaTributação reduzindo o valor da energia

Como investir em energia solar?

Para investir em energia solar, que faz parte dos critérios do ESG, o investidor empresarial ou pessoa física precisa decidir se quer investir para seu negócio ou residência, ou ainda se quer investir como um ativo.

Comprando um sistema de energia solar

Os sistemas de energia, sejam em empresas ou em residências, geram redução de custos recorrentes. É um sistema que, considerando a inflação energética ano a ano, “se paga” nos primeiros 4 anos de uso, em média.

Para comprar um, é necessário ver com instaladores certificados na sua região e conferir a qualidade das marcas do equipamento antes de fazer a instalação. Os instaladores costumam ter acesso a linhas especiais de crédito, as quais você pode conferir ao fazer um orçamento.

Investindo em Energia Solar

Já ativos geradores de renda, como ações, fundos ou títulos atrelados à energia solar são mais difíceis de se encontrar no Brasil. Apesar de serem grandes pagadoras de dividendos, as empresas de energia elétrica na bolsa apenas recentemente estão voltando suas matrizes energéticas para energia limpa – entre as quais, solar e eólica.

Ações de energia solar

Empresas como a Renova (RNEW4), uma das poucas de energia limpa na bolsa, com maioria de matriz energética em energia solar, são raras. Eneva (ENEV3), EDP (ENBR3), Engie (EGIE3) e CPFL Renováveis (CPFE3) são algumas delas.

Fundos de energia limpa

Os fundos de energia limpa são outra alternativa. Eles investem, além de empresas de energia, também em títulos de empresas atrelados à aquisição de matrizes energéticas limpas e créditos de carbono.

Leilões públicos

Por vezes o governo leiloa grandes pedaços de terra para a produção de energia solar, ficando a empresa responsável pela instalação, custos de manutenção e injeção de energia no sistema público. O lucro fica pela venda no Mercado Livre de Energia.

Fundo de Investimento Imobiliário (FII) em energia solar

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) em energia solar são uma nova categoria do setor. Se enquadram enquanto fundos de investimento de desenvolvimento, quando os gestores utilizam o capital do fundo para comprar, desenvolver e rentabilizar sobre a venda de energia.

Relativamente novos no mercado, só há um fundo que segue essa modalidade de forma exclusiva: o SNEL11, fundo de Energias Limpas da Suno Asset.

Este FII, constituído em parceria uma consultoria especializada em infraestrutura e energia, o Centro Brasileiro de Infra-estrutura (CBIE), projeta uma rentabilidade de 20% ao ano, conforme estudo de viabilidade publicado pela gestora.

A primeira emissão de cotas do SNEL11 ocorreu em dezembro de 2022. Atualmente, suas cotas encontram-se em período de lock-up. A liberação para negociações deverá ocorrer no final de 2023, período que o fundo também passará a distribuir seus rendimentos.

Investir em energia solar vale a pena?

Existem mais benefícios do que desvantagens no investimento em energia solar. Seja na forma de sistemas em casa, seja na forma de aplicações financeiras. 

Porém, as aplicações financeiras permitem menor risco e dores de cabeça associadas a instalação, confiança com fornecedores e linhas de crédito. Além disso, permitem que seu dinheiro financie o desenvolvimento dessa tecnologia com impacto maior do que um terreno individual consegue proporcionar.

Foi possível saber mais sobre energia solar? Deixe suas dúvidas nos comentários abaixo.

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Perguntas frequentes sobre energia solar
O que é energia solar?

Energia solar é uma forma de energia elétrica gerada a partir do sol, seja como energia térmica ou fotovoltaica.

Como investir em energia solar?

Através de ações do setor elétrico, FIIs de energia solar (SNEL11), Fundos de Investimento em energia limpa, comprar ETFs de energia limpa e fazer geração peer-to-peer.

Qual a diferença do sistema on-grid para off-grid?

O sistema on-grid está conectado a rede, não tendo gasto com bateria mas tendo o valor mínimo de energia cobrado todo mês.
O off-grid precisa de manutenção de baterias, mas não corre riscos de estar conectado à rede.

Posso ficar sem luz tendo sistema de energia solar?

Sim, se o seu sistema for on-grid. Caso use um inversor híbrido e um sistema off-grid, é possível ter energia caso falte luz.

Quais as principais empresas de energia solar?

As principais empresas com energia solar em sua estrutura de geração são: Renova (RNEW4), Eneva (ENEV3), EDP (ENBR3), Engie (EGIE3) e CPFL Renováveis (CPFE3)

Investir em energia solar vale a pena?

Sim, sistemas em empresas ou casas tendem a se pagar em média entre 4 a 6 anos. Investimentos como fundos de investimento tem retornos que chegam de 10% a 15% a.a.

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