Trybe, edtech de programação, capta R$ 145 milhões em rodada com XP e Verde Asset

A Trybe, startup de educação digital (ou edtech), captou um montante de US$ 27 milhões (R$ 145 milhões no câmbio atual) em uma rodada Série B. Com o valor levantado, a empresa deve seguir na sua missão de capacitar programadores para um mercado que sofre com a escassez dos profissionais do ramo.

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Com a rodada de investimento, a Trybe passa a ter uma avaliação de US$ 252 milhões, ou R$ 1,3 bilhão, em valor de mercado.

A rodada de investimento foi liderada pelo fundo americano Untitled e pelo brasileiro Base Partners, e também contou com a participação da XP, Verde Asset Management, Endeavor Scale Up Ventures e Hans Tung, sócio do GGV Capital.

Além disso, Luxor e Global Founders Capital participaram no aporte – sendo ambos membros antigos do grupo de acionistas da empresa. A Base, que liderou o aporte, já era sócia da companhia desde a série A, no início deste ano.

Agora, uma das prioridades é a ampliação do leque de cursos oferecido pela companhia – que devem incluir desenvolvimento mobile, cibersegurança e data science, três segmentos que crescem no mercado de tecnologia e programação e movimentam investimentos ambiciosos.

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Em movimento recente, por exemplo, a gestora Pátria Investimentos comprou duas empresas de cibersegurança – a Neosecure e Proteus – em meio a uma alta de ataques hacker em todo o mundo. As aquisições da empresa, do ramo de private equity, devem formar uma plataforma robusta que deve passar por uma oferta pública de ações (IPO) em 2022.

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Segundo a administração, a expansão do portfólio por parte da Trybe era evitada por conta da prioridade em manter o crescimento com qualidade – uma tarefa difícil para quem integra o segmento de startups. Além disso, a companhia também mira um dos nichos mais promissores.

Startup visa atuação como fintech

Além dos cursos de programação, a Trybe também deve incrementar seu segmento financeiro, já que a startup recebeu, ainda em maio, um aval do Banco Central (BC) par atuar como Sociedade de Crédito Direto.

A autorização se deu dois meses após a captação de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) de R$ 50 milhões.

Nesse sentido, a companhia visa uma oferta de modalidades de financiamento para os cursos, além da possibilidade da criação de uma conta bancária digital.

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O investimento nesse segmento deve vir em linha com o modelo de negócios da companhia, em que o aluno só paga o custo do curso quando já conseguiu um emprego e tem uma renda mensal acima de R$ 3 mil.

A parcela possui o limite de 17% desses vencimentos e o estudante tem cinco anos após a formatura para quitar o pagamento, que totaliza R$ 36 mil.

Trybe já agradou gigantes do mercado

Com a oferta de um curso de formação de desenvolvedores, auxílio de demandas identificadas junto a empresas parceiras, a Trybe já havia levantado US$ 21,4 milhões antes desse aporte mais recente, sendo uma captação total de duas rodadas anteriores.

A rodada atual não era prevista e nem necessária, já que os cofres da startup ainda continham valores dos montantes das rodadas anteriores, que demonstraram apreço de grandes investidores.

Nas rodadas anteriores da Trybe já participaram Canary, Maya Capital, Igah e Atlantico, além de José Galló, presidente do board da Renner (LREN3), o publicitário Nizan Guanes, e o ex-presidente do BC, Armínio Fraga.

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Eduardo Vargas

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