S&P 500: Confira 5 ações que despencaram apesar do novembro recorde

Basta abrir o noticiário do dia 30, seja nacional ou internacional, para encontrar a manchete ‘S&P 500 tem melhor novembro da história’. De fato, o índice da Standard & Poor’s que reúne as 500 maiores empresas de capital aberto dos Estados Unidos registrou o melhor desempenho para o mês, mas ainda pouco se fala sobre as companhias que não acompanharam essa bonança.

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No último dia do mês, o S&P 500 fechou em queda de 0,46%, porém o recuo não chegou nem perto de detê-lo. Ao fechamento do mercado, o benchmark norte-americano estampava uma escalada histórica de 11,27%, a 3.621,63 pontos.

A performance foi amparada pela enxurrada sem precedentes de resultados das vacinas experimentais contra a covid-19, incluindo a da Pfizer, da Moderna e da AstraZeneca-Oxford, todas com percentuais de eficácia acima de 90%. Além disso, até o final de novembro, o Reino Unido havia dito que aprovaria o uso emergencial do imunizante da Pfizer (NYSE: PFE) e BioNTech (NASDAQ: BNTX), o que, de fato, o fez dias depois; enquanto os governos ao redor do mundo se mexiam para fazer o mesmo e iniciar a próxima fase de retomada à normalidade após um ano atípico.

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Mas nada neste mundo é absoluto. Assim como o sabonete Lux, o S&P 500 não conseguiu fugir à regra. Foram 36 empresas que fecharam novembro abaixo do nível apurado no mês anterior, aquela uma estrela que não usava o sabonete Lux no início do século XX.

Com isso, reforçando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, veja as cinco ações que mais descolaram do índice e apresentaram as maiores desvalorizações no mês passado.

Hanesbrands

Os papéis da Hanesbrands Inc. (NYSE: HBI) despencaram na Bolsa de Valores de Nova York, especialmente entre os 5 e 9 de novembro. O derretimento é ao acaso. A varejista de roupas, que detém marcas Champion, Playtex e aquela que dá nome à empresa, reportou no início do mês seus resultados referentes ao terceiro trimestre.

Segundo site The Motley Fool, os resultados vieram acima do esperado, com um lucro por ação ajustado de US$ 0,42, o que superou as estimativas de US$ 0,37.

Apesar disso, a companhia divulgou um guidance no qual projetava uma desaceleração do desempenho em direção ao período de festas nos Estados Unidos, com o CEO da Hanesbrands reconhecendo que suas marcas estão envelhecendo. A varejista anunciou uma revisão do modelo de negócios para refinar sua estratégia de longo prazo.

A conjuntura levou os investidores a colocarem os preços da ação para baixo em novembro, mais especificamente 11,64%, para US$ 14,20.

NortonLifeLock

A NortonLifeLock Inc. (NASDAQ: NLOK), do ramo de segurança cibernética para o varejo, também apresentou seus resultados trimestrais no mês passado. Para o segundo trimestre fiscal, encerrado em outubro, a empresa reportou um aumento de 4,9% na receita líquida na base anual.

O lucro por ação foi de US$ 0,36, o que superou as projeções dos analistas da Zacks, que esperavam um resultado de US$ 0,33.

As ações da companhia, no entanto, não se aguentaram. Os papéis caíram 11,38% no acumulado mensal, a segunda maior queda do S&P 500 em novembro, para US$ 18,23.

Firstenergy

O caso da FirstEnergy Corp. (NYSE: FE) é um pouco diferente. Novembro não foi um mar de rosas para a companhia elétrica, que enfrentou duas polêmicas no período.

Em primeiro lugar, a empresa recebeu um aviso da Bolsa de Valores de Nova York alertando que a FirstEnergy não estava em conformidade com os requisitos de listagem contínua. Isso ocorre pois a companhia deixou de apresentar seu relatório trimestral período encerrado em 30 de setembro de 2020 dentro do prazo, que que deveria ser arquivado na Securities and Exchange Comissão (SEC) até 16 de novembro de 2020. Não há qualquer efeito imediato na listagem da elétrica.

A FirstEnergy informou que pretende realizar suas obrigações assim que possível.

Além disso, a empresa corre uma investigação interna de suborno sobre o pagamento de mais de US$ 4 milhões (mais de R$ 20 milhões) a uma entidade ligada a um regulador estadual.

As recentes notícias derrubaram os papéis da FirstEnergy 10,63% no mês passado, para US$ 26,56.

Bio-Rad Laboratories

A Bio-Rad Laboratories, Inc. (NYSE: BIO) está no setor médico e fabrica produtos especializados para os mercados de pesquisa em ciências biológicas e diagnósticos clínicos.

Em novembro, a empresa anunciou os números referentes ao terceiro trimestre deste ano. A Bio-Rad apresentou um receita líquida em alta, especialmente em seu segmento de Life Science. O resultado positivo se deve às vendas de suas linhas de produtos de PCR e PCR digital de gotículas, que tiveram um aumento na demanda em meio à pandemia.

A companhia registrou um recuo de 8,17% no mês passado, com suas ações caindo de US$ 586,42 para US$ 538,50.

Digital Realty Trust

O último lugar da lista fica com a Digital Realty Trust, Inc. (NYSE: DLR). A empresa está no negócio de investimento imobiliário e investe em data centers neutros em relação às operadoras e fornece serviços de colocação e peering.

A Digital Realty Trust registrou um recuo de 6,62% em novembro, a quinta maior queda do S&P 500 em novembro, chegando a US$ 134,75.

Antes de qualquer investimento em ações é importante ressaltar que quitar as dívidas e fazer uma reserva de emergência deve sempre ser a prioridade. Os analistas da SUNO Research sempre salientam que é necessário antes poupar dinheiro para depois investir, e nunca se endividar para investir ou investir endividado. Esta matéria não é uma recomendação de investimento.

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Arthur Guimarães

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