S&P 500: Veja as 5 ações que mais contribuíram ao novembro recorde

Em novembro, o S&P 500, que reúne as 500 maiores empresas de capital aberto dos Estados Unidos, anotou seu melhor desempenho para o mês na história. Mas não foi sem a ajuda de um punhado de ações, que realmente dispararam no período.

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Nem o último dia 30, quando o benchmark norte-americano foi o bastante para detê-lo. Na ocasião, o S&P 500 caiu 0,46%, a 3.621,63 pontos, com realização de lucros após um mês histórico e o acirramento das tensões entre Estados Unidos e China. Apesar disso, o índice estampou o melhor novembro de sua história, escalando 11,27%. A última vez que tinha registrado uma valorização próxima havia sido em 1980, quando avançou 10,24%.

E não é à toa, após meses de grito contido, os investidor finalmente tiveram a chance de vislumbrar um cenário no qual vacinas poderiam chegar antes do previsto. O mês passado foi recheado de resultados das imunizantes experimentais, da vacina da Pfizer, da Moderna e da AstraZeneca-Oxford, todas com percentuais de eficácia acima de 90%.

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Até o final de novembro, o Reino Unido havia dito que aprovaria o uso emergencial da vacina da Pfizer (NYSE: PFE) e BioNTech (NASDAQ: BNTX), o que, de fato, o fez dias depois. Enquanto isso, os governos ao redor do mundo se mexem para fazer o mesmo e iniciar a próxima fase de retomada à normalidade após um ano atípico.

Oil is the new oil?

O S&P 500 teve uma ajudinha especial das empresas extração de petróleo, haja vista que a commodity acumulou ganhos expressivos durante o mês de novembro.

Assim como o índice acionário, os futuros do petróleo encerram o dia 30 em queda com a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, grupos chamado de Opep+, de adiar o destino das restrições à produção frente ao aumento dos casos de covid-19 nos Estados Unidos e na Europa.

Apesar disso, os preços do petróleo registraram uma robusta valorização, muito por conta do avanço em relação às vacinas. No acumulado do mês, os preços do West Texas Intermediate (WTI) em Nova York dispararam 26,68%, ao passo que os futuros do Brent em Londres subiram 27,81%.

Em vista disso, reforçando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, confira as cinco ações que mais se valorizaram em novembro.

Occidental Petroleum

A Occidental Petroleum Corporation (NYSE: OXY) integrou o ranking do S&P 500 em algumas ocasiões em 2020, seja para o bem ou para o mal. Em novembro, foi para o bem.

As ações da companhia petrolífera acumulam uma queda furiosa na Bolsa de Valores de Nova York, em parte devido ao cenário incerto que tangenciou o setor de óleo durante este ano. As empresas do setor não só tiveram de carregar o peso de uma cotação baixíssima, mas também enfrentar os ricos da pandemia ao mesmo tempo.

Apesar disso, no mês passado, o clima foi de otimismo por causa do desenvolvimento em sentido ao iminente processo de vacinação. Foi nesse cenário que os papéis da Occidental Petroleum avançaram 72,62%, a US$ a 15,76, maior alta do S&P 500 em novembro, de acordo com dados da Economática.

Ainda é caminho intrincado, porém. No ano, as ações da companhia acumulam uma desvalorização de mais de 60%.

Devon Energy

E a OXY não veio desacompanhada. Na realidade, todas as cinco maiores altas do S&P 500 em novembro são do setor de energia. Entre elas, a Devon Energy Corporation (NYSE: DVN).

Além do contexto favorável, a petroleira reportou um prejuízo ajustado de US$ 0,04 por ação, mais estreito do que a estimativa dos analistas da Zacks Investment Research. Segundo a casa, o desempenho se deve aos números de produção mais elevados do que o esperado.

As ações da Devon encerraram o último mês em alta de de 56,66%, a US$ 13,99.

Apache

De US$ 8,89 para US$ 12,89, a Apache Corp. (NASDAQ: APA) foi a empresa negociada na bolsa automática dos Estados Unidos e integra o índice da Standard & Poor’s que mais se valorizou em novembro.

O resultado final do terceiro trimestre da Apache também ficou acima do consenso da Zacks. Liderado por volumes de produção maiores do que o esperado, a empresa registrou uma produção média diária ficou 445.241 barris de óleo equivalente por dia (boe / d), superior à expectativa de 424.000 boe / d.

A Apache, ainda que com uma desvalorização de quase 50% no ano, apresentou uma alta de 55,30% em novembro.

Diamondback Energy

Já as ações da Diamondback Energy Inc. (NASDAQ: FANG), que nada tem a ver com as FANG (Facebook, Amazon, Netflix e Google), apuraram um crescimento de 53,93%.

A Diamondback reportou fortes lucros no terceiro trimestre deste ano, com uma melhora da produção de petróleo e gás natural, superando o resultado registrado no ano anterior.

No acumulado de novembro, a companhia anotou a quarta maior valorização do S&P 500, atingindo o preço de US$ 39,96.

TechnipFMC

Por fim, fecha a lista outra empresa global de óleo e gás, a TechnipFMC plc (NYSE: FTI). A fabricante e fornecedora de produtos, serviços e soluções de tecnologia para a indústria de energia registrou uma queda nos ganhos referentes ao exercício no terceiro trimestre, principalmente devido à receita da unidade de Surface Technologies, segundo análise da Zachs.

A certeira de pedidos da companhia também caiu, 18,5% em relação ao trimestre do ano anterior, chegando a US$ 19,6 bilhões.

A TechnipFMC, no entanto, aproveitou a boa onda para empresas da economia real, especialmente de energia, e apresentou uma valorização de 50,27% em novembro, fechando o último pregão do mês a US$ 8,31, na quinta maior alta do S&P 500 para o período.

Antes de qualquer investimento em ações é importante ressaltar que quitar as dívidas e fazer uma reserva de emergência deve sempre ser a prioridade. Os analistas da SUNO Research sempre salientam que é necessário antes poupar dinheiro para depois investir, e nunca se endividar para investir ou investir endividado. Esta matéria não é uma recomendação de investimento.

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Arthur Guimarães

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