S&P 500 sobe 0,28%; bolsas mundiais fecham sem direção única

O S&P 500 e os principais índices acionários do mundo fecharam o pregão desta terça-feira (8) sem sinal único, com os mercados de olhos nas negociações do Brexit, no avanço da covid-19 no Hemisfério Norte e na esperança por novos estímulos nos Estados Unidos.

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As bolsas mundiais hoje estiveram de olho no número crescente de infecções pelo novo coronavírus, que sinalizam a possibilidade de retorno das medidas restritivas. Nos Estados Unidos, a média de casos na semana passada chegou a quase 200 mil por dia, enquanto o nível médio de mortes saltou para mais de 2 mil por dia no mesmo período. O S&P 500 fechou em leve alta de 0,28%, apagando as perdas da sessão anterior.

Enquanto isso, na Alemanha, o número de casos da covid-19 continua alto. O país europeu registrou 26 mil ocorrência na última segunda-feira (7), segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

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Mas nem todas as notícias foram negativas. Hoje, o Reino Unido comunicou que espera aprovação da vacina da Universidade Oxford, em parceria com a AstraZeneca, nas próximas semanas. A farmacêutica ainda informou que seus dados revisados confirmam a eficácia de seu imunizante contra o novo coronavírus.

Dificuldades envolvendo o Brexit

Os investidores seguiram o dia cautelosos diante das dificuldades na negociação de um acordo comercial entre Reino Unido e UE no que concerne ao Brexit.

O bloco europeu e o país anunciaram um entendimento preliminar entre as partes hoje, para o acordo que pode começar a vigorar em 2021.

Ainda não há detalhes sobre o tema e a Eurasia manteve as chances de um acordo comercial em 60%. A empresa de consultoria vê pessimismo no governo britânico, mas destaca o fato de que o premiê Boris Johnson irá a Bruxelas nesta semana, o que reforça a expectativa de uma solução para o impasse.

Novos estímulos nos EUA?

Outro fato que tem chamado a atenção dos investidores é a promessa por novos estímulos à maior economia do mundo. Em Washington, os legisladores ainda trabalham para chegar a um acordo sobre medidas para financiar o governo e fornecer outro pacote de alívio.

De acordo com o líder da maioria na Câmara dos Representantes, Steny Hoyer, em tweet, os legisladores devem votar amanhã uma resolução contínua para adiar o prazo para final para uma decisão de sexta para a próxima semana, a fim de evitar uma paralisação do governo.

S&P 500 e Nasdaq de volta ao território azul

Os três principais índices das bolsas americanas viraram para o território positivo, com o mercado pesando o avanço dos casos de covid-19 contra a promessa de novos estímulos no país.

Os índices foram alavancados pelo segmento de saúde. Segundo a Reuters, os papéis da Johnson & Johnson (NYSE: JNJ) ajudaram a impulsionar os índices Dow Jones e S&P 500, com uma alta de 1,73%, a US$ 151,55, depois de a companhia informar que poderia obter em janeiro os resultados de testes em estágio final de sua vacina.

Bolsas da Europa fecham sem sinal único

Na Europa, as bolsas não tiveram sinal único, tampouco muito impulso.

  • Europa (Stoxx 600 Europe): +0,20% – 393,64
  • Londres (FTSE 100): +0,05% – 6.558,82
  • Frankfurt (DAX 30): +0,06% – 13.278,49
  • Paris (CAC 40): -0,23% – 5.560,67
  • Milão (FTSE/MIB): -0,24% – 22.053,42
  • Madri (IBEX 35): -0,58% – 8.227,60
  • Lisboa (PSI-20): +1,18% – 4.759,11

No início do dia, o quadro geral foi negativo, com investidores cautelosos diante das dificuldades na negociação de um acordo comercial entre Reino Unido e União Europeia no Brexit, bem como ante o avanço da covid-19 pelo mundo. Mais adiante, houve divulgação de avanços no diálogo entre Londres e Bruxelas e o petróleo ganhou algum fôlego, o que apoiou melhora parcial nas bolsas.

Maioria das Bolsas da Ásia fecha em baixa

A maioria das bolsas da Ásia encerrou o pregão em baixa, mirando a ampliação de restrições para conter a segunda onda de covid-19 e o impasse do Brexit. As perdas foram atenuadas, contudo, pela aposta de investidores em mais estímulos fiscais nos Estados Unidos.

  • Hong Kong (Hang Seng): -0,73% – 26.314,00
  • Xangai (SSE Composite): -0,19% – 3.410,18
  • Tóquio (Nikkei 225): -0,30% – 26.467,08
  • Seul (Kospi): -1,62% – 2.700,93

O pessimismo vem na esteira da segunda onda de covid-19 no planeta, que já leva importantes centros econômicos globais, como a Califórnia, a endurecerem medidas restritivas para conter o repique de casos. Além disso, assim como o S&P 500 e outros índices globais, o desconforto das bolsas asiáticas com a falta de acordo para o Brexit persistiu e conteve a tomada por risco.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Arthur Guimarães

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