Saúde: banco projeta crescimento sólido para Rede D’Or (RDOR3) e mais empresas do setor; veja por quê

O Itaú BBA projeta um resultado positivo no segundo trimestre deste ano para várias empresas de saúde – caso da Rede D’Or (RDOR3), Odontoprev (ODPV3) e Mater Dei (MATD3).

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Em relação às operações hospitalares, o Itaú BBA afirma que a Rede D’Or vai apresentar bons resultados no 2T23. “Prevemos resultados sólidos da Rede D’Or no trimestre, com taxas de ocupação em linha com as médias históricas e manutenção dos preços médios. Conforme esperado para o 2T23, a operação de serviços hospitalares deve apresentar forte expansão na margem Ebitda (aumento de 2 pp no trimestre)”, diz a equipe do BBA.

Outro ponto elogiado, segundo os analistas, é a melhora de 70 bps (pontos base) da sinistralidade em comparação ao trimestre anterior, o que foi atribuído à redução de gastos com reembolsos de procedimentos e maior controle de atividades suspeitas de fraudes.

Já a Mater Dei, os analistas do Itaú BBA acreditam em uma melhora da lucratividade no trimestre, decorrente da integração de ativos adquiridos, eficiência e diluição de custos. “A empresa deve registrar receita líquida de R$ 567 milhões, alta de 8,3% no trimestre, impulsionado por uma maior taxa de ocupação e um ligeiro aumento no tíquete médio.”

Com base nas projeções, estima-se que o lucro líquido da Mater Dei seja de R$ 34 milhões para o trimestre e uma margem Ebitda de 25,2%.

Odontoprev: receita forte no 2T23, segundo o BBA

Para o Itaú BBA, outro destaque do setor de saúde é a Odontoprev, que deve continuar a relatar resultados positivos na receita. Analistas estimam uma receita líquida de R$ 530 milhões para o trimestre.

Por outro lado, é esperada uma deterioração do índice de sinistralidade (DLR) no 2T23 devido à sazonalidade mais fraca após um 1T23 muito forte. “Nós estimamos um DLR consolidado de 41,0% no trimestre, alta de 6,8 pp em relação ao trimestre anterior. Projetamos um Ebitda ajustado de R$ 159 milhões, com margem de 30,1%”, avalia o Itaú BBA.

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Saúde: laboratórios devem ter crescimento consistentes, diz Itaú BBA

Segundo o BBA, os laboratórios Fleury (FLYR3) e Hermes Pardini (PARD3) devem apresentar crescimento consistente no 2T23, levando a uma receita líquida de R$ 1,8 bilhão para a empresa consolidada, impulsionada por um bom crescimento orgânico e desempenho positivo de aquisições.

“Esperamos que a lucratividade de ambas as empresas seja pressionada nas bases trimestral e anual. Embora o Ebitda ajustado deva crescer 10% (base anual), a margem deve cair 0,5 pp. Vale ressaltar que deve haver um ajuste de R$ 60 milhões no resultado devido a despesas pontuais relacionadas à fusão das empresas. Portanto, estimamos um resultado consolidado de R$ 99 milhões para o 2T23”, projeta o BBA.

Em relação a Dasa (DASA3), nas operações hospitalares (BU1) estima-se uma melhora na receita impulsionada pela taxa de ocupação sazonalmente mais alta. Quanto às operações de diagnósticos (BU2) também é previsto um crescimento na receita líquida em volumes mais fortes.

“Ao todo, projetamos que a receita líquida da Dasa consolidada cresça 5% no trimestre, para R$ 3.7 bilhões. Esperamos que a linha superior mais forte gere maior alavancagem operacional e margem bruta sequencialmente maior no BU1, enquanto o BU2 pode ficar um pouco atrasado. Isso, combinado com os esforços contínuos para aumentar a eficiência nas despesas gerais e administrativas, provavelmente levará a uma expansão da margem Ebitda ajustado de 0,6 pp no trimestre, para 18,5%”, afirma a equipe do BBA.

Fleury anuncia nova empresa de oncologia

A Fleury anunciou em janeiro que concluiu a constituição de uma nova companhia de cuidados oncológicos em parceria com Atlântica Hospitais e Participações e a Beneficência Portuguesa de São Paulo, denominada ABPF Oncologia.

A ABPF Oncologia, segundo a Fleury, pretende “coordenar o cuidado da jornada do paciente oncológico, com soluções preventivas, pesquisas clínicas e cuidado de excelência, por meio de uma solução integrada, multicanal, humanizada e centrada no paciente”.

O anúncio da nova empresa da Fleury de oncologia foi feito em maio do ano passado.

Além disso, a Fleury informou que, ao final da transação, a Beneficência Portuguesa de São Paulo e a Atlântica Hospitais subscreveram e integralizaram, cada uma, um terço do capital social votante da ABPF Oncologia e celebraram um “Acordo de Acionistas“.

Segundo informações do BTG Pactual, a JV (joint venture, empreendimento em conjunto) prevê investimento de R$ 678 milhões, nos primeiros 5 anos, para construir clínicas de oncologia e centros oncológicos que ofereçam tratamentos de alta complexidade.

Planos de Saúde: Qualicorp deve registrar perdas líquidas

De acordo com o Itaú BBA, mais um trimestre de perdas líquidas é projetado para Qualicorp (QUAL3), com perda de 30.000 beneficiários. No entanto, é projetado um aumento no tíquete médio.

“Assim, projetamos uma receita líquida de R$ 434 milhões. E um Ebitda ajustado de R$ 199 milhões no trimestre”, informa o banco.

A Hapvida (HAPV3) também prevê perda de beneficiários, cerca de 91.000 no trimestre, após significativo aumento de preços e descontinuidade de carteiras não lucrativas.

Por outro lado, embora os aumentos de preço devam começar a ter um impacto maior no tíquete médio ao longo do segundo semestre de 2023, o Itaú BBA projeta um crescimento de 3% no 2T23. “Nossa estimativa de Ebitda ajustado é de R$ 539 milhões, com margem de 7,8%.”

Cotação

No fechamento, nesta segunda-feira (17), os papéis das empresas de saúde citadas ficaram com as seguintes cotações: Rede D’Or subiu 2,69% (R$ 32,89); Mater Dei cresceu 2,57% (R$ 10,39); Hapvida recuou 1,21% (R$ 4,18); Odontoprev queda de 0,25% (R$ 11,97); Dasa teve alta de 0,27% (R$ 11,27); Fleury subiu 1,51% (R$ 15,5); Hermes Pardini se manteve estável (R$ 15,47).

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Vinícius Alves

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