Sabesp publica lucro de R$ 421,6 milhões no 3T20, queda de 65%

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp (SBSP3), registrou um lucro líquido de R$ 421,6 milhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 65% na comparação com o mesmo período de 2019.

 

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A receita operacional líquida e o Ebitda ajustado (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização excluindo efeitos não recorrentes) também recuaram, respectivamente, 18% e 49,7%, para R$ 4,438 bilhões e R$ 1,513 bilhão.

Os números foram impactados, segundo a companhia de saneamento, pela instabilidade econômica causada pela Covid-19. As receitas provindas de clientes comerciais e industriais da Sabesp caíram, respectivamente, 12% e 6,2%, e o crescimento ganho na categoria residencial, de 2,7%, não compensou a baixa.

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A postergação do reajuste em meio à pandemia custou, segundo a Sabesp, R$ 65,6 milhões. “A reposição deste impacto já foi autorizada pela ARSESP e iniciada em agosto de 2020”, acrescentou a diretoria da empresa no release de resultados divulgado ao mercado.

Além disso, a isenção de pagamento de alguns clientes custou R$ 51,6 milhões. A inadimplência teve impacto de R$ 75,1 milhões.

Outra despesa grande para a Sabesp no terceiro trimestre foi causada pela volatilidade cambial. Com a alta do dólar, a dívida da companhia, emitida na moeda, avançou R$ 110 milhões. Para reduzir sua exposição, a Sabesp converteu uma dívida de US$ 494,6 milhões para R$ 2,81 bilhões e antecipou a amortização de R$ 1,91 bilhão. (US$ 350 milhões). A dívida liquida total da companhia é de cerca de R$ 15,38 bilhões.

Além das despesas não recorrentes, a Sabesp viu seus custos, despesas administrativas e comerciais avançarem 20,5% na base anual, para R$ 588,6 milhões no trimestre, considerando os custos de construção. Sem esse termo, o acréscimo foi de 11,1%. A participação dos custos na receita líquida foi de 77,9% no terceiro trimestre de 2020, mais do que os 53,0% registrados no mesmo período do ano passado, com destaque para o avanço dos gastos com salários e energia elétrica.

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Natalia Gómez

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