Radar: Vale (VALE3) pagará dividendos bilionários, XP (XPBR31) lucra R$ 3,6 bi em 2022, Engie (EGIE3) aumenta lucro no 4T22

A XP (XPBR31) registrou queda de 21% em seu lucro líquido do quarto trimestre de 2022, em comparação ao mesmo intervalo de 2021, para R$ 783 milhões. O número é 24% inferior ao lucro do terceiro trimestre. Em 2022, no entanto, o lucro ficou estável, em R$ 3,6 bilhões, na comparação com 2021.

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O lucro líquido por ação básica e diluída da XP foi de R$ 1,43 e R$ 1,39, respectivamente, diz a companhia.

Em 2022, as receitas líquidas da XP chegaram a R$ 13,348 bilhões, alta anual de 11% acima do valor de 2021. No 4T22 o resultado foi de R$ 3,177 bilhões, 3% a menos na comparação com um ano antes.

A empresa diz que o varejo da XP sustentou a maior parcela da receita: R$ 10,2 bilhões – ou R$ 2,5 bilhões no quarto trimestre, avanço de 4% em relação ao ano anterior.

A Receita de Varejo teve uma queda trimestral de 3%. “Os principais pontos negativos que
compensaram o crescimento de Float e Cartões foram: (i) Renda Variável, com menores receitas de COEs
(Certificados de Operações Estruturadas) e menos dias úteis que o 3T22 (61 vs 65), e (ii) Renda Fixa, com
receitas menores de distribuição de ofertas, uma vez que uma parte relevante de ofertas de DCM foram
subscritos, e não distribuídos para investidores.”

As receitas relacionadas ao varejo representaram 80% e 71% do Resultado Consolidado de Instrumentos
Financeiros no 4T22 e no ano de 2022, respectivamente, conforme a Demonstração de Resultado Contábil.

A receita bruta da XP caiu 3% no quarto trimestre frente a igual período de 2021, para R$ 3,33 bilhões, enquanto a receita líquida cedeu 3% para R$ 3,2 bilhões.

“Após um recorde histórico de Receita Bruta no 3T22, a queda sequencial de 12% foi impactada principalmente por uma receita menor em Institucional, Grandes Empresas e Mercado de Capitais. Essas linhas, que juntas representaram 80% da queda de receita QoQ, tiveram uma performance recorde no trimestre anterior, se beneficiando de uma antecipação de ofertas e volumes negociados por conta das eleições presidenciais no Brasil”, explica a XP.

A Receita Bruta total da XP foi de R$ 14 bilhões em 2022, um crescimento de 10% ante 2021. “Reforça a maior resiliência do modelo de negócios. Em um cenário desafiador para Renda Variável no Varejo e Mercado de Capitais”, diz o documento da empresa.

Os principais fatores positivos foram Institucional, Grandes Empresas e Renda Fixa, Float e
Cartões no Varejo, segundo a XP.

A margem bruta da XP foi de 65,1% no 4T22 versus 72,5% no 4T21 e 72,2% no 3T22. “A compressão se deu principalmente por causa de:

  • (i) mudança sequencial no mix de receitas, com uma parcela maior de Varejo
  • aumentando proporcionalmente as comissões,
  • (ii) um impacto de R$ 27 milhões por uma mudança no critério
  • de reconhecimento de taxas de intercâmbio em Cartões. A partir do 4T22, taxas de intercâmbio em compras parceladas são reconhecidas no momento da transação, em linha com outros players da indústria de cartões de crédito,
  • (iii) baixa de R$ 35 milhões em Despesas Antecipadas em decorrência da rescisão de contratos com
  • escritórios de assessoria. “Um pagamento de R$ 74 milhões associado à rescisão desses contratos foi reconhecido em Outras Receitas Operacionais”, explica a XP.

Ao longo do ano de 2022 a XP recomprou 18 milhões de ações, ou R$ 1,8 bilhão, incluindo os blocos comprados de Itaú (ITUB4) e Itaúsa (ITSA4). “Os números representam 3,2% do total de ações e 51% do lucro líquido de 2022, respectivamente. Em janeiro de 2023 foram recompradas mais 3 milhões de ações.

“Apesar de uma possível volatilidade trimestral, esperamos que a margem bruta fique estável em 2023 vs 2022″, acrescenta.

O retorno sobre o patrimônio da XP (ROAE) recuou 1.032 pontos-base para 18,1% no quarto trimestre do ano passado.

O CEO da XP, Thiago Maffra, escreve em carta que acompanha o balanço: “O recente ciclo de bull market visto até 2021 aqueceu o mercado de capitais e incentivou o investidor brasileiro a diversificar seus investimentos e assumir mais riscos.”

O CEO da XP adiciona: “Como a principal plataforma de investimentos do país e contando com a maior rede de distribuição especializada, a XP Inc. se beneficiou desse cenário e colheu os frutos de um modelo de negócio escalável e disruptivo. Entre 2018 e 2021, Ativos de Clientes, Receita Bruta e Lucro Líquido expandiram 59%, 58% e 98% ao ano, respectivamente, muito acima do esperado pelo mercado e até por nós na abertura de capital.”

Com Estadão Conteúdo

Além da XP, confira outros destaques desta quinta-feira:

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Renner (LREN3): lucro salta 15% e fecha em R$ 481,8 milhões no 4T22

  • A Lojas Renner (LREN3) apresentou lucro líquido de R$ 481,8 milhões no quarto trimestre de 2022, alta de 15,9% frente ao apresentado no mesmo período do ano anterior. O Ebitda ajustado, por sua vez, foi de R$ 918,6 milhões, alta de 18,4%.
  • Segundo o balanço do 4T22 da Renner, a receita líquida de varejo obtida no período foi de R$ 3,6 bilhões, uma queda de 0,2% frente a um antes.
  • De acordo com a companhia, o quarto trimestre foi marcado por “acontecimentos atípicos, que impactaram a performance das vendas do varejo”.
  • “Esses fatores vão desde as temperaturas mais baixas que o usual, no princípio do trimestre, até um menor fluxo, em razão das eleições e evento da Copa do Mundo FIFA. Aliado a isso, o cenário macroeconômico mais difícil, com pressão inflacionária e maior endividamento das famílias, tem afetado o poder de compra e hábito dos consumidores”, escreveu a administração da Renner.
  • Além disso, a Lojas Renner ainda menciona que a base de comparação do quarto trimestre de 2021 era elevada, com alta de 22% em relação ao ano anterior.
  • Mais números da Renner
  • Ainda segundo o balanço, a Renner totalizava 5,8 milhões de cartões ativos ao final de 2022, que representaram 34,3% das vendas de varejo no trimestre, queda de 2,3 pontos porcentuais. A redução versus o quarto trimestre de 2021 deveu-se, principalmente, à maior competitividade do segmento de crédito.
  • As perdas líquidas no serviço de crédito da Renner, seguiram “impactadas de forma importante” e subiram de 2,8% da carteira total para 4,5%. A companhia credita esse efeito ao contexto macroeconômico mais difícil, de maior endividamento das famílias.
  • Isso, segundo ela, resultou em um maior provisionamento de perdas (dinheiro que a empresa separa para cobrir o que os clientes não pagaram). Inclusive, os níveis de recuperação de crédito ficaram abaixo do esperado pela Renner.
  • Os créditos vencidos aumentaram versus o trimestre anterior, de 17,1% para 25,8% da carteira, refletindo, segundo a empresa, o cenário de inadimplência de mercado, que seguiu se deteriorando.
  • Vale destacar que as novas safras já se mostram com boa qualidade, ainda que em volumes menores.
  • Cotação
  • As ações da Renner fecharam o pregão de hoje com alta de 0,78%, cotadas a R$ 19,38. No acumulado dos últimos 12 meses, os papéis tiveram uma desvalorização de 27,06%.
  • Com informações do Estadão Conteúdo

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Lucro da Vale (VALE3) recua 30,4% no 4T22 na comparação anual, aos US$ 3,724 bilhões

  • A Vale (VALE3) reportou um lucro líquido atribuível aos acionistas de US$ 3,724 bilhões no quarto trimestre deste ano, queda de 30,4% sobre igual período de 2021, quando obteve US$ 5,352 bilhões. Segundo o balanço financeiro divulgado nesta quinta-feira (16), no acumulado do ano o indicador alcançou a margem de US$ 18,87 bilhões, recuo de 15,7% em relação aos US$ 22,4 bilhões ano anterior.
  • Ebtida ajustado da Vale (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), de US$ 3.726 bilhões, ficou um pouco abaixo dos US$ 3,9 bilhões obtidos no mesmo intervalo de 2021. No acumulado dos 12 meses do ano, foram US$ 16.589 bilhões, queda de 41% em relação a 2021, quando apurou US$ 28.309 bilhões.
  • receita líquida da Vale no 4T22, de US$ 11.941 bilhões, é 8% menor que os US$ 13.105 bilhões do quarto trimestre de 2021. O resultado ficou relativamente acima da expectativa do Refinitiv, que previa em torno de US$ 11,6 bilhões para o período. No ano foram US$ 43.839 bilhões, alta/queda de 19,5% em relação aos US$ 54.502 bilhões do ano anterior.
  • Desta forma, a margem Ebitda no 4T22 atingiu 31%, em linha com os 30% no mesmo período de 2021. No acumulado do ano, a margem foi de 38%, distante dos 52% acumulados um ano antes.
  • fluxo de caixa livre, de US$ 5,7 bilhões do ano fiscal de 2022, representou recuo de 71,5% ante aos US$ US$ 20 bilhões do ano anterior.
  • Enquanto isso, a dívida bruta da Vale no 4T22 foi de US$ 11.181 bilhões ante os US$ 12,2 bilhões na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já a dívida líquida subiu de US$ 1.877 bi para US$ 7,9 bi. As despesas operacionais somaram US$ 1.115 bilhão, uma queda de 60% frente aos US$ 2.849 bilhões.
  • Em sua mensagem, o CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo comentou sobre as iniciativas tomadas pela mineradora, envolvendo a descarbonização da siderurgia, operações e o desenvolvimento de soluções sustentáveis para a revolução energética global.
  • “Acreditamos firmemente que essas iniciativas continuarão posicionando a Vale de forma única para se
    beneficiar das tendências seculares que impactam a indústria de mineração, criando valor de longo prazo de forma sustentável para todos os stakeholders”, comentou Bartolomeo.
  • Mais números da Vale
  • Segundo o balanço divulgado, os investimentos da Vale totalizaram US$ 5,4 bilhões em 2022, em linha com o guidance e 8% superior a/a, devido ao projeto de energia Sol do Cerrado, bem como os projetos de minério de ferro Serra Sul 120 Mtpa, Capanema e Briquete de Tubarão.
  • Para 2023, mineradora espera investir US$ 6 bilhões, impulsionado pela construção do 2º forno de Onça Puma e do VBME, o aporte de capital do projeto Morowali na Indonésia e o andamento dos projetos de minério de ferro Serra Sul 120 Mtpa e Capanema no Brasil.
  • Cotação
  • Nesta quinta-feira, as ações da Vale fecharam em alta de 0,25%, cotadas a R$ 89,22. No acumulado dos últimos 12 meses, tiveram uma valorização de 13,74%.

Vale (VALE3) pagará R$ 9,4 bilhões em dividendos e JCP; confira valor por ação

  • conselho de administração da Vale (VALE3) aprovou o pagamento de proventos cujo montante é de R$ 9,4 bilhões. Em fato relevante divulgado nesta quinta-feira (16), a mineradora informou o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor de R$ 1,3 bilhão e de dividendos em R$ 8,1 bilhões.
  • Segundo o comunicado, será pago em JCP o valor bruto de R$ 0,292 por ação da Vale (VALE3). Para os investidores da B3, a data do pagamento ocorrerá no dia 22 de março. Aos investimentos em ADR, o pagamento ocorrerá no dia 29 de março.
  • Terão direito aos JCP da Vale (VALE3) todos os acionistas com base acionária da B3 no último dia 12 de dezembro. Aos investidores da bolsa de Nova York, a data de corte foi o dia 14 de dezembro.

JCP da Vale (VALE3)

  • Valor total: R$ 1.319.000.000,00
  • Valor por ação: R$ 0,292012688
  • Data de corte: 12 de dezembro de 2022 no Brasil / 14 de dezembro de 2022 nos EUA
  • Data do pagamento: 22 de março de 2023 no Brasil / 29 de março de 2023 nos EUA
  • Já em relação aos dividendos da Vale (VALE3), que acumulam um valor de R$ 8,1 bilhões, será pago R$ 1,827 por ação. Assim como o JCP, as datas de corte da base acionária da B3 e de Nova York são distintos.
  • Terão direito aos proventos do VALE3 todos os acionistas na B3 com base acionária no dia 13 de março, enquanto a data para os acionista na NYSE é dia 15 de março.

Oi (OIBR3): voláteis, ações protagonizam extremos e entram em leilão durante dia agitado

  • As ações da Oi (OIBR3) protagonizaram extremos durante o pregão desta quinta (16). Os papéis chegaram a cair mais de 15% durante o intradia e entraram em leilão no final da tarde. A empresa tenta renegociar suas dívidas após o fim da recuperação judicial, mas ainda não conseguiu fechar um acordo com os bancos.
  • Por volta das 10h15, as ações da Oi eram negociadas por R$ 2,31. Às 10h50, a queda era de 16,45%, e os papéis já estavam sendo negociados por R$ 1,93.
  • Nas horas seguintes, o papel seguiu apresentando alta volatilidade e, às 16h56 do Ibovespa hoje, a ação tinha voltado para o patamar de R$ 2,10, com baixa de mais de 7%. Fecharam em queda de 12%, a R$ 2. Como as ações da Oi possuem um valor baixo, qualquer oscilação para cima ou para baixo torna-se grande em valor percentual.
  • Oi em crise financeira
  • Em comunicado enviado à imprensa na noite de quarta (15), a Oi disse que alguns pontos do seu processo de reestruturação financeira estão sendo tratados de forma “equivocada e injusta”.
  • “O pedido de tutela antecipada à Justiça, feito no fim de janeiro, faz parte das ações legítimas da Oi em busca de sustentabilidade de longo prazo, após cumprir todas as obrigações até aqui decorrentes do Plano de Recuperação Judicial – aprovado em 2018 e encerrado ao final de 2022″, detalhou a empresa no comunicado.
  • Graças ao pedido de tutela antecipada, a Oi conta com uma proteção jurídica contra os credores, que estão impedidos de cobrar os débitos da empresa. Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4) questionaram essa decisão na Justiça.
  • “Esse processo tem sido realizado de maneira integralmente privada e a dívida inicial da empresa, que em valores atualizados seria de cerca de R$ 90 bilhões, foi reduzida hoje a aproximadamente R$ 33 bilhões – incluindo a quitação de 100% dos passivos com o BNDES, de quase R$ 5 bilhões”, prosseguiu a companhia em nota enviada ao jornal O Estado de São Paulo.
  • O caso da Oi é emblemático não apenas por ser uma das maiores recuperações da história do país, mas principalmente pelas imensas transformações, ainda em curso, que vêm acompanhando a empresa desde então.
  • Segundo a Oi, os principais problemas financeiros encontram-se na reestruturação da dívida e no equacionamento da deficitária concessão de telefonia fixa.

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Engie (EGIE3) registra lucro líquido de R$ 904 milhões no 4T22, alta de 10%

  • A Engie Brasil (EGIE3) teve lucro líquido de R$ 904 milhões no quarto trimestre deste ano. O valor representa uma alta de 10,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Já no acumulado do ano, o lucro da companhia foi de R$ 2,764 bilhões, aumento de 16,7% em relação a 2021.
  • “É um resultado que vem bem melhor do que o último trimestre do ano anterior, porque a empresa teve um impairment das usinas de Pampa Sul e da venda de Jorge Lacerda, que são coisas extemporâneas”, comentou o diretor-presidente da Engie, Eduardo Satamini.
  • O executivo destacou, ainda, que o crescimento no lucro da Engie também reflete o início da operação comercial em ativos de transmissão de energia, e redução da inflação no período. “É crescimento do nosso negócio.”
  • Ainda segundo o balanço do 4T22 da Engie, a receita operacional líquida da companhia totalizou R$ 3,102 bilhões no trimestre, alta de 12% em base anual de comparação. Considerando os 12 meses de 2022, a receita da Engie foi de R$ 11,907 bilhões, redução de 5,1%.
  • De outubro a dezembro, o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 1,735 bilhão, queda de 22,8%. Já no acumulado do ano, o Ebitda ajustado da Engie ficou em R$ 6,941 bilhões, 3,4% menor do que o observado em 2021.
  • A dívida líquida de Engie encerrou 2022 em R$ 15,685 bilhões, ou 7,3% maior do que o observado um ano antes.
  • No último trimestre do ano passado, o preço médio da energia vendida pela empresa somou R$ 223,05 por megawatt-hora (MWh), 16,9% maior do que o registrado um ano antes.
  • Operacional
  • A produção total bruta de energia das usinas operadas pela Engie alcançou 5.750 megawatts médios (MWmed) nos três últimos meses de 2022. A energia vendida no período totalizou 4.398 MWmed, ata de 3,9%.
  • Cotação da Engie
  • As ações da Engie fecharam o pregão de hoje com alta de 0,72%, cotadas a R$ 39,05. No acumulado dos últimos 12 meses, os papéis tiveram uma valorização de 3,53%.
  • Com informações do Estadão Conteúdo

Da XP a Engie, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Isabella Taglapietra

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