Radar: Produção de minério da Vale (VALE3) tem alta, dividendos de Petrobras (PETR4) e Pão de Açúcar (PCAR3) recebe proposta milionária

A produção de minério de ferro da Vale (VALE3) totalizou 78,743 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2023 (2T23), representando uma alta de 6,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação ao trimestre imediatamente anterior (1T23), houve um aumento de 17,9%, segundo o relatório divulgado nesta terça-feira (18). 

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A Vale também informou que as vendas do minério de ferro foram de 63,329 milhões de toneladas no 2T23, uma alta de 0,9% frente ao mesmo período de 2022 e aumento de 38,1% em relação ao trimestre anterior.

De acordo com o relatório da Vale, o aumento da produção e vendas no 2T23 foi resultado da recuperação da produtividade do Terminal Ponta da Madeira (MA) ao longo do segundo trimestre, após as restrições de carregamento causadas pelas fortes chuvas que impactaram embarques e vendas no primeiro trimestre.

“A Vale espera um menor gap entre produção e vendas no 3T com a venda de estoques formados no primeiro semestre, dependendo das condições de mercado afirma a mineradora no relatório de produção do 2T23”.

Ainda de acordo com o documento, o preço realizado de finos de minério de ferro foi de US$ 98,5 por tonelada — valor US$ 14,8 por tonelada menor a/a, principalmente devido aos menores preços de referência (US$ 26,9/t menor a/a), que foram parcialmente compensados por um menor impacto dos ajustes do sistema de precificação (US$ 9.1/t maior a/a).

Além disso, a Vale destaca que o preço realizado (US$ 160,4/t) de pelotas de minério de ferro foi de US$ 40,9 por tonelada menor a/a, devido aos menores preços do índice 65%Fe e prêmios de pelotas.

Além de Vale, confira outros destaques desta terça-feira:

Petrobras (PETR4) manterá ‘proeza’ de pagar dividendos robustos mesmo com nova estratégia da empresa, diz banco

  • Em relatório divulgado na segunda-feira (17), analistas do Santander Brasil (SANB11) pontuaram que as mudanças na estratégia da Petrobras (PETR4) provavelmente terão um impacto financeiro limitado, mas acredita que a estatal manterá sua ‘proeza’ de pagar dividendos robustos.
  • No texto, os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz destacaram ainda que o capex [Capital Expenditure ou Investimentos em Bens de Capitais] do plano 2024-2028 pode ser semelhante ao do plano 2023-2027, em torno de US$ 78 bilhões, “dado que a empresa não tem tempo para alterar seus planos de investimento tão rapidamente”.
  • Além disso, os novos ajustes no plano de negócios da Petrobras poderão ser divulgados em agosto, antes do novo plano estratégico que deve ser divulgado no quarto trimestre de 2023, informou o diretor-presidente da empresa, Jean Paul Prates, à agência Reuters.
  • Ainda de acordo com o Santander, citando reportagem do Broadcast, a estatal poderia manter o pagamento trimestral de dividendos com uma política que implica em um dividend yield (DY) de dois dígitos e apresenta uma mudança gradual em relação à política atual.
  • Em relação ao capex da Petrobras, o banco incorporou um valor em linha com o plano atual, ou seja, de US$ 18 bilhões para 2024/2025, totalizando US$ 78 bilhões para 2023-2027.
  • Já sobre dividendos da Petrobras, os analistas acreditam que devem ficar em torno de 40% do fluxo de caixa livre para o segundo trimestre em diante, “mas não ficaríamos surpresos se a política atual (60% do fluxo de caixa livre) se aplicasse a outro trimestre, o que implicaria um dividend yield de 17% para 2023E (vs. nosso caso-base de 13%)”, disseram.
  • “Continuamos confortáveis com nossas estimativas de caso-base para a Petrobras, que incorpora as variáveis acima mencionadas e leva a um rendimento de fluxo de caixa livre de 26% e 20% para 2023 e 2024, respectivamente, e um DY de 13% e 9% em 2023 e 2024”, acrescentaram.
  • O Santander tem recomendação “outperform” para as ações da Petrobras, o equivalente a “compra”, com preço-alvo a US$ 19,00 para as ADRs.

Pão de Açúcar (PCAR3): bilionário da Colômbia faz nova proposta pelo controle do Éxito

  • Grupo Pão de Açúcar, o GPA (PCAR3), informou que recebeu nesta terça-feira (18) uma nova oferta do investidor e bilionário Jaime Gilinski pelas ações do Êxito, rede de supermercados da Colômbia. A nova proposta gira em torno de US$ 586 milhões, totalizando 51% do capital social do Êxito.
  • Segundo o Pão de Açúcar, a nova oferta pelo Éxito não foi solicitada ou negociada previamente com a administração da empresa.
  • No mês de junho, Gilinski já havia feito uma proposta referente à aquisição de 96,52% do Éxito por US$ 836 milhões de dólares, porém o Conselho de Administração do GPA recusou o pedido.
  • Agora, a diretoria do Pão de Açúcar comunicou o recebimento da nova oferta para o Conselho de Administração, que deve se reunir para avaliar o tema nos próximos dias. “Importante ressaltar que o recebimento da Nova Oferta não altera ou suspende a transação em curso para segregação dos negócios do GPA e do Êxito, conforme anunciada ao mercado. A transação continua em evolução e tem previsão de conclusão nas próximas semanas, conforme anteriormente comunicado”, informa o Pão de Açúcar em fato relevante.
  • Além disso, a companhia menciona que, caso seja aceita a proposta, será necessária a aprovação de outras agências regulatórias (incluindo antitruste) na Colômbia e em outras jurisdições.

Bradesco (BBDC4) relata incidente de segurança em unidade americana; entenda

  • Em fato relevante divulgado nesta terça-feira (18), o Bradesco (BBDC4) informou ter sido vítima de um incidente de segurança em sua unidade Bradesco Securities, em Nova York, o que pode ter resultado na visualização não autorizada de dados de funcionários, administrativos e de clientes.
  • Na nota, o Bradesco informou que a eventual visualização desses dados não coloca em risco a integridade de acesso a sistemas transacionais dos titulares junto à Bradesco Securities.
  • “Além disso, o evento não resultou em indisponibilidade de sistemas ou interrupção das operações, que seguem funcionando regularmente, e não afetou clientes, operações ou dados corporativos de outras unidades de negócios do Bradesco”, pontuou o banco.
  • Ainda de acordo com o texto, a Bradesco Securities prontamente acionou seus protocolos de controle e segurança para apurar as causas do incidente no banco, a sua extensão e mitigar os seus efeitos. Adicionalmente, adotou todas as medidas necessárias para a solução do incidente, bem como de comunicação aos afetados e às autoridades competententes.
  • “O Bradesco reforça seu compromisso com a transparência e a segurança dos dados de seus colaboradores e clientes e manterá o mercado informado de qualquer informação relevante relacionada a esse evento”, acrescentou a instituição.

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Mercado Livre (MELI34): mesmo cauteloso com varejo eletrônico, banco recomenda compra das ações; veja por quê

  • Apesar das preocupações em relação à exposição do Mercado Livre (MELI34) na Argentina e a possível concorrência de plataformas transfronteiriças no Brasil, o BTG Pactual espera um crescimento significativo da empresa nos próximos quatro anos, recomendando a compra das ações e mantendo a posição do Mercado Livre como melhor escolha do setor.
  • “Embora ainda sejamos conservadores na exposição ao comércio eletrônico no ST [curto prazo], fatores como tráfego, sortimento e maior foco no nível de serviço continuam sendo fundamentais para o sucesso das plataformas de comércio eletrônico na América Latina”, diz o BTG.
  • A partir disso, analistas avaliam que a varejista leva grande vantagem frente às concorrentes do Mercado Livre. De acordo com o BTG, a empresa está sendo negociada a um múltiplo de 1,4 vezes o valor da sua transação bruta de mercadorias (GMV), projetada para 2023 e a um múltiplo de 4,2 vezes a vendas (EV/Vendas).
  • Além disso, a equipe do BTG projeta um crescimento significativo nos próximos quatro anos, com uma taxa composta anual de crescimento (CAGR) de lucro por ação (EPS) de 29%.
  • O BTG fixa preço de US$ 1.630,00 nas ações do Mercado Livre negociadas em Nova York.

Magazine Luiza (MGLU3) vai rescindir contrato com fundo imobiliário que tinha vacância zerada; Veja qual

  • O FII BRCO11 comunicou ao mercado que recebeu uma notificação do Magazine Luiza (MGLU3) informando a decisão da empresa varejista de rescindir de forma parcial e antecipada um contrato de locação de imóvel com o fundo.
  • A notificação foi recebida pela FII BRCO11 na última sexta-feira (14), mas só foi informado ao mercado pelo fundo ontem (17). O contrato de locação com o Magazine Luiza é do tipo não residencial, e foi firmado no dia 1º de setembro de 2020.
  • A locação tem como objeto uma área de 6.597 m², equivalente a 9,5% da Área Bruta Locável (ABL) do imóvel Bresco Contagem. Apesar disso, essa locação representa apenas R$ 0,01 por cota do fundo imobiliário BRCO11.
  • O contrato terá vigência até o dia 15 de abril de 2026 e projeta um aviso prévio de 6 meses para a desocupação do imóvel, assim como uma indenização equivalente a 3 vezes o valor do aluguel vigente reajustado pela variação positiva acumulada do IPCA.
  • Essa indenização seria proporcional ao prazo remanescente do contrato. Essa rescisão antecipada do Magazine Luiza também prevê a devolução da carência concedida, que também será corrigida pelo IPCA.

Weg (WEGE3) vai pagar R$ 609,3 milhões em dividendos; veja valor por ação

  • Assim, os proventos da Weg correspondem ao valor total de R$ 0,1452022924 por ação.
  • Os dividendos intermediários da Weg serão creditados conforme as posições acionárias até o dia 23 de julho de 2023. A partir de 24 de julho em diante, as ações da Weg serão negociadas como “ex-dividendos”, ou seja, sem direito aos proventos.

Dividendos da Weg

  • Tipo: Dividendos intermediários
  • Valor total dos dividendos: R$ 609.302.840,15
  • Valor por ação: 0,1452022924
  • Data de corte: 23 de julho de 2023
  • Data do pagamento: 16 de agosto de 2023

PRIO (PRIO3): ações despontam no Ibovespa após virar preferida do setor para o Santander

  • As ações da PRIO (PRIO3) fecharam em alta nesta terça-feira (18) no Ibovespa, com o Santander Brasil (SANB11) reagindo positivamente à notícia de que a petroleira ‘júnior’ iniciou a produção do poço ODP5 (F23P3) no Campo de Frade, com produção estabilizada em 8 mil barris de óleo por dia.
  • No fechamento desta terça-feira (18), as ações ordinárias da PRIO subiram 2,83%, a R$ 43,18, liderando as altas do Ibovespa.
  • Em fato relevante, a PRIO afirmou que o poço ODP5 é o primeiro da nova campanha de redesenvolvimento, antecipado em quase um ano, com custos em linha com os anteriores para construção e conexão subsea. Com a nova produção da Prio superou a marca de 100 mil barris por dia.
  • No relatório, os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz pontuaram que embora a produção do ODP5 esteja alinhada com as estimativas do banco, a percepção atual é de que os investidores da PRIO esperavam uma produção de aproximadamente 5 mil barris de óleo por dia.
  • “Como tal, acreditamos que o mercado poderá ver esta notícia de forma positiva e, de fato, esperamos revisões para cima por consenso para a PRIO”, disseram.
  • Além disso, olhando para o futuro, o Santander espera que a proeza operacional da PRIO continue com notícias adicionais sobre as perspectivas do pré-sal em Frade, além de planos adicionais relativos a uma campanha de redesenvolvimento. O banco acredita, ainda, em uma estabilização no campo de Albacora Leste, traduzindo-se em uma produção total de 95 mil barris de óleo por dia no acumulado de 2023.
  • O Santander reiterou a recomendação ‘outperform’ para as ações da companhia, equivalente a ‘compra’, com preço-alvo a R$ 41,99, classificando a empresa como “top pick”.

Compra da Enjoei (ENJU3) abre ‘novas portas’, diz XP; ação sobe 11,7%

  • Analistas da XP destacaram que viram com bons olhos a nova aquisição feita pela Enjoei (ENJU3), da plataforma Elo7.
  • empresa comprada pela Enjoei é a maior plataforma de produtos artesanais do Brasil e registrou um GMV de R$ 500 milhões em 2022, com 1,6 milhão de compradores ativos e mais de 50 mil vendedores.
  • Nesta terça (18) as ações da empresa subiram 11,72%, a R$ 1,43%.
  • “A empresa destacou que a aquisição permitirá a expansão de sua base de vendedores profissionais, cuja margem de contribuição é +3,5x maior, ao mesmo tempo em que também deve se beneficiar da alavancagem operacional, pois a Enjoei espera aplicar seu manual de otimização de custos e despesas. Além disso, os executivos destacaram que o acompanhamento de indicadores, como lucro bruto/transação e custos de logística, será fundamental no primeiro estágio da integração”, diz a casa.
  • “No curto prazo, a companhia destacou que ambas as plataformas devem permanecer independentes, com foco na integração operacional. Em uma etapa posterior, no entanto, a venda cruzada entre as plataformas deve ser escalada, se beneficiando da sobreposição do público-alvo entre elas”, acrescenta.
  • A recomendação segue neutra para ENJU3, por conta de um cenário macro ainda desafiador, com preço-alvo de R$ 1,20.

Da Vale à Enjoei, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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