Radar: Petrobras (PETR4) tem alta de 3.718% no lucro líquido, Oi (OIBR3) poderá vender unidade de fibra ótica, XP Inc (XPBR31) perde US$ 1 bilhão na Bolsa dos EUA

Petrobras (PETR4) registrou lucro líquido de R$ 44,5 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), equivalente a uma alta de 3.718% frente os R$ 1,16 bilhão  registrados entre janeiro e março de 2021.

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Já o lucro líquido recorrente reportado pela Petrobras ficou em R$ 43,3 bilhões, elevação de 2.969%, sobre os R$ 1,141 bilhão no mesmo período do ano passado.

Sobre o quarto trimestre de 2021, período em que a Petrobras lucrou R$ 31,5 bilhões, houve aumento de 41,4%, de acordo com a apresentação do balanço da empresa, divulgado nesta quinta-feira (5).

A estimativa do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustiveis (Ineep) para o lucro da Petrobras no 1T22 era de R$ 42,6 bilhões, abaixo do resultado apresentado.

balanço financeiro da estatal aponta que o aumento do lucro líquido ocorreu principalmente pela alta do petróleo Brent no período, aliado a maiores margens de diesel, maiores exportações de petróleo, menores custos com importação de GNL, ganhos cambiais devido à valorização do real frente ao dólar e ganhos de participações em investimentos.

Entretanto, de janeiro a março de 2022, a empresa teve menos ganhos com alienação de ativos (equivalente a -R$ 6,7 bilhões) e com reversão de impairment (-R$ 1,5 bilhão), em comparação ao último trimestre de 2021.

“Com maior lucro antes dos impostos, houve maior despesa com imposto de renda e contribuição social em R$ 10,8 bilhões no 1T22 em comparação ao 4T21”, afirma a Petrobras, em relatório.

O preço do barril de petróleo Brent, referência para a Petrobras, registrou alta de 23% nos primeiros três meses do ano, comparado ao 4T21 e 60% na comparação anual, para uma média de US$ 93 o barril.

Em termos de cotações, a companhia informou que o dólar médio de venda no 1T22 foi de R$ 5,23, com o barril do petróleo Brent em US$ 101,40, levando o preço dos derivados básicos no mercado interno a R$ 544,25.

Isso significa que o dólar médio no trimestre diminuiu 4,4% no ano e 6,3% no trimestre.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, Ebitda ajustado da Petrobras foi de R$ 77,7 bilhões no 1T22, alta de 58,8% na comparação anual e de 23,5% frente ao quarto trimestre do ano passado.

Enquanto isso, o Ebitda ajustado recorrente somou R$ 78,2 bilhões de janeiro a março, crescimento de 64% no ano a ano e alta de 25,2% na comparação com trimestre imediatamente anterior.

O fluxo de caixa livre da Petrobras totalizou R$ 40,4 bilhões no 1T22, expansão 30,2% na comparação anual, mas recuo de 3,6% frente ao quarto trimestre.

Além da Petrobras, confira outros destaques desta quinta-feira:

Oi (OIBR3) poderá vender unidade de fibra ótica para BTG Pactual (BPAC11), diz Anatel

  • O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidiu, por unanimidade, conceder anuência prévia à venda do braço de fibra ótica da Oi (OIBR3). A aprovação do negócio já era esperada, conforme antecipou o Broadcast em 14 de abril.
  • A última reunião do conselho para deliberar sobre o tema havia sido encerrada após pedido de vista do conselheiro Emmanuel Campelo.
  • Na ocasião, entretanto, já havia votos suficientes para selar a operação.
  • A venda do braço de fibra ótica da Oi – batizado de V.tal – para o fundo de investimento do BTG Pactual (BPAC11) em conjunto com a Globenet Cabos Submarinos foi acertada no começo do segundo semestre do ano passado, por R$ 12,9 bilhões.
  • A Oi ficou com 42,1% da subsidiária, enquanto os novos acionistas, com 57,9%.

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AES Brasil (AESB3) tem queda no lucro líquido, que vai a R$ 70,9 milhões

  • A AES Brasil (AESB3) registrou lucro líquido de R$ 70,9 milhões no primeiro trimestre de 2022, queda de 23,7% frente os R$ 93 milhões de igual etapa do ano passado. O desempenho reflete efeitos não recorrentes registrados no ano passado, como o ressarcimento relacionado ao risco hidrológico (GSF). Excluindo esse fator, o resultado é 2,5% superior aos R$ 69,2 milhões do lucro líquido ajustado dos três primeiros meses do ano passado.
  • “De maneira normalizada, todas as linhas melhoraram”, disse ao Broadcast Energia o diretor vice-presidente e de Relações com Investidores da AES Brasil, Alessandro Gregori. Ele destacou que a performance operacional da companhia melhorou, com todas as fontes apresentando evolução positiva.
  • O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 300,6 milhões, uma baixa de 13,9% ante igual período de 2020. Já o Ebitda ajustado, que exclui o ressarcimento do GSF no primeiro trimestre do ano passado e custos não recorrentes em ambos os períodos, chegou a 313,3 milhões, alta de 1,8%. A margem Ebitda ajustado caiu 9 pontos porcentuais, para 46,3%.
  • A receita líquida da AES Brasil subiu 21,6% entre janeiro e março, frente aos mesmos meses do ano passado, para R$ 676,8 milhões.
  • Já os custos de operação e despesas operacionais da geradora cresceram 32,3% e totalizaram R$ 131 milhões no trimestre. Os custos com compra de energia aumentaram ainda mais: 125,2%, para R$ 245,2 milhões, impulsionadas pelas compras feitas em 2021, quando a hidrologia desfavorável levou a companhia a buscar se antecipar e proteger de uma potencial manutenção do cenário ruim.
  • Em termos de geração própria de energia, a companhia anotou um crescimento de 14,4% da geração hídrica, para 2.676 gigawatts-hora (GWh), com a melhora do nível dos reservatórios.
  • O primeiro trimestre de 2022 mostrou uma condição hídrica bastante diversa da verificada no ano passado. A afluência no Sistema Interligado Nacional (SIN) chegou a 110,5% da Média de Longo Termo (MLT), uma alta de 35,8 p.p base anual de comparação.
  • No Sudeste/Centro-Oeste, onde está concentrada a maior parte da geração hídrica do País, a afluência encerrou o período em 96,8% da MLT, volume 25 p.p maior ante o mesmo intervalo de 2021.
  • O nível médio dos reservatórios no SIN subiu 24,7 p.p nos primeiros três meses do ano, para 69,9%, enquanto o nível médio dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste chegou a 63,6%, uma elevação de 28 p.p na mesma base de comparação.
  • “O volume de água nos reservatórios permite a gente voltar a esperar uma condição de GSF ou geração hídrica mais próxima do que é normal, passamos a situação em que tínhamos uma restrição nessa fonte”, comentou Gregori.
  • Os ativos das demais fontes operadas pela AES Brasil também apresentaram bom desempenho. A geração eólica cresceu 1,1%, para 408 GWh, enquanto a fonte solar produziu 14,7% mais, para 153,7 GWh.

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Bradesco (BBDC4) tem alta de 4,7% no lucro do 1T22, para R$ 6,8 bilhões

  • O Bradesco (BBDC4) fechou o primeiro trimestre de 2022 com lucro líquido recorrente de R$ 6,8 bilhões, alta de 4,7% no comparativo anual. A informação foi divulgada no balanço do banco, arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), nesta quinta-feira (5) após o pregão.
  • O lucro contábil do Bradesco atingiu R$ 7 bilhões entre janeiro e março, o equivalente a um incremento de 13,9% na comparação anual.
  • O Bradesco afirmou em apresentação os resultados do lucro líquido recorrente vem através de um bom desempenho da margem financeira, das receitas de prestação de serviços e das despesas operacionais. “Esse resultado é uma demonstração de nossa capacidade de capturar oportunidades, mesmo em um cenário de incertezas – com altas na inflação, aumento das taxas de juros e tensões geopolíticas”, afirma o comunicado.
  • O Retorno Anualizado sobre Patrimônio Líquido Médio (ROAE) teve queda de 0,7 pontos percentuais e alcançou 18% no período. O Retorno Anualizado sobre Ativo Médio (ROAA) foi de 1,6%, em linha com os resultados do 4T21 e do primeiro trimestre de 2021.
  • Segundo o balanço do Bradesco, o Índice de Basileia da instituição foi de 15,7%, aumento de 0,3 ponto percentual na comparação de base anual.
  • A carteira de crédito expandida apresentou crescimento de 18,3% em 12 meses, chegando a R$ 834,5 bilhões. Na carteira de pessoas jurídicas, as operações de Pequenas e Médias Empresas (PMEs) expandiram 15,7% no ano.
  • As receitas de prestação de serviços tiveram crescimento anual de 6,7% e totalizaram R$ 8,6 bilhões.
  • A despesa de Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) Expandida anotou aumento de 23,8% no período e atingiu R$ 4,8 bilhões.
  • Ao fim do primeiro trimestre, o índice de inadimplência total acima de 90 dias aumentou 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, alcançando 3,2 ponto percentuais.
  • A margem financeira atingiu R$ 17 bilhões, com a margem com clientes evoluindo mais de 19,6% no trimestre e atingindo um spread de 9,7%.
  • O resultado do Bradesco quanto às despesas operacionais teve um aumento de 4,4% em relação ao primeiro trimestre de 2021, para R$ 11,7 bilhões.

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Sanepar (SAPR11) tem alta de 18,4% no lucro líquido no 1T22, para R$ 291,9 milhões

  • A Sanepar (SAPR11), Companhia de Saneamento do Paraná, divulgou nesta quinta-feira (5) seus resultados do primeiro trimestre de 2022 (1T22). A empresa apresentou lucro líquido de R$ 291,9 milhões, 18,4% maior que o resultado obtido no mesmo trimestre no ano anterior.
  • O resultado da Sanepar foi impactado pelo crescimento de 14,7% da receita operacional líquida, com R$ 1,4 bilhão de janeiro a março de 2022.
  • O aumento na receita operacional líquida da Sanepar foi afetado por quatro fatores:
  • Reajuste tarifário de 5,11% a partir de 05 de fevereiro de 2021;
  • Rvisão tarifária de 5,77% a partir de 17 de maio de 2021;
  • Crescimento dos volumes faturados de água e esgoto; e
  • Aumento no número de ligações.
  • O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou a R$ 595,7 milhões, avanço de 14% em relação ao mesmo período em 2021. Já a margem Ebitda registrada foi de 42,3%, ante 42,6% reportado no mesmo período do ano passado, recuo de 0,3 ponto porcentual.
  • A geração de caixa operacional do primeiro trimestre foi de R$ 486,2 milhões, aumento de 41,2% na comparação de base anual.
  • A Sanepar também informou um crescimento de 2,2% nas ligações de água na comparação anual, chegando a 3,36 milhões, com 73,2 mil novas adições. Ainda, as de esgoto subiram 2,9% na mesma base comparativa, ao somar 2,39 milhões. No período em questão, foram feitas 66,7 mil novas ligações desse tipo.
  • O índice de alavancagem, medido pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda no acumulado de 12 meses caiu 0,1 ponto percentual, para 1,3x. Os custos e despesas operacionais aumentaram no ano contra ano, indo de R$ 301,9 milhões em 2021 para R$ 916,5 milhões, elevação de 14,8%.

XP Inc (XPBR31) perde US$ 1 bilhão na Bolsa dos EUA após balanço

  • Um dia depois de a XP Inc (XPBR31) ter divulgado os resultados do 1T22, a empresa brasileira sentiu a insatisfação dos investidores na Bolsa de tecnologia Nasdaq, dos EUA. Após chegar a perder 15% pela manhã, os papéis fecharam em baixa de quase 7,5%.
  • Com esse desempenho, apenas na quarta-feira (4), a perda de valor de mercado da XP foi de US$ 985,6 milhões. Em um ano, a baixa da empresa de Guilherme Benchimol no pregão de Nova York supera 40%. Por aqui, os números também são desanimadores para os recibos de ações (BDRs) da XP.
  • Ontem, a queda foi de 8,03% e os BDRs fecharam avaliados em R$ 107,60. Um ano atrás, o valor dos recibos era de R$ 219,17, cerca de 51% maior do que o preço atual. De acordo com analistas ouvidos pelo Broadcast, o desempenho ruim das ações da XP foi motivado menos pelos resultados e mais pela indefinição da venda da fatia do Itaú e da Itaúsa na empresa.
  • A XP fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 987 milhões, o primeiro resultado trimestral abaixo de R$ 1 bilhão desde o início de 2021. O sócio e diretor financeiro da XP, Bruno Constantino, comentou que o início do ano foi desafiador tanto pelo impacto da variante Ômicron na economia quanto pelo início da guerra entre Rússia e Ucrânia.
  • Esses fatores alimentaram a volatilidade no mercado, especialmente o de ações, que concentra a maior parte das receitas da XP.
  • O banco americano JP Morgan apontou em relatório que a XP apresentou um resultado “tímido” no primeiro trimestre deste ano, com redução de rendimentos. De acordo com a instituição, esse cenário, combinado com as vendas “intermináveis” de ações da Itaúsa e, em breve, do Itaú (ITUB4), foi o suficiente para os papéis desabarem ontem.

Do Petrobras a XP Inc, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Victória Anhesini

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