Radar: Petrobras (PETR4) deixa carteira de dividendos da XP, o crescimento do Nubank (ROXO34) e Sequoia (SEQL3) aprova grupamento de ações

A XP Investimentos divulgou sua nova carteira recomendada de ações focada em dividendos, contando com duas novas mudanças no portfólio. Uma delas foi a saída da Petrobras (PETR4) das recomendações, dando lugar a um aumento de exposição na Cemig (CMIG4), cuja posição era de 5% e agora é de 10%.

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Segundo a XP, a Petrobras vem passando por um desempenho negativo na Bolsa de Valores depois que seu conselho de administração decidiu continuar com seus dividendos sendo definidos pela fórmula mínima, no valor de US$ 2,9 bilhões, o que representa 3% de rendimento.

Já em relação ao aumento de posição na Cemig, a XP explica que a ação vem negociando com um “valuation atrativo em relação aos seus pares”. Outro destaque feito para a empresa é que ela conta com uma política de dividendos cujo payout é de 50%, gerando “proventos que chamam a atenção”.

Além de Petrobras, confira outros destaques desta segunda-feira:

Nubank (ROXO34) mostra crescimento 10x maior que grandes bancos em termos de crédito

  • Em relatório após analisar dados dos bancos brasileiros, especialistas do Safra apontaram que o Nubank (ROXO34) segue apresentando maior crescimento do crédito em relação aos incumbentes – os chamados “bancões” – expandindo 3,7% mês a mês, ante uma queda de 0,3% dos grandes bancos na mesma base comparativa.
  • No outro lado, especialistas apontam aumento dos empréstimos com classificação E-H para o Nubank e o Banco Inter (INBR32), com ROXO34 chegando a 8,9% e o Inter em 8%. Os números representam crescimentos de 20bps e 15bps na base mensal, respectivamente.
  • “Nesta segunda, 1º de abril, o Banco Central do Brasil (BCB) divulgou os dados do balanço de janeiro de 2024 de cada banco. Notamos que os números “mantiveram o rumo”, sem surpresas inesperadas no início do ano”, diz o Safra sobre os dados recentes.
  • “Destacamos o Bradesco (BBDC4), cujo lucro voltou ao patamar recorrente, após alguns ajustes em dezembro, ao mesmo tempo em que apresentou melhora na qualidade dos ativos quando analisados os empréstimos com classificação EH”, completa.
  • Olhando para o setor, o Safra ressalta que tem preferência pelas ações do Itaú (ITUB4), papel para o qual a recomendação da casa é de compra, com preço-alvo de R$ 41.
  • As ações do banco são negociadas a cerca de R$ 33 atualmente.

Sequoia (SEQL3) aprova novo grupamento de ações; o que muda?

  • Conforme explicado pela companhia em seu comunicado, o grupamento de ações da Sequoia pretende cumprir com o ofício enviado em setembro de 2023 pela Superintendência de Listagem e Supervisão de Emissores da B3, assim como enquadrar a ação SEQL3 em preço igual ou acima de R$ 1,00.
  • Caso seja aprovado, o grupamento da Sequoia vai ser feito na proporção de 20 para 1. Isso significa que cada conjunto de 20 ações ordinárias vão ser agrupadas em 1 ação ordinária da companhia.
  • Desde que aconteça, o grupamento de ações não vai alterar a participação dos investidores no capital social da empresa, trazendo a garantia de que os acionistas continuem com os mesmos direitos patrimoniais e políticos.

AES Brasil (AESB3) derrete: UBS-BB rebaixa empresa por alta alavancagem e desempenho fraco. E como ficam os dividendos?

  • Preocupada com a capacidade da AES Brasil (AESB3) em gerar caixa de forma consistente, o UBS-BB, um dos maiores bancos de investimento do mundo, rebaixou a companhia para “venda” e cortou o preço-alvo de R$ 12 para R$ 9 por ação. No pregão desta segunda-feira (1º), as ações da AES Brasil registraram uma significativa queda em resposta à notícia, encerrando o dia com uma baixa de 6,37%, sendo negociadas a R$ 9,55. No acumulado deste ano, a desvalorização já atinge 22%.
  • “Estamos rebaixando a AES para venda devido à alta alavancagem, ao fraco desempenho operacional dos ativos da AES, à baixa vida útil do portfólio e à volatilidade impulsionada pelas notícias de venda de ativos”, diz o relatório do banco.
  • No texto, os estrategistas afirmam que, embora prevejam o crescimento operacional para a empresa no futuro, os fatores negativos, como o desempenho ruim dos ativos da AES a somar com o efeito de restrição e as altas despesas financeiras, levaram a essa mudança de classificação. Atualmente, a AES está sendo negociada com uma Taxa Interna de Retorno (TIR) real de 8,1%, enquanto a média das empresas que a UBS-BB é de 10,5%.

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Dividendos: Santander reduz peso de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) em abril; Cury (CURY3) ganha destaque na carteira

  • O Santander anunciou alterações na composição de sua carteira recomendada visando a estratégia de dividendos para abril. Os analistas do banco aumentaram o peso da Cury (CURY3) e da Santos Brasil (STBP3), ambas de 8% para 9%, e da SLC Agrícola (SLCE3), de 9% para 10%. Por outro lado, os pesos de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) foram reduzidos em 1% e 2%, respectivamente.
  • O Santander vê a Petrobras negociando com um dividend yield de 9%, o que está em linha com os pares da América Latina/Europa. Com isso, a casa optou por manter a petroleira na carteira com um peso de 11%, levemente abaixo do peso da empresa no Ibovespa, que é de 12%. Já a Vale continua sendo a Top Pick do setor de Siderurgia & Mineração, uma vez que, segundo a casa, é negociada a um valuation atraente (rendimento de FCL de 8% e 3,2x EV/EBITDA 2024E). 
  • Em relação ao aumento de posição da Cury, o banco acredita que a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida e a redução da curva de juros de longo prazo beneficiaram a construtora, além da empresa ter um dos maiores dividend yields (6,5%) esperados para 2024 dentro da Construção Civil.
  • O Santander projeta um lucro líquido de R$ 640 milhões para 2024 e R$ 777 milhões para 2025, aumentos de 1% e 5% em relação às estimativas anteriores. “Nossa visão positiva sobre a Cury é sustentada por três fatores principais: sua força de vendas e pipeline de projetos diferenciados nas principais áreas de São Paulo e Rio de Janeiro, contribuindo para um sólido desempenho de vendas; robusto dividend yield em 2024E de 6,5%; e valuation atraente, com P/L 2024E de 9,0x”, afirma o banco. 
  • Sobre a Santos Brasil, a empresa é a Top Pick do setor de Transportes & Infraestrutura do banco. A visão favorável para a companhia é impulsionada por forte expansão do Ebitda (CAGR de 34% em 2024-26E), ajudada por uma combinação de crescimento de volume e preço real. 
  • Além disso, o início do ciclo de geração de FCL (rendimento de FCL de 12% em 2025E) e um dividend yield de 7% esperado em 2024. 
  • A tese de investimento da SLC Agrícola, por sua vez, está centrada em  yields crescentes, maior área plantada, e custos estáveis em meio a um potencial La Niña que se aproxima. “Projetamos que 2024 será um ano positivo para a SLC ampliar sua área locada. As temporadas que antecederam 2023/24 foram altamente favoráveis para os produtores, marcadas por um forte aumento nos preços das commodities”, diz o banco. 

Petrobras (PETR4) é mantida e Eletrobras (ELET3) retorna à carteira do BTG em abril

  • Segundo o BTG, o ano começou claramente “pior do que o esperado para as ações brasileiras”. Além da piora das perspectivas de cortes nas taxas de juros nos EUA, um pouco mais de pressão sobre a inflação no Brasil pode levar o Banco Central (BC) a reduzir o ritmo dos cortes nas taxas de juros.
  • “Mantemos nossa opinião de que a combinação de taxas de juros em queda nos EUA e no Brasil e valuations relativamente baratos poderia preparar o terreno para que as ações brasileiras tenham um bom desempenho em 2024. Com isso em mente, estamos mantendo a exposição a setores mais domésticos e cíclicos e fazendo apenas pequenos ajustes em nosso portfólio de abril”, escreve o banco.
  • Em relação à ação da Eletrobras, que retorna à carteira do BTG, a casa observou que os preços da energia parecem estáveis nos níveis atuais, enquanto a reestruturação da empresa deverá continuar a gerar resultados.
  • “A empresa divulgou resultados sólidos no 4T23, apresentando significativa redução de despesas e avançando em seu programa de desinvestimentos e otimizações de estrutura”. diz o BTG.
  • “Esperamos que a tendência de redução de custos continue, com menores custos de pessoal devido ao programa de demissão voluntária e reversões adicionais de empréstimos compulsórios, melhore o desempenho da Eletrobras. A recuperação dos preços da energia observada nos últimos meses também deverá impactar positivamente o balanço energético de 2024”, diz o BTG.
  • A Petrobras foi mantida na carteira do BTG para abril por mais um mês. “Apesar da decepcionante decisão de não pagar dividendos extraordinários, ainda modelamos um dividend yield ordinário de 13% (potencialmente atingindo ~15%, dependendo da produção e dos preços do petróleo)”, pontuaram os analistas.
  • A outra adição neste mês é o provedor de pagamentos Stone (STOC31), que substitui a Raízen (RAIZ4). “Estamos cada vez mais confiantes de que a empresa pode ir além de pagamentos. Os resultados têm sido mais fortes do que o esperado e as ações estão sendo negociadas a 12x P/L para 2024E e 10x para 2025E, o que consideramos atraente”, ressalta o banco.

Banco do Brasil (BBAS3) Guide recomendações visando dividendos e “forte capacidade de distribuição”

  • O peso das ações do Banco do Brasil, assim como o de todos os ativos da carteira de dividendos, é de 12,5%.
  • Sobre a companhia, a Guide destaca o market share de 20% no mercado de gestão de recursos, além de 53% no crédito ao agronegócio.
  • “A companhia possui uma forte capacidade de distribuição, com cerca de 3900 agências, 1800 postos de atendimento e 800 agências digitais e especializadas, estando presente em 96,6% dos municípios do País, além de estar presente nos canais digitais, com cerca de 21,9 milhões de clientes ativos”, diz a Guide.
  • “Outra vantagem é a forte presença no mercado de agronegócio, com uma carteira de R$ 225 bilhões, totalizando um market share de 53,7% no segmento”, completa a casa sobre o BBAS3.
  • A única alteração no portfólio foi de TIM (TIMS3), que saiu e deu lugar à Alupar (ALUP11), justificada por um rali nos papéis.
  • “As ações da TIM se valorizaram cerca de 50% desde as mínimas de 2023 e atualmente possuem pouco potencial de upside em nossa visão. Estamos incluindo Alupar em função do potencial de dividendos elevados nos próximos anos e também por melhores perspectivas de valorização”.

Da Petrobras à Sequoia, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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