Radar: Oi (OIBR3) quer novo grupamento de ações, analistas veem sinais de melhora na B3 (B3SA3) e Multiplan (MULT3) anuncia JCP milionário

Oi (OIBR3) informou nesta quarta (13) que recebeu um ofício da B3, comunicando que foi deferido parcialmente o pleito sobre o prazo para adoção de medidas que buscassem o enquadramento da cotação das ações da empresa em preço igual ou acima de R$ 1,00.

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A solicitação da “tele” visava a prorrogação do prazo que tinha sido concedido inicialmente e se baseou nos eventos mais recentes relacionados à empresa, sobretudo o protocolo de uma nova versão do plano de recuperação judicial da Oi e também a convocação de uma assembleia geral de credores para decidir sobre esse plano.

No ofício, a B3 prorrogou o prazo para a tomada de medidas de enquadramento do preços das ações da Oi até o dia 30 de abril de 2024. Além disso, buscando atender à exigência da B3, a empresa vai submeter ao seu conselho de administração uma nova proposta de grupamento de ações.

grupamento de ações da Oi ainda será avaliado pelos investidores em Assembleia Geral Extraordinária, que será convocada e feita juntamente à Assembleia Geral Ordinária no dia 29 de abril de 2024.

Além de Oi, confira outros destaques desta quarta-feira:

B3 (B3SA3): analistas veem sinais de melhora nos dados operacionais de fevereiro. Hora de comprar a ação?

  • O BTG Pactual reiterou recomendação neutra para a B3 (B3SA3), mas destacando um possível viés de melhora da companhia, após o volume médio de transações financeiras no segmento de ações registrar uma queda de 1,7% em fevereiro em comparação anual.  
  • Segundo o balanço de fevereiro da B3, o volume de transações em ações totalizou R$ 26,022 bilhões. Quando comparado ao mês anterior, houve um aumento de 15,7%. 
  • “Os volumes melhoraram em relação ao mês anterior, mas ainda estão principalmente abaixo em relação ao ano anterior”, afirma o BTG. 
  • Os analistas do BTG afirmam que se assumirmos a média dos dois primeiros meses para março, o volume diário médio de negociação de ações da B3 está 4% abaixo do esperado, com quedas de 5% em relação ao trimestre anterior e de 8% em relação ao ano anterior. 
  • Por outro lado, o volume diário médio de contratos futuros da B3 listados está acima das estimativas do banco, enquanto os volumes de balcão e o número de veículos financiados ainda estão abaixo das expectativas.
  • “Reduzimos a B3 para neutra em novembro, mas nosso viés sobre a ação melhorou (provavelmente impulsionada pelos volumes mais fracos na margem). Na verdade, nossa equipe de estratégia incluiu a ação em seu portfólio de março”, destaca o BTG. 
  • Na época, o BTG reduziu sua posição na B3 devido à crença de que a avaliação estava menos atrativa após a alta, apoiada por volumes e indicadores-chave de desempenho (KPIs) decepcionantes na margem. No entanto, o banco vê que essa visão já está refletida no preço.
  • De acordo com pesquisa do BTG, principalmente com investidores locais, 18% dos entrevistados escolheram a B3 como sua ação favorita de aprofundamento financeiro para aproveitar a queda das taxas de juros, em comparação com 6% da pesquisa de janeiro. O banco tem preço-alvo de R$ 16 para os papéis da B3.

Multiplan (MULT3) vai pagar R$ 75 milhões em JCP; veja valor por ação

  • Conforme comunicado nesta quarta-feira (13), os JCP da Multiplan foram aprovados pelo conselho de administração no dia 27 de março de 2023. O valor equivale a R$ 0,12814336091 por ação.
  • O pagamento dos juros sobre capital próprio será feito em 20 de março de 2024. Pela natureza do provento, será retido imposto de renda na fonte sobre esse valor, com exceção dos investidores que não estiverem sujeitos à incidência do imposto.
  • Os novos juros sobre capital próprio da Multiplan serão pagos aos investidores que encerraram a sessão do dia 30 de março de 2023 posicionados nos papéis da companhia. Assim, a partir de 31 de março de 2023, as ações da empresa passam a ser negociadas como “ex-juros”, ou seja, sem direito aos proventos.
  • Os JCP são distribuídos conforme as informações que estão nos cadastros dos investidores junto ao escriturador das ações da Multiplan, que é a Itaú Corretora de Valores, ou junta a uma instituição custodiante.

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Taesa (TAEE11): ausência em leilão de energia é mau sinal para dividendos; entenda por quê

  • Taesa (TAEE11) confirmou que não vai participar do leilão de transmissão de energia que será promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no próximo dia 28 de março. Segundo o presidente da empresa, Rinaldo Pecchio Junior, a ausência se dá em função do nível de endividamento da empresa.
  • O anúncio é relevante pois traz sinais sobre os dividendos da Taesa, que, segundo analistas, devem ser reduzidos. Em relatório após o balanço da Taesa do quarto trimestre, o Itaú BBA, por exemplo, projetou dividendos mais fracos em 2025, em razão de fatores como o impacto negativo do IGP-M e a alavancagem da empresa.
  • O Safra, que recomenda venda para as ações da Taesa, chama a atenção para as menores receitas e as maiores despesas da companhia de transmissão, que, segundo a casa, tem uma “posição de alavancagem relativamente alta”.
  • Nesse cenário de aumento das despesas e alta alavancagem, a participação em um novo leilão de energia não seria um bom negócio para as contas da empresa. Acontece que, como explica Arlindo Souza, analista da Levante Corp, novos contratos de concessão são a principal forma de uma empresa transmissora de energia ter uma fonte de receita contratada. A Taesa tem alguns contratos com vencimento entre 2030 e 2032, que são prazos relativamente curtos para companhias do tipo. Com isso, à medida que esses contratos vencem, a receita sofre um impacto negativo.
  • “Portanto, a Taesa já deveria estar preocupada com a renovação do seu portfólio. Ou seja, com o alongamento da duração dos contratos. Caso contrário, eles vão se encerrar e a empresa vai perder receita e geração de caixa, o que, a longo prazo, se reflete nos dividendos”, comenta.
  • Logo, a empresa se vê em um “dilema”. Não há recursos em demasia para participar de um leilão de energia; ao mesmo tempo, o caixa fica em xeque caso novos contratos não sejam assinados.
  • “A alavancagem da Taesa já é maior que 3x dívida líquida/ebitda, acima de outros pares do setor. Então a gente não vê espaço para a empresa financiar novos projetos. Quando uma companhia arremata um lote novo, ela financia esse projeto de forma alavancada. Ou seja: elas assumem dívida, usam esse dinheiro para financiar o investimento e, quando o projeto está em operação, a receita começa a pagar o empréstimo e, aí sim, começa a sobrar dinheiro para remunerar o acionista”, diz Arlindo, que acredita que a Taesa deve adotar uma postura mais conservadora em relação aos investimentos.

Banrisul (BRSR6) vai pagar R$ 50 milhões em JCP; veja valor por ação

  • Os juros sobre capital próprio do Banrisul têm o valor bruto unitário de R$ 0,12225702 por ação ordinária (ON), R$ 0,12225702 por ação preferencial do tipo A (PNA) e de R$ 0,12225702 por ação preferencial do tipo B (PNB).
  • Os proventos do Banrisul foram aprovados em reunião da diretoria que aconteceu em 12 de março de 2024 e serão pagos em 27 de março de 2024.
  • Os investidores que terão direito a receber os proventos do Banrisul são aqueles que estiverem posicionados nos papéis da companhia até o final da sessão de 15 de março.
  • Assim, a partir do dia 18 de março, as ações serão negociadas sem direito aos juros intermediários.
  • Os JCP do Banrisul têm valor líquido de R$ 0,10391847 por ação ON, R$ 0,10391847 por ação PNA e R$ 0,10391847 por ação PNB, já descontado o Imposto de Renda na Fonte de 15%.

Nubank (ROXO34): analistas veem ‘movimento vantajoso’ em parceria com rede de supermercados no México

  • Nubank (ROXO34) recentemente anunciou uma parceria com o Soriana, terceiro maior player do nicho de supermercados no México. Em relatório, analistas de sell-side destacam que é um movimento vantajoso para o banco, aumentando o cash-in, mas seguem cautelosos com os papéis.
  • O Bank of America, por exemplo, segue com recomendação neutra para as ações do Nubank, com preço-alvo de US$ 11,70.
  • “Vemos o acordo como positivo, pois deve melhorar o cash-in no México, onde 80% do consumo é pago em dinheiro”, diz a casa.
  • “A parceria é fundamental para impulsionar a opção de cash-in. Os clientes poderão depositar dinheiro através das caixas registradoras dos supermercados (parte da rede Arcus da Mastercard). Soriana possui quase 800 pontos de venda, proporcionando significativa capilaridade (e melhor acesso às classes C e D)”, conclui.
  • O BTG Pactual, da mesma forma, olha o movimento com bons olhos mas segue com recomendação neutra para os papéis do Nubank. O preço-alvo da casa é de US$ 11.
  • “O serviço será implementado em fases, começando nos próximos dias com um pequeno grupo de clientes que testarão o produto para melhorá-lo antes de oferecê-lo ao cliente completo base. Os depósitos na rede de mais de 700 supermercados Soriana estão limitados a MXN$ 5.000 por transação, e o usuário não precisará apresentar seu cartão físico nem saber o número”, relata a casa.
  • “Essa iniciativa faz parte do compromisso da Nu Mexico em fornecer soluções inovadoras soluções que atendam às necessidades de seus clientes. Ao expandir seu serviço oferecendo e lançando novos recursos, Nu Mexico pretende aprimorar ainda mais a experiência dos usuários experiência bancária”, completa.

Da Oi à Multiplan, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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