Radar: Petrobras (PETR4) decola, Méliuz (CASH3) sobe com grupamento e desdobramento de ações e entidades pedem saída de conselheiro da Vibra (VBBR3)

As ações da Méliuz (CASH3) fecharam em alta de 1,12% nesta quinta-feira (1), a R$ 9, na primeira sessão em que os papéis da empresa especializada em cashback passaram a ser negociadas ex-grupamento e ex-desdobramento.

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Na prática, a partir de hoje, as posições acionárias da Méliuz passam a ser simultaneamente grupadas e desdobradas, na qual cada grupo de 100 ações foi agrupado em 1 ação e, ato contínuo, cada ação foi desdobrada em 10 ações.

“Os acionistas que detenham ações da Méliuz em números não múltiplos de 100 terão suas posições grupadas, sendo as frações separadas e aglutinadas para posterior leilão, de modo que a posição após a operação será representada pelo múltiplo de 100 imediatamente anterior à posição previamente detida”, informou a empresa em comunicado ao mercado.

Méliuz destacou, ainda, que eventuais frações de ações remanescentes da operação serão separadas e aglutinadas em números inteiros e vendidas em leilão, em data a ser divulgada oportunamente.

Além de Méliuz, confira outros destaques desta quinta-feira:

Petrobras (PETR4) salta na Bolsa de Valores hoje (1º); o que aconteceu?

  • As ações da Petrobras (PETR4) subiram forte nesta quinta-feira (1º), após comunicado emitido pela empresa confirmando sua reunião com executivos do fundo Apollo e da Adnoc, e em meio aos esclarecimentos da companhia a respeito da Braskem. O papel da estatal teve ainda o estímulo do preço da cotação do petróleo.
  • Teve mais: “A divulgação do PIB fortaleceu os mercados, que junto com a última divulgação do IPCA-15 vindo melhor que o esperado, cria o cenário perfeito para os mercados se animarem e os juros caírem. Além disso, tivemos também os leilões de títulos prefixados do governo no dia de hoje, que foram negociados na mínimas do ano, o que corrobora para o fechamento na curva de juros”, diz Lucas de Caumont, estrategista de investimentos da Matriz Capital.
  • As ações da Petrobras do tipo preferencial, negociadas sob o ticker PETR4, fecharam em alta de 3,2% no pregão de hoje (1º), operando em linha com o Ibovespa, que encerrou com alta de 2,06%, aos 110.564,66 pontos.
  • Já as ações ordinárias da Petrobras, com o ticker PETR3, tiveram ganho diário de 2,91%, a R$ 30,06, abrindo o mês de maio com um desempenho positivo na Bolsa de Valores Brasileira (B3).

Vibra (VBBR3): entidades pedem destituição de Fabio Schvartsman, ex-Vale (VALE3), de cargo no Conselho

  • O Instituto Empresa e a Associação das Vítimas de Brumadinho enviaram carta aberta à Vibra Energia (VBBR3) pedindo que Fabio Schvartsman, presidente da Vale (VALE3) na época do desastre de Brumadinho, em 2019, seja retirado do posto de conselheiro da companhia. Para isso, solicitam que seja convocada Assembleia Geral para destituir o executivo do cargo.
  • Instituto Empresa é uma associação de investidores, com sede em Porto Alegre. A Associação das Vítimas de Brumadinho é uma entidade privada sem fins lucrativos, constituída na forma de associação.
  • As entidades dizem que é insustentável, em termos de governança, que uma importante companhia de capital aberto, integrante do segmento da elite da bolsa brasileira – o Novo Mercado – “tenha entre seus administradores um réu por homicídio de 272 pessoas e da promoção de um desastre ambiental sem precedentes, com grande impacto social.”
  • Diz a carta das entidades à Vibra: “Seu discurso de alinhamento com as melhores práticas de Governança, bem como sua manutenção em índices como o ISEB e FTSE, impõe atitude coerente. O Instituto Empresa e a Associação das Vítimas de Brumadinho reúnem-se para pleitear junto aos principais Acionistas da Vibra Energia – Fundo Dynamo, Verde Asset e Bogari – que, de imediato, convoquem Assembleia Geral da Companhia para destituir do Conselho o Ex-Presidente da Vale e réu no caso Brumadinho Fabio Schvartsman“.
  • As entidades argumentam que embora reconheça a prevalência do princípio da presunção da inocência, entende igualmente que a companhia, seus acionistas e a sociedade precisam sinalizar seus valores, suas práticas e suas escolhas. E complementa: “Desconhecer os cadáveres, demonstrar pouca empatia com as famílias envolvidas, minimizar o impacto social e a destruição ambiental não podem ser compatíveis com a Vibra Energia”.

CEO da Casino é detido em apuração sobre manipulação de mercado

  • O executivo-chefe e controlador do grupo francês Casino, controlador do Assaí (ASAI3), Jean-Charles Naouri, foi detido para prestar depoimento por autoridades da França, como parte de uma investigação de suposta manipulação de mercado, informou o escritório da promotoria financeira local.
  • Naouri, que já teve cargos políticos, foi questionado por autoridades em uma investigação preliminar de manipulação de preços de ações e insider trading que teria ocorrido em 2018 e 2019, informou a promotoria.
  • A agência France-Presse havia reportado anteriormente sobre a detenção de Naouri.
  • Um porta-voz da empresa não quis comentar. A ação da empresa recuava cerca de 7%, perto do fechamento em Paris.
  • O endividado grupo, que opera as cadeias Franprix, Monoprix e Geant, atualmente negocia com credores sobre uma injeção de capital proposta pelo investidor Daniel Kretinsky.
  • O acordo representaria uma grande diluição das ações existentes, advertiu a Casino.
  • Analistas dizem que ele também significaria a saída de Naouri do comando do grupo, no qual ele mantém uma fatia majoritária há cerca de 25 anos.

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Magazine Luiza (MGLU3) sobe quase 7% e Via (VIIA3) ganha 5,5%, em dia positivo para varejistas no Ibovespa; veja os motivos

  • As ações do Magazine Luiza (MGLU3) fecharam em alta de 6,84% no Ibovespa, a R$ 4,06, nesta quinta-feira (1º), em linha com o mercado externo e o PIB Brasil acima do esperado pelo mercado. Neste contexto, os papéis de Via (VIIA3) também avançaram 5,46%, a R$ 2,51.
  • Segundo Lucas de Caumont, estrategista de investimentos da Matriz Capital, o setor de varejo se beneficia da euforia dos mercados movida pela flexibilização no teto da dívida dos EUA e do otimismo do mercado com os números do PIB Brasil acima do esperado, fazendo com que as taxas de juros trabalhassem em queda para praticamente todos os vencimentos.
  • “Como o setor de varejo se beneficia muito da queda na taxa de juros, por conseguir aumentar o volume de vendas pelo aumento do consumo geral na economia e também por se beneficiar de uma menor corrosão no fluxo de caixa, além de manter a alavancagem via dívida numa taxa mais barata, não poderíamos esperar menos que um dia de forte alta para o setor”, destacou.

Americanas (AMER3): operação foi estabilizada em abril, diz relatório

  • Os administradores judiciais da Americanas (AMER3) divulgaram nesta quinta-feira (1º) um relatório de atividades mensais da varejista referente ao mês de abril, período no qual a empresa afirma ter estabilizado a operação e retomado o fornecimento.
  • No documento, os escritórios Zveiter e Preserva Ação fazem uma série de questionamentos sobre o negócio, relações com credores e fornecedores.
  • Segundo o texto, a varejista destacou que estabilizou sua operação no período e retomou o fornecimento “com praticamente todos os fornecedores da Americanas“.
  • A Americanas informou ainda que não distribuiu lucros, dividendosjuros sobre capital próprio ou bonificação de papéis aos acionistas da varejista no mês em questão, mas assegurou que segue honrando suas obrigações correntes.
  • Os escritórios lembraram a mais recente evolução das negociações realizada pela Americanas, que envolve um compromisso dos acionistas de referência da companhia de capitalizá-la. O acordo inclui um aumento de capital de curto prazo, no valor de R$ 10 bilhões.
  • A Americanas ressaltou também não ter havido uma alteração estrutural que ocasionasse incremento de receita no mês em questão. “Ocorreram alterações apenas inerentes à operação de varejo”, disse, acrescentando que trabalha constantemente tanto na melhoria de receitas quanto em eficiências em despesas.

Vale (VALE3) chega a acordo com credores sobre dívida da Samarco

  • Em comunicado ao mercado nesta quarta-feira (31), a Vale (VALE3) informou que chegou a um acordo vinculante junto a credores sobre a reestruturação da dívida da Samarco, em recuperação judicial desde 2021.
  • A decisão sobre a dívida da Samarco foi realizada em conjunto com a BHP Billiton Brasil, a Samarco e determinados credores que detêm mais de 50% dos títulos de dívida e dívidas bancárias sem cobertura da mineradora, que esteve no centro da tragédia de Mariana (MG) em 2015.
  • acordo da Samarco será implementado por meio de um plano de reestruturação consensual, sujeito à aprovação da maioria dos credores e à homologação do Juízo da Recuperação Judicial (RJ).
  • Segundo a Vale, a Samarco deverá concluir a RJ com uma estrutura de capital ‘enxuta’, e os pagamentos aos credores financeiros serão feitos ao longo do tempo, de acordo com o ramp-up operacional e geração de fluxo de caixa da Samarco.
  • “O desembolso da Samarco para financiar a reparação será limitado a US$ 1 bilhão entre 2024 e 2030, com contribuições adicionais dependendo do excesso de fluxo de caixa gerado pela companhia”, acrescentou, reforçando que o saldo remanescente da reparação deverá ser dividido igualmente entre a Vale e a BHP.

Petrobras (PETR4) informa queda no preço do querosene de aviação

  • Petrobras (PETR4) informou nesta quinta-feira (1º) às distribuidoras uma redução média de 12,6% no preço do querosene de aviação (QAV). Os novos preços valem a partir de hoje.
  • A estatal informou tratar-se do quarto mês consecutivo de queda no preço do insumo.
  • A redução acumulada no preço do QAV comercializado pela Petrobras em 2023 é de 35%.
  • Com isso, o valor do metro cúbico do combustível, sem impostos, para venda nas refinarias, passa a variar de R$ 3.201,30 em Ipojuca (PE) a R$ 3.424,50 em Canoas (RS). O preço do QAV tem reajustes todo primeiro dia do mês.
  • O anúncio não faz parte da nova estratégia comercial para definir preços dos combustíveis da Petrobras. A nova política, em substituição à atual chamada de PPI ou política de paridade de importação, define preços em relação ao diesel e à gasolina.

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Vanessa Loiola

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