Radar: Itaúsa (ITSA4) anuncia JCP milionário, Magazine Luiza (MGLU3) está entre as preferidas do varejo e analistas veem “retornos sólidos” para Aura Minerals (AURA33)

conselho de administração da Itaúsa (ITSA4) aprovou um novo pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) aos seus investidores, no valor total bruto de R$ 820 milhões, conforme comunicado nesta quarta-feira (13).

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240-Banner-Home-4.png

Os juros sobre capital próprio da Itaúsa terão o valor de R$ 0,0794 por ação. Considerando o valor líquido de imposto de renda na fonte, cuja alíquota é de 15%, o investidor recebe a quantia de R$ 0,06749 por ação.

Essa tributação sobre os proventos só não será aplicada aos investidores que comprovarem ser imunes ou isentos. O JCP anunciado hoje (13) será imputado ao valor do dividendo do exercício de 2023.

O pagamento dos JCP da Itaúsa vai acontecer até o dia 30 de dezembro de 2024. Para ter direito a receber, os investidores precisarão ter ações da empresa em suas carteiras até o final da sessão de 18 de dezembro de 2023.

Além de Itaúsa confira outros destaques desta quarta-feira:

Magazine Luiza (MGLU3) é uma das varejistas indicadas por analistas para 2024

  • Em relatório divulgado no início da semana, o BB Investimentos indicou que, além de ser referência no consumo de bens duráveis com boa execução operacional, o Magazine Luiza (MGLU3) deve ser favorecido em 2024 pela continuidade do ciclo de redução da taxa de juros no Brasil. A casa recomendou outras duas varejistas, consideradas “preferidas do setor”, para o ano que vem.
  • No texto, os analistas Victor Penna e Wesley Barnabé destacam que a Magalu tem se esforçado para monetizar sua operação e aumentar suas margens operacionais, em um momento de forte pressão sobre os resultados em função de um cenário menos propício para o consumo de bens duráveis.
  • A varejista, dizem eles, se empenhou em simplificar sua estrutura e impulsionar a plataforma de marketplace do Magalu, reduzindo o tíquete médio das vendas.
  • “Em nossa visão, a melhoria do cenário de concessão de crédito e inadimplência deve impulsionar a venda de bens duráveis, que passou por uma ressaca nos últimos anos após o boom de consumo durante a pandemia. Com isso, esperamos que a Magazine Luiza reporte crescimento de receita e ganho de alavancagem operacional ao longo de 2024, favorecendo a valorização das ações da companhia, as quais também se beneficiarão da redução da taxa de desconto e do fechamento da curva longa de juros”, avaliam.
  • BB Investimentos pontua, ainda, que em 2023, as companhias varejistas foram impactadas negativamente pela cobrança do Difal (diferencial de alíquota do ICMS), com a necessidade de repasse desse custo aos consumidores ao longo do ano, o que impactou a margem bruta da Magazine Luiza no primeiro semestre.
  • “Essa pressão, contudo, deixa de impactar os resultados em 2024 do Magazine Luiza, haja vista o repasse ser concluído ainda neste ano”, acrescentam.
  • No intradia desta quarta-feira (13), as ações ordinárias de Magazine Luiza caíam 0,44%, a R$ 2,27. No ano, elas cedem 12,36%. Os dados são do Status Invest.

Aura Minerals (AURA33): analistas recomendam compra das ações: “Retornos sólidos com dividendos”

  • Após o Investor Day da Aura Minerals (AURA33), o Itaú BBA expressou uma visão positiva da empresa, reiterando sua recomendação “outperform” (equivalente a compra). Durante o evento, a administração da Aura destacou a expectativa de proporcionar retornos sólidos aos acionistas por meio de dividendos.
  • A Aura baseia sua estratégia em três pilares para desbloquear valor. Quer impulsionar a produção com projetos como Borborema (RN) e Matupá (MT). Em paralelo, a empresa intensificou os investimentos em exploração, elevando de US$ 9,1 milhões (2017-20) para cerca de US$ 25 milhões em 2023, com o objetivo de descobrir novas reservas de ouro e cobre.
  • Outro destaque é o aumento no múltiplo de valuation da Aura. Reconhecendo que as grandes empresas do setor negociam entre 40% a 80% de múltiplos superiores, a companhia vê a entrega de projetos de crescimento e a exploração de fusões e aquisições como estratégias para essa reclassificação positiva.
  • “Segundo a administração, a empresa está ativamente procurando oportunidades de M&A que possam contribuir para os esforços em alcançar um nível de produção anual da Aura acima da meta de 450 kGEO até o final de 2025″, diz o BBA.
  • A empresa está analisando mais de 20 ativos, preferencialmente com foco em cobre, garantindo cerca de 30% dos resultados, e localizados na América.
  • Quanto ao balanço, o BBA destaca um cenário confortável, permitindo retornos aos acionistas por meio de dividendos da Aura. A companhia espera manter a alavancagem abaixo de 1,5x dívida líquida/EBITDA.
  • Neste contexto, o Itaú BBA recomenda a compra das ações da Aura, estabelecendo um preço-alvo de R$ 50, representando um potencial de valorização de 49%. Nesta quarta (13), o papel da companhia subiu 2,38%, a R$ 34,35.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240_TEXTO_CTA_A_V10.jpg

Equatorial (EQTL3): subsidiária do Maranhão vai pagar R$ 458,49 milhões em dividendos; Veja valor por ação

  • Equatorial Maranhão, subsidiária da Equatorial (EQTL3), anunciou um novo pagamento de dividendos para o mês de dezembro, no valor total de R$ 458,495 milhões.
  • Conforme comunicado nesta quarta-feira (13), os dividendos da Equatorial Maranhão foram aprovados em Assembleia Geral Ordinária (AGO), que aconteceu em 28 de abril de 2023.
  • O pagamento dos dividendos será realizado no dia 18 de dezembro de 2023, mas somente aos detentores de ações da empresa até 28 de abril de 2023. A partir do primeiro dia útil seguinte, as ações da Equatorial Maranhão passaram a negociar sem direito aos proventos.
  • O valor é de R$ 2,792571337 por ação, que servirá para ações ordinárias, preferenciais do tipo A e preferenciais do tipo B.

B3 (B3SA3) mantém “eficiente máquina de fluxo de caixa”, diz banco; entenda a recomendação

  • O BTG Pactual reiterou a recomendação neutra para as ações da B3 (B3SA3) após o Investor day. Apesar disso, o banco destaca que a B3 é considerada uma boa opção para potencial recuperação no mercado de capitais brasileiro, embora enxergue maior potencial de valorização em empresas como XP (XPBR31), e BR Partners (BRBI11). Hoje, as ações da B3 registraram uma forte alta, cerca de 4,18%, impulsionadas pela expectativa de queda nos juros.
  • O BTG ressalta ainda as sólidas vantagens competitivas da B3, como principal player do segmento, com diversificação, margens robustas e uma eficiente máquina de fluxo de caixa.
  • Durante o Investor Day, o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, comentou o desempenho recente da empresa. Enfatizou os planos de fortalecer e maximizar os pilares do negócio central, ao mesmo tempo em que avalia oportunidades e riscos além do simples ‘trading’, especialmente por meio de dados e análises.
  • A mensagem principal, de acordo com o BTG, foi que a B3 continuará tornando seus serviços atrativos para clientes, tanto locais quanto internacionais, em 2024. Finkelsztain expressou otimismo para 2024, considerando o crescimento em ativos, fundos de investimento e emissões de renda fixa nos mercados de capitais brasileiros este ano.
  • Os executivos destacaram o impulso no segmento de debêntures, gerando oportunidades para a B3. Finkelsztain também abordou o mercado de ações, que, apesar de perder força nos últimos dois anos devido às altas taxas de juros locais, continua a registrar receitas crescentes de dois dígitos em 2023.
  • Segundo o CEO, esse progresso teria sido menor sem iniciativas como a criação de contratos mini-índice e o crescimento de ETFs, FIIs e BDRs.
  • O BTG destaca que a B3 busca, como principal pilar, garantir o crescimento e maior diversificação, concentrando-se em linhas menos expostas ao ciclo econômico, como serviços e tecnologia. As aquisições da Neoway e Neurotech estão alinhadas com essa estratégia, visando fortalecer a linha de negócios “análise de dados”.
  • “Apesar de uma melhoria recente, os volumes de ações e a velocidade de negociação ainda estão relativamente fracos em comparação com anos recentes, os custos estão aumentando, e o potencial fim do Juros Sobre Capital Próprio (JCP) deve impactar a B3 mais do que seus “pares no mercado de capitais”, observa o BTG.
  • Neste contexto, o BTG mantém a recomendação neutra para as ações da B3, com um preço-alvo de R$ 14, ante a cotação atual de R$ 14,43.

Dexco (DXCO3), subsidiária da Itaúsa (ITSA4), anuncia JCP milionário; veja

  • O valor dos proventos por ação da Dexco será de R$ 0,21, que serão pagos até o dia 31 de dezembro deste ano.
  • Apenas os investidores com ações da Dexco no dia 19 de dezembro terão direito de receber os rendimentos.
  • A partir do dia 20 de dezembro, as ações DXCO3 serão negociadas sem direito aos dividendos.
  • O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,18 por ação.

Petrobras (PETR4) e Shell arrematam mais 7 blocos em leilão da ANP

  • Em leilão realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na manhã desta quarta (13), o consórcio formado por Petrobras (PETR4) e Shell – 70% e 30%, respectivamente – arrematou sete blocos no setor SP-AUP7 da Bacia de Pelotas por um total de R$ 15,13 milhões.
  • O investimento previsto na área arrematada pela Petrobras e pela Shell é de R$ 175 milhões.
  • Até esse arremate, blocos em 11 setores da Bacia de Pelotas foram leiloados, sendo que seis não receberam ofertas. O bônus acumulado na rodada até agora é de R$ 220,9 milhões.
  • No leilão, no total, a oferta é 165 blocos da Bacia de Pelotas.
  • A oferta permanente funciona como um banco de áreas de petróleo e gás natural que são licitadas em ciclos a partir da demanda dos interessados, em substituição aos leilões tradicionais da ANP realizados desde 1999, em que os blocos ofertados eram designados pelo governo.
  • Especificamente no regime de concessão dentro da Oferta Permanente, 87 empresas estão aptas a participar, mas somente 21 delas apresentaram declarações de interesse e garantias de oferta para os 33 setores em jogo na quarta, que reúnem um total de 602 blocos.
  • No regime de concessão, vence a disputa a empresa que oferecer o maior bônus de assinatura e se comprometer a executar o Programa Exploratório Mínimo (PEM).

Da Itaúsa à Aura Minerals, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

Vanessa Loiola

Compartilhe sua opinião