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Radar: Itaúsa (ITSA4) pode aumentar dividendos no médio prazo, Fertilizantes Heringer (FHER3) diz que fraudes impactam caixa, 2T22 do Banco Inter (INBR31) divide opiniões

Itaúsa (ITSA4)

Itaúsa (ITSA4). Foto: Divulgação

Após a divulgação do balanço do segundo trimestre de 2022, os executivos da holding Itaúsa (ITSA4) falaram em teleconferência, realizada nesta terça-feira (16), que, após a aquisição de 10,3% do capital social da CCR (CCRO3) há cerca de um mês, a empresa vai frear os investimentos no curto e médio prazo, de acordo com o CEO Alfredo Setúbal.

Isso vai impactar no valor dos dividendos aos acionistas, que devem aumentar no médio prazo. Mas qual médio prazo exatamente? O executivo fez estimativas ao falar da situação da empresa a jornalistas.

A holding, dona de 37% do Itaú (ITUB4), e de fatias de Alpargatas (ALPA4)Dexco (DXCO3), NTS, Aegea, disse que a pausa servirá para esperar as empresas não-financeiras investidas “crescerem, gerarem lucros e, no médio prazo, aumentarem o fluxo de dividendos antes de pensar em novos investimentos.” O que seria esse médio prazo? Três a quatro anos, estimou Setúbal na teleconferência: “Essas empresas precisam desalavancar, reduzir o capex e aumentar o fluxo de dividendos para a Itaúsa.”

CEO da Itaúsa destaca que o foco será mesmo na desalavancagem da companhia. “Claro que pode aparecer uma grande oportunidade, mas não estamos em busca de novos ativos”, disse.

Com emissão de debêntures para financiar parte da compra da CCR, a alavancagem da Itaúsa foi de 4,5% para 7,1%, incluindo passivo total somado ao patrimônio líquido.

balanço da Itaúsa aponta que a dívida bruta é de R$ 8,1 bilhões. O nível de alavancagem ainda é “confortável”, conforme ressaltou Alfredo Setúbal, com a geração de caixa da holding e o valor de seus ativos. Esse número, pondera ele, poderia estar acima do patamar atual.

A holding afirma que as empresas não-financeiras que entraram no portfólio nos últimos anos também se alavancaram para investir em crescimento e estão numa fase de alto capex.

Em vista de um médio prazo, entre três e quatro anos, o CEO da Itaúsa afirma esperar que as companhias se desalavanquem, reduzam o capex necessário para seus investimentos e aumentem o fluxo de dividendos para a Itaúsa.

Assim, por consequência, a própria Itaúsa conseguirá aumentar os dividendos, uma preocupação recorrente entre os investidores pessoa física da companhia.

Os dividendos da Itaúsa vêm sendo pagos com o mínimo exigido, payout equivalente a 25% do lucro líquido. Como foi dito na teleconferência, é esperado que a empresa continue com essa estratégia no curto prazo, com aumento nos próximos quatro anos, retornando a um payout mais próximo de sua média histórica, em torno de 40%.

Setúbal também apontou que, como parte da gestão de caixa, a Itaúsa pretende vender mais de sua participação da XP Investimentos (XPBR31), “de forma organizada, com o cronograma de amortização de suas dívidas”.

Haverá outras destinações para os recursos obtidos com as vendas da XP:

No balanço do 2T22 da Itaúsa, foi destacado que 3,4% do capital da XP adquirido originalmente já foi vendido, e a empresa embolsou cerca de R$ 2,4 bilhões. A holding ainda tem uma participação equivalente a 10,3% da corretora, fatia avaliada hoje em R$ 9,2 bilhões.

Além da Itaúsa, confira outros destaques desta terça-feira:

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