Radar: Ambev (ABEV3) nega rombo bilionário, demissões na PayPal (PYPL34) e investimentos da Eletrobras (ELET3) em sustentabilidade

As ações da Ambev (ABEV3) registram fortes quedas no Ibovespa desta quarta (1º) após as acusações de um rombo de cerca de R$ 30 bilhões supostamente causado por manobras tributárias. Ao Suno Notícias, a companhia de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira disse que as denúncias “não têm qualquer embasamento”.

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“Calculamos todos os nossos créditos tributários estritamente com base na lei. Nossas demonstrações financeiras cumprem com todas as regras regulatórias e contábeis, as quais incluem a transparência do contencioso tributário. A Ambev está entre as 5 maiores pagadores de impostos no Brasil”, complementou a companhia em nota enviada à reportagem.

A denúncia foi revelada pela coluna Radar Econômico, da Veja. Segundo um levantamento feito pela Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), as dívidas da Ambev seriam relacionadas a impostos federais, estaduais e municipais.

De acordo com a publicação, a Ambev teria inflacionado o preço de itens necessários para a produção de refrigerantes e que são passíveis de isenção e geração de créditos fiscais na Zona Franca de Manaus. Dessa forma, a empresa acumularia mais créditos tributários do que os quais teria direito.

Paulo Petroni, diretor-geral da CervBrasil, afirmou que relatórios da Receita Federal apontam, desde 2017, para “bilhões e bilhões de ilícitos tributários cometidos pelos fabricantes de concentrados de refrigerantes na Zona Franca de Manaus”.

A Veja afirmou que esses valores não aparecem nos balanços da Ambev. Outra empresa do trio de bilionários que também está no olho do furacão atualmente é a Americanas (AMER3), que encontra-se em recuperação judicial com dívidas estimadas em R$ 43 bilhões.

Ambev: Ações caem após acusação de rombo bilionário

Por volta da 13h10 do Ibovespa hoje, as ações da Ambev caiam 4,47% e lideravam o ranking das maiores quedas do intradia, sendo negociadas por R$ 13,05.

Às 14h50, os papéis ABEV3 ocupavam o terceiro lugar do ranking negativo. Magazine Luiza (MGLU3) e Eztec (EZTC3) registravam as maiores quedas, com reduções de 5,19% e 4,92%, respectivamente.

O mapeamento do Status Invest mostra que as ações da Ambev fecharam o pregão de terça (31) sendo negociadas por R$ 13,66.

BTG vê ruído “exagerado” na denúncia contra Ambev

Em relatório publicado após a divulgação da reportagem da Veja, os analistas do BTG Pactual (BPAC11) disseram que enxergam um ruído “exagerado” no caso.

“Os R$ 30 bilhões mencionados na matéria referem-se, na verdade, a estimativas da Receita Federal relativas a créditos tributários acumulados em disputas entre o fisco e as empresas de bebidas. A parte eventualmente relacionada à Ambev é indiscutivelmente muito menor”, comentaram os analistas do BTG Thiago Duarte e Henrique Brustolin.

Segundo os especialistas, a CervBrasil representa o Grupo Petrópolis e outras cervejarias brasileiras menores que também disputam mercado com a Ambev. “Eles historicamente se manifestaram e lutaram intensamente contra os créditos tributários gerados por empresas como Ambev e Coca-Cola”, reforçaram os analistas.

Além da Ambev, confira outros destaques desta quarta-feira:

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Mais demissões! PayPal (PYPL34) cortará 2 mil funcionários para reduzir custos

  • A PayPal (PYPL34) deve demitir dois mil funcionários, cerca de 7% da sua força de trabalho. Segundo Dan Schulman, chefe-executivo da companhia, ainda há “mais trabalho a ser feito” mesmo após o processo de redimensionamento de custos do negócio, o que causará mais demissões na economia norte-americana.
  • A PayPal tornou-se a mais nova fintech a cortar custos frente a altas taxas de juros e um mercado volátil. Além disso, novos serviços de pagamento digital estão ameaçando sua participação no mercado.
  • Segundo o Wall Street Journal, Wells Fargo (WFCO34), Bank of America (BOAC34) e outros grandes bancos estão construindo carteiras digitais para compras online, iniciativas que disputarão mercado com a PayPal.
  • Na próxima semana, a PayPal deve lançar seu balanço corporativo do trimestre encerrado em dezembro de 2022. Os resultados serão divulgados no dia 9 de fevereiro.
  • Demissão à vista nos Estados Unidos
  • Além da PayPal, os bancos internacionais se preparam para realizar uma rodada de demissão maior do que a feita na crise financeira global de 2008.
  • Os cortes de funcionários devem ser “brutais” e instituições como Goldman Sachs (GSGI34), Credit Suisse (C1SU34) e Morgan Stanley (MSBR34) já começaram a reduzir os seus quadros de funcionários.
  • De acordo com a apuração do Financial Times, as demissões no mercado financeiro devem atingir dezenas de milhares de pessoas. O movimento ocorre após as contratações em massa nos últimos anos e a relutância em desligar colaboradores durante a pandemia da Covid-19.
  • “Os cortes de empregos que estão por vir serão superbrutais. É uma redefinição porque eles contrataram demais nos últimos dois ou três anos”, aponta Lee Thacker, proprietário da Silvermine Partners, empresa de recursos humanos voltada ao setor financeiro.
  • Nos últimos meses, instituições como Credit, Goldman, Morgan e o Bank of New York Mellon começaram os cortes e realizaram mais de 15 mil demissões.
  • Com Estadão Conteúdo e Dow Jones Newswires

Eletrobras (ELET3) anuncia aporte de R$ 883 milhões em projetos de sustentabilidade

  • A Eletrobras (ELET3) anunciou o aporte no valor total de R$ 883 milhões para implementação de projetos de sustentabilidade. Segundo a transmissora, eles serão destinados a região das hidrelétricas pertencentes às empresas Eletrobras, como Chesf, Furnas e Eletronorte.
  • O montante decorre das obrigações previstas nos contratos de concessão fechados na capitalização da Eletrobras. O valor é relativo à parcela de 2023 e resultado da aplicação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desde a data da assinatura dos contratos, que ocorreu em 17 de junho de 2022, ao montante nominal total de R$ 875 milhões.
  • Segundo o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, os aportes feitos pela empresa marcam o início de um dos maiores programas ambientais do país.
  • Ao todo, os investimentos serão de R$ 880 milhões por ano em projetos de revitalização de bacias hidrográficas, com ações de reflorestamento e preservação de nascentes, além de projetos de geração de energia renovável na Amazônia Legal, com a substituição de geração térmica atualmente existente.
  • “Além dos benefícios ambientais, os projetos definidos pelo governo federal e implementados pela Eletrobras serão responsáveis por grande geração de emprego e melhoria da qualidade de vida nas regiões de sua implantação, especialmente no Norte e Nordeste”, afirmou Ferreira Junior, presidente da Eletrobras.
  • Como os projetos da Eletrobras irão funcionar?
  • Os recursos financeiros da Eletrobras serão anuais, por um período de dez anos, dos quais R$ 350 milhões da Chesf, destinados à revitalização de bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Parnaíba; R$ 295 milhões da Eletronorte, para reduzir o custo total de geração na Amazônia Legal; e R$ 230 milhões de Furnas, empregados nas áreas de influência das hidrelétricas das empresas. 
  • O projeto da Eletrobras, a partir do fundo formado para a Eletronorte, pró-Amazônia Legal, visa também a melhoria da navegabilidade do Rio Madeira e do Rio Tocantin. Além disso, haverá programas de geração de energia renovável e interligação de sistemas isolados, que reduzam estruturalmente os custos de geração de energia elétrica suportados pela Conta de Consumo de Combustíveis.
  • Os programas são coordenados pelo governo federal, por meio de três comitês gestores, com participação multiministerial e de setores da sociedade civil. Cabe à Eletrobras propor e implementar as ações aprovadas pelo comitê do fundo de cada subsidiária.
  • Por fim, a Eletrobras destaca que os projetos de revitalização de bacias hidrográficas são regulamentados por decreto e envolvem ações que geram recarga das vazões afluentes e ampliam a flexibilidade operativa dos reservatórios, com o objetivo de preservar o uso prioritário e múltiplo das águas. 
  • Com informações da Agência Brasil

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Quais serão as maiores pagadoras de dividendos em 2023? Analistas tiram Petrobras (PETR4) da lista

  • A Petrobras (PETR4) é apontada pelo mercado como uma das maiores pagadoras de dividendos em 2023. Porém, o time da Genial Investimentos discorda dessa análise e aponta outras cinco empresas que deverão protagonizar uma das listas mais desejadas dos investidores.
  • De acordo com os especialistas da Genial, as maiores pagadoras de dividendos em 2023 serão as seguintes companhias:
  • BrasilAgro (AGRO3), com 20,5% de rendimento de dividendos estimados;
  • Banco do Brasil (BBAS3), com 13,8% de rendimento de dividendos estimados;
  • CSN Mineração (CMIN3), com 11,8% de rendimento de dividendos estimados;
  • Taesa (TAEE11), com 11,2% de rendimento de dividendos estimados;
  • Gerdau (GGBR4), com 10,1% de rendimento de dividendos estimados.
  • “O mercado está apostando em mudanças na política de distribuição de dividendos em 2023 da principal petroleira do país [Petrobras]. Nesse cenário, caso não haja interferência na política de preços, ainda assim podemos observar bons níveis de retornos via proventos”, afirmou o analista da Genial Ygor Araujo.
  • Porém, mesmo com as desconfianças sobre como será a gestão de Jean Paul Prates na petroleira, as estimativas de mercado apontam que a Petrobras será uma das principais pagadoras de dividendos em 2023. Confira a lista produzida pela Genial sobre as expectativas do mercado:
  • Petrobras (PETR4), com 22,1% de rendimento de dividendos estimados;
  • Petrobras (PETR3), com 20,9% de rendimento de dividendos estimados;
  • Banco do Brasil (BBAS3), com 14% de rendimento de dividendos estimados;
  • Bradespar (BRAP4), com 13,7% de rendimento de dividendos estimados;
  • Eztec (EZTC3), com 10% de rendimento de dividendos estimados;
  • Dividendos em 2023: Onde ficar de olho?
  • Na visão de Araujo, os destaques negativos da distribuição de dividendos em 2023 podem aparecer nas áreas da Saúde, Varejo e Transportes. “Setores mais alavancados podem sofrer com o movimento de alta da Selic apresentando maiores gastos com despesas financeiras“, reforçou.
  • “Por outro lado, setores que se beneficiam de juros mais altos ou empresas exportadoras podem ser uma válvula de escape para os acionistas.”
  • “No setor elétrico, chamamos atenção para a possibilidade de dividendos extraordinários em 2023. Vale a pena destacar que as empresas do setor elétrico conseguem pagar dividendos para além do lucro se a alavancagem estiver controlada”, alertou o especialista.
  • Soares também afirmou que “o fator juros no Brasil e no mundo deverá influenciar bastante nas estratégias das empresas sobre a distribuição de dividendos em 2023″.

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Acionistas da Telefônica (VIVT3) aprovam incorporação da Garliava

  • Em assembleia geral extraordinária nesta quarta-feira (1º), os acionistas da Telefônica (VIVT3) aprovaram hoje a incorporação da Garliava RJ Infraestrutura e Redes de Telecomunicações, que pertencia à Oi (OIBR3).
  • Segundo o fato relevante publicado na CVM, a incorporação da Garliava ainda depende da obtenção da anuência prévia da Anatel e da conclusão de procedimentos operacionais.
  • Além disso, a Telefônica afirma que a adição não resulta em aumento de capital, nem na emissão de novas ações ou em alteração na participação dos acionistas. Por isso, não haverá substituição de ações ou direito de recesso.
  • “Em vista disso, a eficácia da deliberação da assembleia está condicionada à nova deliberação do conselho de administração da companhia, em reunião a ser realizada especialmente para este fim, para verificação da ocorrência de referidas condições, quando, então, a incorporação se tornará eficaz”, explicou a Telefônica.
  • Telefônica comprou Garliava por R$ 5,3 bi
  • A venda dos ativos móveis da Oi para as concorrentes TIM (TIMS3), Vivo e Claro foi finalizada em abril do ano passado. A operadora vendeu a Oi Móvel para o consórcio no valor R$ 16,5 bilhões, durante um leilão que aconteceu em dezembro do ano passado
  • A Telefônica pagou R$ 5,373 bilhões pela Garliava, que inclui ajustes de preço, como a posição de caixa líquido no valor de R$ 82,756 milhões. Dessa forma, a companhia pagou nesta quarta R$ 4,884 bilhões, sendo que R$ 1,561 bilhão foi transferido diretamente para o BNDES, conforme previsto no contrato
  • Do total, R$ 488,458 milhões, ou 10% do pagamento efetuado, permanecerá retido para garantir eventuais compensações de valores decorrentes do ajuste de preço e poderão ser pagos em até 120 dias contados da presente data.
  • Além disso, a companhia assumiu um compromisso de pagamento complementar de até R$ 115 milhões, condicionado ao cumprimento de determinadas metas de migração de bases de clientes e frequências pela Oi nos próximos 12 meses, dos quais R$ 40 milhões foram pagos nesta quarta.
  • A Telefônica pagou, ainda, R$ 147,551 milhões por serviços de transição a serem prestados por até 12 meses pela Oi para a Garliava necessários à continuidade da operação do negócio de telefonia móvel, já retirados os custos relacionados a determinados serviços de transição.

MXRF11 tem resultado 20% maior em dezembro e eleva dividendos

  • Nesta terça-feira (31), o fundo imobiliário MXRF11 divulgou seus resultados relativos a dezembro. No período, o resultado do Maxi Renda foi de R$ 21,78 milhões. Isso representa um crescimento de 20,6% em comparação ao mês anterior, quando o valor havia sido de R$ 18,06 milhões.
  • Em dezembro, o FII MXRF11 apresentou receitas de R$ 23,66 milhões, enquanto as despesas totalizaram R$ 1,88 milhão.
  • O rendimento distribuído relativo a dezembro foi de R$ 22,60 milhões.  Os dividendos do MXRF11 referentes ao último mês de 2022 foram de R$ 0,10 por cota.
  • No período, as operações de permutas financeiras distribuíram R$ 1,81 milhão de dividendos. No book de CRI, o resultado caixa do Maxi Renda foi de R$ 18,61 milhões. No book de FII, por sua vez, o resultado foi de R$ 2,65 milhões.
  • Segundo o MXRF11, em virtude do regime de caixa seguido pelo FII e dos meses de alta inflação, o Maxi Renda tem uma reserva acumulada de correção monetária da ordem de R$ 21,97 milhões. A cifra equivale a R$ 0,097 por cota.
  • Maxi Renda mantém estratégia de reciclagem de portfólio no book de CRIs
  • No book de CRIs, o fundo imobiliário Maxi Renda informa que segue com a estratégia de reciclagem de portfólio, com destaque para as alienações dos CRIs Império Móveis II, RNI e TOEX | Cargill – Sênior.
  • Com relação às aquisições, o MXRF11 adquiriu R$ 38,72 milhões do CRI FS Bioenergia, R$ 40 milhões do CRI Tecnisa e R$ 8 milhões do CRI Império Móveis IV.
  • Já no book de FIIs o Maxi Renda investiu, ao todo, R$ 44,5 milhões. O fundo destaca os R$ 34 milhões no FII Lago da Pedra (LPLP11).
  • O MXRF11 lembra que não houve “movimentação significativa”, em dezembro, no book de permutas financeiras.
  • MXRF11 anuncia dividendos maiores relativos a janeiro
  • O MXRF11 também anunciou seu novo pagamento de rendimentos, de R$ 0,11 por cota. Esses valores são relativos ao exercício de janeiro. Ou seja, em comparação aos dividendos referentes a dezembro, houve um crescimento de 10%.
  • O pagamento dos rendimentos do MXRF11 mais recentes acontecerá no dia 14 de fevereiro. Os valores serão direcionados aos investidores posicionados nas cotas do Maxi Renda até o final do pregão de 31 de janeiro.

Da Ambev a MXRF11, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Isabella Taglapietra

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