Grana na conta

Cury (CURY3), Direcional (DIRR3) e mais: veja quais construtoras devem despontar no 1T24, segundo a XP

A XP projeta resultados positivos para as construtoras no primeiro trimestre de 2024 (1T24), com o segmento de baixa renda com um desempenho superior aos trimestres anteriores, e demanda aquecida. A Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3) deverão se destacar com expansão robusta dos resultados, tendo crescimento do lucro de +55% e +65% na base anual, respectivamente. 

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“As prévias operacionais das construtoras mostraram um forte aumento das vendas líquidas no segmento de baixa renda, reforçando um cenário de demanda aquecida, apesar de lançamentos razoáveis. Acreditamos que este poderá ser um forte impulsionador do crescimento de receita nesta temporada, embora continuemos a ver uma rentabilidade mista”, afirma a XP.

Segundo a XP, a Cury e Direcional deverão estar no centro das atenções, combinando um crescimento robusto de receita (+41% e +23% anual, respetivamente) e uma forte rentabilidade, o que poderá levar a uma expansão notável dos lucros (+55% e +65% anual, respetivamente). 

“Devemos estar atentos à Plano&Plano (PLPL3), uma vez que os distratos mais elevados no 1T24 (+136% anual) poderão aumentar as provisões, o que poderá afetar a receita líquida, embora continuemos a ver um crescimento sólido”, comenta a XP. 

Já a Tenda (TEND3) e MRV (MRVE3) deverão continuar numa recuperação gradual da margem bruta ajustada, mas mantendo os resultados pressionados, dizem os analistas.

Cury e Direcional são as ‘queridinhas’ da XP

A XP projeta um aumento da receita líquida da Cury para R$ 837 milhões (+41% anual e +3% trimestral), impulsionado por um notável desempenho de vendas líquidas e aceleração da produção. 

“No geral, antecipamos um sólido lucro líquido de R$142 milhões, embora afetado por um aumento na participação de minoritários devido a mais parcerias em projetos (a participação da Cury nos lançamentos do 1T24 foi de 80% vs. 100% no 4T23)”, diz a research. 

Quanto à Direcional, os analistas da XP também projetam um forte aumento da receita líquida para R$ 683 milhões, impulsionada por robustas vendas líquidas no trimestre, com aumento de 56% na base anual. 

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“Adicionalmente, antecipamos um crescimento positivo da margem bruta ajustada (+80bps), atingindo 36,5%, motivado por um abrandamento dos efeitos da margem bruta das unidades vendidas através do programa habitacional Pode Entrar”, pontua os analistas. 

Segmento de média renda: Lavvi e Cyrela devem se destacar

Segundo a XP, as prévias operacionais revelaram um notável crescimento das vendas líquidas na maioria das empresas do segmento de média renda cobertas, impulsionadas por lançamentos robustos, apesar das pressões sobre as condições de financiamento imobiliário

A Lavvi  (LAVV3) e Cyrela (CYRE3) devem estar em destaque, mantendo uma forte margem bruta, potencialmente levando a um crescimento robusto dos lucros de +144% e +57% na base anual, respectivamente.

“Os pontos mais baixos deverão ser a Even (EVEN3) e a  Eztec (EZTC3), uma vez que vemos níveis de margem bruta ajustada ainda fracos na Even (27%) e uma pressão nos lucros da Ezetc”, conclui a XP.

Cury: vendas crescem 43,9% no 1T24 e atingem recorde histórico

A Cury anunciou a sua prévia operacional, referente ao primeiro trimestre de 2024 (1T24), reportando vendas líquidas totais de R$ 1,552 bilhão, o que representa um recorde para a companhia.

As vendas da Cury mostraram um crescimento de 43,9% no primeiro trimestre de 2024, quando comparado ao montante registrado no mesmo período de 2023 (1T23). Em relação ao último trimestre de 2023, o avanço é de 71,6%.

As vendas líquidas alcançaram um VGV (Valor Geral de Vendas) de mais de R$ 4,623 bilhões na soma dos últimos 12 meses, com crescimento anual de 27,9%.

No primeiro trimestre de 2024, a média de preço das vendas da Cury foi de R$ 292,2 mil, com alta de 9,4% na comparação anual e um aumento de 3,4% na comparação trimestral.

A VSO (vendas sobre oferta) trimestral líquida teve um aumento de 4,5 pontos percentuais (p.p.), chegando a 47,9% ao final do 1T24. Em relação ao 4T23, esse valor cresceu 9,0 p.p. No acumulado de 12 meses, a VSO teve alta de 1,2 ponto percentual no contexto anual, a 73,2%. Sobre o 4T23 da Cury, porém, houve variação negativa de 1,3 ponto percentual.

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Vinícius Alves

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