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Prio (PRIO3): novo programa de recompra divide analistas; veja o motivo

Após a Prio (PRIO3) divulgar que seu conselho de administração aprovou um novo programa de recompra de ações, substituindo o anterior, programado para encerrar ainda este mês, analistas financeiros mostraram divergências quanto à medida adotada pela petroleira.

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O Goldman Sachs disse que o anúncio sobre recompra de ações da Prio traz visibilidade sobre a potencial remuneração dos acionistas e pode ser bem recebido pelos investidores. Além disso, recomendam a compra das papéis da Prio a um preço-alvo de R$ 67,60.

O Itaú BBA também se manifestou favorável à proposta da Prio. Os analistas consideram que o anúncio era esperado, especialmente considerando o encerramento iminente do programa anterior. Mas a instituição ressaltou que a Prio tem demonstrado preferência por recompras em detrimento de dividendos.

Com as opiniões divergentes das duas instituições financeiras, os investidores agora observam atentamente como a companhia deve implementar seu novo programa de recompra e como isso irá afetar o valor das ações PRIO3 no mercado. A expectativa, dizem os estrategistas, é de que a petroleira possa fortalecer sua posição no mercado e gerar valor adicional para seus acionistas.

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Prio anuncia programa de recompra de ações

Segundo a Prio, o novo programa de recompra envolverá a aquisição de até 89 milhões de ações ordinárias, um aumento significativo em relação ao programa anterior de 46 milhões de ações, o que representa aproximadamente 10% das ações emitidas pela empresa. 

Além disso, o prazo para a realização das recompras da Prio foi estabelecido em até 18 meses, com a data final marcada para 8 de setembro de 2025.

O primeiro programa de recompra, que está prestes a encerrar, registrou a recompra de 15,9 milhões de ações, representando 35% do total de ações no programa, conforme dados da empesa. A média mensal de recompras, diz a Prio, foi de 1,8 milhão de ações, a um preço médio de BRL 39,5 por ação.

Companhia vê alta de 71% no lucro do 4T23, para US$ 324,2 mi

A empresa petrolífera Prio registrou um aumento significativo em seus resultados financeiros no quarto trimestre do ano passado (4T23), conforme divulgado pela empresa na sexta-feira (8). O lucro líquido atingiu US$ 324,2 milhões, marcando um aumento de 71% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou US$ 509,3 milhões durante o trimestre de outubro a dezembro de 2023, apresentando um aumento expressivo de 202% em comparação com o ano anterior. Ambos os indicadores não incluem ajustes relacionados ao IFRS-16, conforme esclarecido pela Prio.

A receita total da Prio também apresentou um crescimento notável, aumentando 274% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 690,7 milhões. A produção total de barris equivalentes de óleo por dia (boepd) alcançou 100,3 mil durante o período, representando um avanço anual de 110,6%.

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Murilo Melo

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