Sem previsão de acabar, paralisação do governo dos EUA completa 1 mês

A paralisação parcial do governo americano completa um mês nesta terça (22) – e sem previsão para acabar.

Desde 22 de dezembro, parte da administração pública federal dos Estados Unidos está com o orçamento bloqueado. A paralisação, conhecida como “shutdown“,começou quando nem o presidente Donald Trump e nem o Congresso chegaram a um acordo sobre a aprovação do orçamento público para 2019.

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O impasse se deu pela exigência de Trump de incluir no orçamento mais de US$ 5 bilhões para a construção de um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México. O muro é uma das promessas de campanha do presidente e gerou um de seus famosos bordões: “Build the Wall!” (Erga o Muro!).

A Câmara, sob o comando dos democratas, no entanto, está convencida a não acatar a reivindicação de Trump. Eles se opõem à obra por considerá-la “imoral”, custosa e ineficaz.

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No último sábado, Donald Trump ofereceu proteção temporária a imigrantes ilegais em troca da verba para a construção do muro. O republicano sugeriu estender em três anos o status de proteção e conceder dinheiro para assistência humanitária. A oposição, novamente, rejeitou a proposta, dizendo que ela não inclui solução permanente.

Os efeitos do shutdown

A paralisação afeta apenas 0,5% dos trabalhadores dos Estados Unidos, mas atinge funções e serviços importantes. Cerca de 800 mil funcionários federais estão trabalhando sem receber salário ou em licença não remunerada.

Há parques nacionais sem vigias, museus fechados e o funcionamento em aeroportos, por exemplo, está mais lento.

Segundo pesquisa da Universidade de Michigan, o “shutdown” afeta a confiança dos consumidores. Além disso, especialistas alertam para um prejuízo no crescimento do PIB americano, num momento em que a economia começa a desacelerar.

Guilherme Caetano

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