Previdência atual não passa de uma pirâmide financeira, diz Mourão

O vice-presidente da República Hamilton Mourão afirmou nesta quarta (20) que a atual Previdência “não passa de uma pirâmide financeira” e que, sem a reforma, os “mais jovens vão trabalhar até morrer”.

A declaração foi dada no contexto da entrega da proposta de reforma da Previdência pelo governo de Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional, na manhã desta quarta. Mourão disse estar confiante na aprovação do projeto.

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“Da forma que nós temos hoje, nosso sistema não passa de uma pirâmide financeira. Os que vão chegar primeiro, os mais velhos, vão ter suas aposentadorias, e os mais jovens vão trabalhar até morrer sem jamais se aposentarem”, declarou.

A reforma da Previdência é o principal projeto do governo para tentar reequilibrar as contas públicas. Também espera atrair investimentos “engatilhados”, que estão esperando pela aprovação da reforma para serem tirados do papel.

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O texto apresentado pelo governo traz mudanças, entre outras, nas idades mínimas de aposentadoria, de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. A aplicação se dará após um período de 12 anos de transição entre o atual e o novo regime. Com a reforma, trabalhadores só poderão se aposentar com 100% da média do salário de contribuição após 40 anos de contribuição.

O vice-presidente afirmou, em entrevista à Rádio Bandeirantes, confiar na aprovação da reforma no Congresso. Ele estimou que o governo precise de mais 60 a 70 votos na Câmara para conseguir fazer o projeto passar. “Estou otimista, porque a meu ver a reforma da Previdência não é a panaceia para todos os males do Brasil, mas é o grande passo para que nós cheguemos na linha de partida em condições ideais”, declarou.

Mourão, general da reserva do Exército, também comentou sobre a inclusão dos militares na reforma da Previdência. “É mais um salto normal de acordo com a rigidez que a gente já tem com a saúde melhorada que todos nós temos hoje. Além disso, as pensionistas que hoje não contribuem, passarão a contribuir também. Serão cobradas contribuições do pessoal que hoje não contribui, que é os alunos das escolares militares etc”, disse o vice-presidente.

Guilherme Caetano

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