Chuvas no Rio Grande do Sul já causam prejuízo de R$ 8 bilhões, diz CNM; perdas no agro passam R$ 1bi

Levantamento parcial da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela que as tempestades registradas desde 29 de abril no Rio Grande do Sul geraram pelo menos R$ 8 bilhões em prejuízos financeiros com as chuvas no RS.

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Os números contabilizam perdas de municípios do Rio Grande do Sul que enviaram os dados à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

A confederação esclarece que os impactos são informados pelos próprios municípios. São dados parciais, relatados à medida que os danos são contabilizados. A CNM estima que 1,9 milhão de pessoas foram afetadas, sendo que 645 seguem desaparecidos e foram reportadas 116 mortes.

A confederação estima que 437 municípios foram afetados, sendo 397 com reconhecimento estadual e federal do estado de calamidade pública. Destes, 219 registraram os decretos no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres do governo federal, sendo que a maioria informou os valores de danos e prejuízos.

Segundo a CNM, dos prejuízos financeiros relatados, R$ 4,4 bilhões referem-se ao setor habitacional, com 92,3 mil casas danificadas ou destruídas, R$ 2 bilhões foram relatados no setor público e R$ 1,5 bilhão no setor privado.

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Chuvas no RS: estado tem perdas acima de R$ 1 bilhão no agronegócio

A agropecuária é o setor econômico privado com perdas financeiras levantadas, somando R$ 1,161 bilhão.

Dos municípios que auferiram os prejuízos com as chuvas no RS, R$ 1,1 bilhão está relacionado à agricultura e R$ 61 milhões à pecuária. A indústria reportou R$ 166,3 milhões em prejuízos. Outros R$ 122 milhões foram relatados por comércios locais.

No setor público do Rio Grande do Sul, o levantamento auferiu prejuízos de R$ 1,5 bilhão em obras de infraestrutura (pontes, estradas, drenagem urbana) e R$ 417,1 milhões em instalações públicas, como escolas, hospitais, prefeituras.

CMN confirma aval para a prorrogação de crédito rural em municípios atingidos pelas chuvas

O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu em reunião extraordinária nesta sexta-feira, 10, autorizar as instituições financeiras, em caráter emergencial, a prorrogar para 15 de agosto as parcelas de principal e juros das operações de crédito rural de custeio, investimento e comercialização que tenham vencimento de 1º de maio a 14 de agosto deste ano. A decisão foi antecipada pelo Broadcast Agro .

De acordo com a Fazenda, que divulgou nota para informar a decisão, a medida visa a minimizar os prejuízos causados aos produtores rurais e agricultores familiares atingidos pelas chuvas nos municípios do Estado do Rio Grande do Sul, com decretação de situação de emergência ou de estado de calamidade pública no período de 30/4 a 20/5/2024, reconhecida pelo governo federal.

As operações de crédito rural serão corrigidas pelos encargos financeiros contratuais pactuados para a situação de normalidade, podendo ser mantidas as fontes de recursos originalmente contratadas. No caso das operações com recursos controlados, podem ser prorrogadas aquelas que estavam adimplentes em 30 de abril deste ano.

Como mostrou o Broadcast Agro, sobre as chuvas no RS o assunto vinha sendo discutido internamente no governo desde a última segunda-feira dentro do pacote de medidas de socorro ao Estado . O pedido da suspensão foi feito pela Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul). O prazo acordado para a prorrogação supera o pleito feito pelo Ministério da Agricultura, que defendia a interrupção do pagamento por 90 dias.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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