Com aumento da tensão entre Rússia e Ucrânia, petróleo sobe forte

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (21), após novos desdobramentos na crise geopolítica entre Rússia e Ucrânia. Este cenário acabou ofuscando as tratativas por um acordo nuclear com o Irã, que seguem em Viena.

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Com a decisão de Putin, o petróleo passou a segunda-feira (21) em alta intensa.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para abril fechou em alta de 3,16%, para US$ 93,95.

Já a cotação do petróleo Brent para abril subia 3,66%, para US$ 96,96, nos contratos futuros.

A maior influência é da escalada do conflito no leste ucraniano. Na tarde desta segunda, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, na Ucrânia, como regiões independentes.

O movimento elevou os temores de que a Rússia invada a Ucrânia a qualquer momento e sofra retaliações que tenham repercussão na produção do petróleo.

“Foi mais uma sessão de volatilidade no mercado de petróleo, com dúvidas sobre os esforços diplomáticos entre EUA e Rússia para levantar os preços”, aponta Edward Moya, analista da Oanda.

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Contexto da tensão Rússia-Ucrânia para o petróleo

Os preços do petróleo estavam caindo no início desta segunda, com a expectativa de uma reunião do presidente Joe Biden com o russo Vladimir Putin, mas, como as esperanças em torno disso se dissiparam, a commodity subiu.

No domingo, a França informou que Biden e Putin, haviam concordado “em princípio” com um encontro para tratar das recentes tensões, mas o Kremlin disse nesta segunda que é “prematuro falar sobre planos específicos” para uma cúpula.

Mais cedo, o Commerbank apontava que relatos de crescentes violações do cessar-fogo no leste da Ucrânia e uma extensa manobra militar conduzida por unidades russas na Bielorrússia estão gerando incerteza. Desta forma, a avaliação do banco alemão era de que os preços do petróleo poderiam em breve começar a subir novamente.

Entre os desdobramentos ao longo da tarde, Putin telefonou ao chanceler alemão, Olaf Scholz, e ao presidente francês, Emmanuel Macron, quando disse aos pares que pretende assinar um decreto sobre o reconhecimento da soberania de Donbass “em um futuro próximo”.

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Acordo nuclear com o Irã

Em meio ao noticiário sobre a Rússia, também existe o contexto de negociações entre Estados Unidos e Irã. Segundo Moya, o acordo, que aparenta estar próximo, poderia trazer 1,3 milhão de barris de petróleo por dia de volta aos mercados, aliviando algumas das pressões que estamos vendo atualmente.

Além disso, o analista da Oanda lembra que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) continua tendo dificuldades para atingir suas cotas, o que criou em grande parte o desequilíbrio que estamos vendo nas cotações do óleo.

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Com informações de Estadão Conteúdo. 

Monique Lima

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