Petrobras colocará ‘várias unidades’ de refino para operar em carga mínima

A Petrobras (PETR3;PETR4) irá diminuir a carga no refino em “várias unidades” para a mínima. A medida foi tomada em linha com a queda da demanda devido a pandemia do coronavírus (Covid-19). A informação foi publicada nesta quinta-feira (16) pelo jornal “Valor Econômico”.

Em comunicado, a petroleira comunicou que também está realizando paradas que podem acontecer por um longo período. “No refino, estamos iniciando agora uma fase de operação de várias unidades em carga mínima e algumas paradas por um período longo. Para definição das unidades que passarão por esses ajustes, foram levadas em consideração condições mercadológicas e operacionais. Essas medidas serão constantemente avaliadas a partir das mudanças no cenário”, informou a Petrobras.

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A Petrobras não esclareceu no documento se irá operar todas refinarias em carga mínima ou se irá diminuir as operações de algumas unidades.

Hibernação de 62 plataformas da Petrobras

A estatal petroleira informou na última quarta-feira que iniciou a hibernação de 62 plataformas em campos de águas rasas. A medida resultará na redução de 23 mil barris de petróleo por dia (bpd).

A empresa petrolífera informou, em comunicado, que a decisão inclui as bacias de Campos, Sergipe Potiguar e Ceará. De acordo com a companhia, as plataformas não possuem condições econômicas para operar com baixos preços do petróleo.

As cotações do preço da commodity têm sido pressionadas, recentemente, devido à queda mundial de demanda por petróleo. A baixa é consequência das medidas para conter a pandemia do novo coronavírus. A demanda global de petróleo deverá cair 30% em abril, segundo dados da Agência Internacional de Emergia (AIE).

A Petrobras destacou que 80% dessas plataformas não são habitadas e que o empregados das unidades habitadas não serão demitidos. A medida, segundo a petroleira, “faz parte de uma série de ações para preservar os empregos e a sustentabilidade da empresa nesta que é a pior crise da indústria do petróleo em cem anos”.

Juliano Passaro

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