Petrobras (PETR4) pagará dividendos de R$ 6,73 por ação; total no 2T22 é de R$ 87,8 bilhões

A Petrobras (PETR4) anunciou agora nesta quinta (28) que pagará dividendos de R$ 6,732 por ação, em duas parcelas, aprovados pelo Conselho de Administração. A empresa divulgou Fato Relevante especificando como será feita a remuneração.

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Com a notícia, as operações dos papéis da Petrobras foram interrompidas em NY e na B3, entre 15h45 e 16h. Voltaram a ser negociadas depois do anúncios dos dividendos. Às 16h17, as ações PETR4 subiam forte (3,64%, cotadas a R$ 32,49) e PETR3 avança 3,12%, a R$ 35,07. No fechamento, as ações preferenciais ganharam 3,19%, a R$ 32,35, e as ordinárias valorizaram 2,47%, a R$ 34,85 — impulsionando a alta no Ibovespa, que encerrou o pregão de hoje em alta de 1,14%, aos 102.596 pontos.

A empresa afirmou que a distribuição de dividendos está de acordo com sua política de remuneração aos acionistas e é compatível com a sustentabilidade das contas da companhia.

Os dividendos aprovados pela Petrobras no 2T22 são recorde: o total é de R$ 87,8 bilhões. Desse total, R$ 32,1 bilhões da estatal ficarão com a União, que é a maior acionista da Petrobras. Com os R$ 17,7 bilhões distribuídos ao governo no primeiro trimestre, a União receberá R$ 49,8 bilhões em dividendos referentes aos seis primeiros meses de 2022.

Mais cedo, reportagem da CNN dizia que o pagamento de ”mega- dividendos seria de R$ 78 bilhões”. Em meio a especulações sobre os dividendos, a estatal acabou soltando comunicado sobre o pagamento às 15h32, em documento arquivado na CVM.

“Em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões, a companhia poderá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e as aquisições de ativos imobilizados e intangíveis”, afirmou a Petrobras, sobre sua política de remuneração.

A política também prevê a aprovação de dividendos extraordinários, desde que a sustentabilidade financeira seja preservada.

Os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais nos meses de agosto e setembro, sendo R$ 6,73 por ação preferencial e ordinária em circulação.

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“Do montante de R$ 6,732003 por ação a serem pagos em duas parcelas, R$ 3,909190/ação se referem à antecipação da remuneração aos acionistas relativa a 2022. E R$ 2,822813/ação serão pagos com a conta de reservas de retenção de lucros constantes no balanço de 2021”, informa a Petrobras.

A primeira parcela, no valor de R$ 3,366002 por ação preferencial e ordinária em circulação, será paga em 31 de agosto de 2022. A segunda parcela, no valor de R$ 3,366001 por ação preferencial e ordinária, será paga em 20 de setembro de 2022.

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Veja como serão pagos os dividendos da Petrobras

Os dividendos da Petrobras serão pagos em duas parcelas iguais nos meses de agosto e setembro, da seguinte forma:

  • Valor a ser pago: R$ 6,732003 por ação preferencial e ordinária em circulação;
  • primeira parcela, no valor de R$ 3,366002 por ação preferencial e ordinária em circulação, será paga em 31 de agosto de 2022;
  • segunda parcela, no valor de R$ 3,366001 por ação preferencial e ordinária, será paga em 20 de setembro de 2022;
  • Data de corte: dia 11 de agosto de 2022 para os detentores de ações da Petrobras negociadas na B3;
  • o record date será dia 15 de agosto de 2022 para os detentores de ADRs negociadas na New York Stock Exchange (NYSE). As ações da Petrobras serão negociadas ex-direitos na B3 e na NYSE a partir de 12 de agosto de 2022;
  • A data de pagamento para os detentores de ações da Petrobras negociadas na B3 da primeira parcela será dia 31 de agosto de 2022 e a da segunda, em 20 de setembro de 2022;
  • Os donos de ADRs receberão os pagamentos a partir de 8 de setembro de 2022 e 27 de setembro de 2022, respectivamente.

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A primeira parcela de pagamento será realizada da seguinte forma:

  • dividendos de R$ 2,938861 por ação preferencial e ordinária em circulação;
  • juros sobre capital próprio de R$ 0,427141 por ação preferencial e ordinária em circulação.

Já a segunda parcela será integralmente paga sob a forma de dividendos.

“Importante ressaltar que esses proventos serão abatidos dos dividendos a serem aprovados na Assembleia Geral Ordinária de 2023 relativos ao exercício de 2022, sendo seus valores reajustados pela taxa Selic desde a data do pagamento de cada parcela até o encerramento do exercício social corrente
para fins de cálculo do abatimento.”, explica a estatal.

“Vale destacar que no Plano Estratégico 2022-26 os projetos de investimentos solicitados pelas áreas de negócio foram atendidos por apresentar boa resiliência e por serem suportados pela geração de caixa operacional e o fluxo de desinvestimentos, sem efeitos adversos na alavancagem. Portanto, não existem investimentos represados por restrição financeira ou orçamentária e a decisão de uso dos recursos excedentes para remunerar os acionistas se apresenta como a de maior eficiência para otimização da alocação do caixa”, acrescenta a Petrobras.

Total de dividendos em 2022 da estatal chega a R$ 136,3 bilhões

No primeiro trimestre, a Petrobras havia repassado R$ 48,5 bilhões em dividendos aos acionistas. Com o volume recorde distribuído no segundo trimestre, o montante distribuído em 2022 chega a R$ 136,3 bilhões. O volume do primeiro semestre supera o total de dividendos distribuídos ao longo de todo o ano passado. Em 2021, a petroleira pagou R$ 101,4 bilhões em dividendos, dos quais a União recebeu R$ 37,3 bilhões.

Tradicionalmente, as empresas têm duas opções para o lucro: reinvestir na própria companhia ou distribuir dividendos aos acionistas. Em nota, a Petrobras informou que optou por pagar um volume recorde de dividendos porque não há investimentos suspensos ou em espera por restrições financeiras ou orçamentárias.

Os dividendos de estatais como a Petrobras representam uma das fontes de recursos que o Tesouro Nacional pretende usar para custear o pagamento de R$ 41,25 bilhões da emenda constitucional que aumentou benefícios sociais e criou auxílios temporários para taxistas e caminhoneiros. Segundo números divulgados hoje pelo Tesouro Nacional, no primeiro semestre, o governo federal recebeu R$ 45,202 bilhões em dividendos de estatais, em valores corrigidos pela inflação, contra R$ 16,157 bilhões no mesmo período de 2021.

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(Com Agência Brasil) 

Redação Suno Notícias

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