Parlamentares dos EUA querem que governo atue contra tarifas do Brasil

Parlamentares norte-americanos publicaram uma carta endereçada ao representante de comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, sobre as tarifas do etanol brasileiro. No documento, os deputados pedem ao governo dos EUA que atue para que as autoridades do Brasil removam o limite da quantidade do produto que pode entrar no País livre de taxas.

“Nós pedimos que o senhor inste suas contrapartes brasileiras a remover a cota de etanol e a proibitiva tarifa de 20% para importações extra-cota, para que seja reinstalada a isenção da tarifa externa comum para o etanol americano que vigorou entre 2012 e 2017”, pediram os deputados de localidades dos EUA que são produtoras de milhos e etanol.

“Apesar de afirmações de que a cota estaria vigente apenas por dois anos, o governo brasileiro estendeu essa política por um ano a mais; e nós temos razões para suspeitar que a cota será novamente renovada ao final deste mês”.

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O atual acordo prevê isenção de tarifas nas importações de até 750 milhões de litros de etanol por ano. Atingido esse valor, a tarifa passa a ser de 20%. O apelo dos parlamentares norte-americanos é que essa tarifa seja zerada. Já o apelo dos políticos nordestinos é de que essa taxa não seja reduzida por causa da competição com o etanol do nordeste, uma vez que a entrada do produto dos EUA no Brasil acontece pelo porto da região.

O prazo desse acordo está previsto para encerrar no final deste mês e por esse motivo as atenções estão voltadas para os derivados da cana-de-açúcar. Antes, a cota era de 600 milhões por ano, mas a foi aumentada no ano passado pelo presidente Jair Bolsonaro como uma ação diplomática ao seu aliado Trump. No entanto, o mandatário dos EUA não retornou o aceno. A expectativa era de que os norte-americanos favorecessem a importação do açúcar brasileiro.

Brasil aceita zerar taxas de etanol se os EUA aceitarem reduzir o açúcar, diz secretário

Em resposta a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre impor tarifas em produtos do Brasil caso o governo federal não reduzisse as taxas impostas ao etanol importados dos EUA, o secretário do Ministério da Agricultura disse que o País aceita reduzir, desde que os norte-americanos façam o mesmo com o açúcar brasileiro.

Na semana passada, Trump disse que a política dos EUA se baseia na reciprocidade. “No que diz respeito ao Brasil, se eles impõem tarifas nós temos de ter uma equalização de tarifas. Vamos apresentar algo sobre tarifas e justiça. É chamado reciprocidade. Você pode esperar algo sobre isso muito em breve”.

Em resposta, o secretário de Assuntos Internacionais da Agricultura, Orlando Leite Ribeiro, disse que “não podemos falar de reciprocidade apenas em setores que interessam a um dos lados. Nesse sentido, o Brasil está disposto a conceder o mesmo tratamento para o açúcar brasileiro, ambos produtos derivado da cana”, afirmou o secretário ao jornal “Estado de S.Paulo”.

De acordo com uma fonte do Ministério da Economia, ouvido pelo jornal, a liberalização do açúcar é o melhor cenário, já que aumentaria a comercialização entre os EUA e o Brasil.

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Poliana Santos

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