Decisão sobre Maxi Renda (MXRF11) pode afetar todos os fundos; ações da Vale (VALE3) estão atrativas; Veja as 5 notícias mais lidas

O caso do fundo Maxi Renda (MXRF11) foi um dos assuntos mais comentados na semana. Na última terça-feira (26), o debate aumentou com a decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a distribuição de rendimentos. Os desdobramentos do episódio com o MXRF11 chamaram a atenção dos leitores e ficaram entre as notícias mais lidas desta semana.

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A Genial Investimentos divulgou as ações que foram top pick dos analistas para 2022. Entre elas, estão as da Alupar (ALUP11), que brilharam entre todas os ativos listados na bolsa de valores. Na última segunda-feira (24), o relatório com os principais motivos da escolha foi divulgado.

A Vale (VALE3) também foi recomendada pela Genial, que deixou bem claro como os papéis da empresa estão atrativos. Na última terça-feira (26), os analistas explicaram as razões para a recomendação de compra do papel.

Outra análise que deu o que falar foi a do Bank of America (BofA) sobre a projeção da Selic para 2022. O banco atualizou a projeção sobre a taxa básica de juros. Na próxima semana, há a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que determinará o aumento da taxa de juros.

Entre as noticias mais lidas da semana, outra empresa se destacou. O Bradesco BBI acredita que a recuperação da Magazine Luiza (MGLU3) não vem no quarto trimestre de 2021, mas as ações têm surpreendente potencial de alta.

Veja abaixo o resumo das principais notícias da semana. Acesse os links para ler o texto completo. Bom final de semana!

MXRF11: como a decisão da CVM pode afetar os fundos imobiliários?

Não é de hoje que o mercado de fundos imobiliários discute quais os parâmetros para a distribuição de rendimentos, em especial se o retorno aos cotistas pode exceder variáveis como o lucro de caixa ou o lucro contábil. Na terça-feira, o debate ganhou contornos mais definidos com a decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre o fundo Maxi Renda (MXRF11), divulgada em fato relevante ao mercado.

Em dezembro (mas só divulgado nesta semana), o colegiado da CVM decidiu – ainda que de forma não unânime – que a distribuição de dividendos dos fundos imobiliários não pode exceder o lucro contábil. O caso tem como base um processo em andamento do FII MXRF11.

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Segundo a área técnica da CVM, a administração do Maxi Renda vinha distribuindo aos cotistas rendimentos com base no lucro caixa do Fundo, mesmo quando esses valores excediam o lucro contábil. O que não poderia ser feito na classificação de rendimento e, sim, como amortização ou devolução do capital investido pelos cotistas.

Até o momento, trata-se de um processo exclusivo do FII MXRF11, mas o caso levanta um debate para todo o mercado de fundos imobiliários, visto que, caso a decisão seja validada, poderá ser replicada para todos os FIIs.

Mas calma: a administração do FII MXRF11 vai recorrer da decisão e o processo ainda não foi concluído. Ou seja, a decisão pode mudar (ainda mais considerando que não foi unânime) e, até lá, tudo continua igual.

Previsão de dividendos robustos: Alupar (ALUP11) deve valorizar muito, diz Genial

Alupar (ALUP11) não só é a principal escolha da Genial Investimentos para 2022 no setor elétrico. Foi também selecionada para o top 5 ações favoritas da corretora para este ano.

Motivos:

  • natureza do segmento da empresa,
  • expansão de negócios e
  • dividendos generosos.

Em relatório assinado por Vitor Sousa, analista de Setor elétrico e saneamento, a Genial explica como os três pilares que justificam o investimento na companhia devem levar as ações da Alupar a uma valorização de 42,97%, com o preço-alvo de R$ 35 para o final de 2022. No momento de divulgação do relatório, os papéis valiam R$ 24,48.

O primeiro motivo de confiança se deve à força do setor de energia elétrica, que possui demanda inelástica e, portanto, se apresenta como mais resiliente à volatilidade. No caso da Alupar, com maior parte do EBITDA (lucros antes de juros impostos depreciação e amortização) exposta ao segmento de transmissão, a operação é marcada receitas reajustadas por índices inflacionários.

O segundo motivo, o crescimento da empresa, envolve uma série de projetos ainda em desenvolvimento e que devem continuar a expandir seu EBITDA ao longo dos próximos anos, para além dos que já foram entregues recentemente.

O terceiro motivo, por fim, acredita que 2022 será o ano da “virada de chave” no quesito dividendos, e está atrelado diretamente ao ciclo de crescimento da companhia. O relatório diz que, após intensificar investimentos, a empresa deve ser mais generosa no que diz respeito à distribuição de proventos a partir de 2022.

O que torna a Vale (VALE3) tão atrativa? Genial responde

Vale (VALE3) é uma das principais empresas recomendadas para compor a carteira de ações dos investidores em 2022. A mineradora é a escolha para o setor de metais pela Genial Investimentos e também já apareceu em relatórios da XP Investimentos, Bank of America (BofA), Morgan Stanley, BTG Pactual e outros.

Afinal, o que torna a Vale tão atrativa? Para Gabriel Tinem, analista do setor de mineração da Genial Investimentos, são três os principais motivos que podem responder a essa pergunta:

Relacionado aos três fatores está o preço do minério de ferro, que também influencia na atratividade da mineradora.

“Em nossa visão, com o preço de longo prazo do minério de ferro em US$ 75/ tonelada, a ação VALE3 ainda possui potencial de alta em relação ao preço atual. Cabe ressaltar que, no momento, a perspectiva para o recurso é boa, com o preço superando a faixa dos US$ 120/tonelada.”

Com isso, os investidores conseguem retornos na forma de mais dividendos e também com a valorização dos papéis da Vale.

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A recomendação da Genial é de compra para as ações da Vale, com o preço-alvo de R$ 115,00 – potencial de upside de 33% frente o valor de R$ 86,47, fechamento no dia 20/01.

BofA atualiza projeções para a Selic em 2022

Faltando poucos dias para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que determinará o aumento da taxa de juros no dia 2 de fevereiro, o Bank of America elevou sua previsão para o ciclo de alta: 150 pontos base, levando a taxa Selic de 9,25% para 10,75%, voltando aos dois dígitos pela primeira vez desde 2017. Os números batem com as sinalizações do BC. Mas o BofA também revisou suas projeções para a taxa básica de juros até o final do ano.

O BofA acreditava que o Banco Central iria desacelerar seu ritmo de alta para 100bp em fevereiro, ao levar em consideração que o pico da inflação tinha sido atingido em novembro e as expectativas para 2023 estavam próximas da meta, Dizia também que a atividade econômica estava desacelerando, com o foco da política monetária se aproximando cada vez mais de 2023.

No entanto, até agora o BC não deu qualquer indicação sobre uma possível mudança no ritmo de aperto já em fevereiro, apesar da recente evolução dos dados. A autoridade monetária tem dito que seu cenário base é de mais 150pb na reunião do Copom em fevereiro.

“Esperamos que o BC não se comprometa com mais outra alta de 150pb na reunião do Copom em 17 de março”, disseram os analistas do banco. “Neste ponto, esperamos uma alta final de 50pb em março, mas calibraremos nossa chamada dependendo do tom do Banco Central na declaração de decisão e na ata. Isso significaria uma taxa Selic até o fim de 2022 de 11,25%.”

O banco pondera que aumentos além de maio tornam-se menos prováveis, quando se espera que a inflação anual seja redefinida. “Até lá esperamos uma normalização das bandeiras de energia elétrica também aliviando um pouco a inflação mensal”, afirmam.

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Magazine Luiza (MGLU3): segundo Bradesco BBI, recuperação não virá no 4T21, mas ações podem subir 120%

Em revisão sobre o cenário do varejo brasileiro, o Bradesco BBI disse que não projeta um bom 4T21 para o balanço do Magazine Luiza (MGLU3), apesar de o preço-alvo da casa ser de R$ 14, mais do que o dobro da cotação atual e um upside de cerca de 120% nos papéis. Apesar disso, com a volatilidade alta, os analistas seguem com recomendação neutra.

“As categorias de grande porte, como móveis e eletrônicos, continuam apresentando um crescimento fraco, embora não vejamos sinais de deterioração material em relação ao fraco 3T21.”

“Entre as empresas de e-commerce esperamos que a Americanas (AMER3) tenha um desempenho superior, enquanto os negócios de lojas da Magalu e da Via (VIIA3) continuam a arrastar o crescimento e a lucratividade devido à sua alta exposição ao varejo de produtos eletrônicos”, dizem os analistas da casa.

Os analistas do banco de investimentos destacam que a pressão nas margens provavelmente será um tema em todo o setor, impulsionado pela inflação dos preços das matérias-primas. Nesse contexto, as top picks do banco para o setor são Arezzo (ARZZ3), que divulgou anúnciou de follow-one nesta quinta-feira (26) e Renner (LREN3).

“Nossa decisão se baseia no bom momento, no valuation atrativo e nas bases de clientes relativamente resilientes. Também adicionamos Petz (PETZ3) devido ao alto crescimento (5 anos  com CAGR 42%) e preço razoável”, diz o Bradesco BBI.

Os analistas do banco veem uma temporada de balanços “razoável” para o varejo de vestuário e calçado, com alta da receita com relação ao mesmo período de 2019, porém retração em relação ao trimestre anterior.

“Nossas verificações de canal sugerem que a demanda permaneceu consistente por meio do trimestre, o que vemos como positivo para o impulso em direção a 2022. Dito isso, esperamos para ver alguma pressão de margem”, afirmam.

Do Maxi Renda (MXRF11) à Magazine Luiza, essas foram as 5 notícias mais lidas da semana. Para ler todas as notícias do SUNO Notícias, clique aqui ou nos siga no Instagram e Twitter.

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Victória Anhesini

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