Balanços da semana

Ibovespa encerra em queda 12,17% e registra maior baixa desde 1998

O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (9) em queda de 12,17% aos 86.067,20 pontos. O principal índice acionário do Bolsa de Valores de São Paulo (B3) registrou a maior queda desde 1998.

O Ibovespa seguiu o movimento das bolsas internacionais e despencou devido à forte baixa do barril petróleo tipo Brent. A tendência de queda continuou mesmo após o circuit breaker.

Veja algumas das principais quedas na Bolsa:

Confira o que mais afetou mercado nesta segunda-feira:

  • Petróleo registra a maior queda diária desde 1991
  • Ibovespa cai e circuit breaker é acionado
  • Circuit breaker é acionado em Nova York
  • Eneva envia carta à AES Tietê para negociar possível fusão

Petróleo registra a maior queda diária desde 1991

Devido ao insucesso das negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia sobre o volume de produção da commodity, os preços do barril Brent chegaram a cair 31% no mercado futuro asiático do último domingo (8). Essa é a maior queda diária desde a Guerra do Golfo, ocorrida entre 1990 e 1991.

Saiba mais: Petróleo chega a cair 31% e registra a maior queda diária desde 1991

Na última sexta-feira (6), as más notícias sobre as negociações entre os países da OPEP e a Rússia (grupo chamado de OPEP+), chegaram a derrubar o petróleo na maior queda diária em 11 anos. Por volta das 6h45 desta segunda-feira (9), o petróleo Brent era negociado a US$ 36,62, uma queda de 19,11%.

Devido à disseminação do coronavírus (Covid-19), a demanda por petróleo tem caído ao longo de 2020. Num cenário de queda no consumo da commodity, a Arábia Saudita, que detêm a maior e mais eficiente produção do mundo, tentam tirar participação de mercado de alguns países, como a Rússia.

Na última sexta-feira, era esperado que o cartel anunciasse um novo corte diário de 1,5 milhão de barris, como uma medida para conter o esfriamento econômico global. No entanto, a Rússia não aceitou.

Ibovespa cai 10,02% e circuit breaker é acionado

O Ibovespa caiu 10,02%  nessa segunda-feira e circuit breaker foi acionado. As negociações são suspensas por 30 minutos. A última vez que as negociações tinham sido interrompidas foi o dia seguinte do “Joesley Day“, em 18 de maio de 2017.

O principal índice da Bolsa de Valores abriu em forte queda de 9,53%, aos 88.656 pontos, por causa das consequências econômicas da epidemia de coronavírus (Covid-19) na Europa e na Ásia, e com a disputa sobre os preços do petróleo entre Arábia Saudita e Rússia.

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Na semana passada o Ibovespa tinha registrado também uma forte desvalorização, caindo para cerca de 97 mil pontos. A marca de 100 mil pontos tinha sido alcançada pela primeira vez em meados de 2019.

Circuit breaker é acionado em Nova York

O S&P 500 chegou a cair 7%  as 10h39 horário de Brasília desta segunda-feira (9), aos 2.766 pontos. Por causa dessa queda o circuit breaker foi acionado na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). As negociações foram suspensas por 15 minutos.

Saiba mais: S&P 500 cai 7% e circuit breaker é acionado em Nova York

A última vez que o S&P 500 teve suas negociações suspensas foi durante a crise de 2008. Nesta segunda também o Ibovespa caiu 10,02% as 10h30 e as negociações foram suspensas por 30 minutos.

​O circuit breaker nos Estados Unidos quando o S&P 500 cai 7%. Nesse caso as negociações são interrompidas por 15 minutos. Se a queda continuar até 13%, outra interrupção de 15 minutos é realizada, se isso ocorrer antes das 15h25. Caso a queda continue para até 20%, os mercados fecharão para o dia todo.

 

Eneva envia carta à AES Tietê para negociar possível fusão

Uma semana após divulgar um fato relevante sobre uma possível combinação de negócios com a AES Tietê (TIET11), a Eneva (ENEV3) enviou uma nova carta reforçando a proposta de fusão com a AES Tietê ao conselho de administração da empresa e também aos membros da diretoria da companhia pela qual tem interesse em combinar os negócios.

Saiba mais: Eneva envia nova carta à AES Tietê para negociar possível fusão

A Eneva destaca mais uma vez que a fusão é uma oportunidade única de geração de valor para as duas empresas, seus acionistas, clientes, empregados e demais stakeholders.

Caso fosse aprovada, a fusão criaria a segunda maior geradora privada do Brasil, com capacidade de geração de 6,1 mil megawatts (MW) e faturamento anual de R$ 5 bilhões. O valor de mercado da Eneva, na última segunda-feira (2), quando anunciou o interesse no negócio, era de R$ 13,48 bilhões, enquanto o da AES Tietê era de R$ 6,07 bilhões.

Último fechamento do Ibovespa

O Ibovespa encerrou a sessão, na última sexta-feira (6), em queda de 4,14% e despencou para 97.996,77 pontos.

Arthur Guimarães

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