Grana na conta

Ibovespa tem 1ª alta em agosto e quebra série de 13 sessões seguidas no negativo; bancões, varejistas e Petrobras (PETR4) sobem e Vale (VALE3) recua

Após abrir em queda nesta sexta-feira (18), o Ibovespa virou e fechou em alta de 0,37%, aos 115.408 pontos, em dia de bom desempenho de bancos e papéis do setor de consumo. A Petrobras (PETR4) sobe. A Vale (VALE3) virou e passou a recuar.

Contabilizando uma sequência histórica de 13 pregões consecutivos, o Índice Bovespa chegou a cair 0,49% nos primeiros minutos de negociação, mas passou a ensaiar uma recuperação a partir da alta de ações do setor financeiro e subiu até 0,29% no melhor momento até agora. No exterior, o sinal de baixa ainda predomina nas bolsas, em novo dia de aversão ao risco, diante da percepção de piora na crise na China.

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As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) fecharam alta de 0,57% e as ordinárias (PETR3) avançaram 0,61%.

Os papéis da Vale (VALE3) apresentaram queda de 1,11%.

As ações de bancos e instituições financeiras avançaram: Itaú (ITUB4) subiu 0,93%, Banco do Brasil (BBAS3) avançou 0,32%, Bradesco (BBDC4) ganha 0,53% e Santander (SANB11), +0,42%, A B3 (B3SA3) salta 2,08%.

Entre as maiores altas na bolsa, a liderança estava com a Magazine Luiza (MGLU3), com avanço de 6%. Os papéis de Via (VIIA3) subiam 1,79% e os de Assaí (ASAI3) também avançavam 1,72%.

Na ponta negativa, a Gol (GOLL4) tem perdas de 5,24%.

No dia em que a gigante chinesa do setor de construção Evergrande pediu falência nos Estados Unidos, a China anunciou detalhes sobre como planeja implementar um pacote de medidas para fortalecer mercados acionários e de títulos no país, de forma a impulsionar a confiança do investidor. Entre elas, o país visa principalmente relaxar restrições para fundos, incluindo sobre regras para investimentos estrangeiros.

Os preços do minério de ferro fecharam em alta na china, mas o petróleo segue fraco, com os preços do barril perto da estabilidade nos futuros de Londres e Nova York. Por aqui, predomina a queda entre ações de commodities, como Petrobrás e Vale, que também são afetadas pelo vencimento do mercado de opções, que costuma trazer instabilidade aos papéis.

No cenário doméstico, as atenções se voltam a movimentações políticas em torno de reformas estruturais, que têm potencial para promover algum alívio aos ativos. O deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019 na Câmara dos Deputados, afirmou que a reforma tributária aumentará a carga tributária em um primeiro momento. Porém, como a PEC pretende simplificar os impostos, elevará a formalização e, com isso, terá a possibilidade de reduzir a carga sobre o consumo em um “futuro próximo”.

“Na implantação, vamos ter aumento de base, acredito firmemente nisso. Teremos aumento da formalização, porque com simplificação, você também tem aumento de formalização, o que gera possibilidade de, em um futuro próximo, diminuir a carga sobre o consumo”, disse o deputado em um evento do Insper, em São Paulo.

O presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou que a meta é que o texto da reforma tributária comece a ser apreciado no Senado no início de outubro, após passar pela etapa de audiências públicas e discussões com governadores e prefeitos.

No radar dos investidores

Sem novidades na agenda econômica, os investidores seguem com aversão ao risco nesta sexta-feira (18), após o Ibovespa encerrar a véspera em mais um dia de baixa, a 13ª seguida, com a maior sequência da história. O mercado local também segue atento à novas preocupações em relação ao setor imobiliário da China.

Na quinta-feira (15), a Evergrande, gigante do segmento no país, entrou com um pedido de proteção judicial na corte de falências de Manhattan, em Nova York. Conhecida como “Chapter 15”, a solicitação trata-se de uma proteção contra falências, destinada a lidar com proteções judiciais de empresas internacionais, e faz jus às reestruturações da empresa, em Hong Kong e nas Ilhas Cayman.

Na agenda nacional, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, fala nesta manhã em Fórum Brasileiro de Inteligência Artificial, promovido pela Fundão Milton Campos, em São Paulo.

Também nesta sexta-feira, acontece a posse do novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, com a participação do presidente Lula e ministros.

Na agenda corporativa, os investidores que compraram ações da Petrobras (PETR4) verão sua conta da corretora engordar com os dividendos que serão pagos nesta sexta-feira (18). Os proventos da petroleira correspondem a R$ 0,6686 por ação.

Serão contemplados com os dividendos da Petrobras os acionistas que detinham ações da empresa até data de corte, que ocorreu no dia 12 de junho. Desde o dia 13 de junho, as ações são negociadas sem direito aos proventos.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

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Dólar sobe e supera patamar de R$ 5,00

O dólar à vista abriu a sessão desta sexta-feira em alta, voltando a operar acima do patamar de R$ 5,00, o que não ocorria desde o último dia 2 de junho. Ainda que com menor pressão dos treasuries, as preocupações com a China se mantém no radar dos investidores após a incorporadora imobiliária Evergrande pedir proteção contra falência nos Estados Unidos.

Perto das 10h20, o dólar operava em alta de 0,30%, a R$ 5,003.

Na quinta-feira (17), a moeda americana encerrou o pregão com leve baixa de 0,10%, a R$ 4,9813, depois de registrar a mínima de R$ 4,9598.

Bolsas da Ásia caem, com cautela na China e aperto monetário por BCs

Antes do final de semana, as bolsas de valores na Ásia fecharam o dia em queda, com a preocupação recaindo sobre o mercado imobiliário da China. A adoção de políticas monetárias mais restritas para segurar o aumento da inflação também foi um fator influente.

Em Xangai, a bolsa local fechou no vermelho, em queda de 1,00%, a 3.131,95 pontos (mínima do dia). A grande maioria dos indicadores por setores terminaram o dia piores, com o índice local recuando 1,8% na semana.

Preocupações com o fato de que a China Evergrande entrou com pedido de falência nos EUA pesaram. O pedido da Evergrande, conhecido como “Chapter 15”, e trata-se de uma proteção contra falências, destinada a lidar com proteções judiciais de empresas internacionais.

Na Bolsa de Tóquio, o indicador Nikkei sofreu uma queda de 0,55%, fechando em 31.450,76 pontos.  As ações de empresas varejistas e farmacêuticas tiveram um desempenho negativo, devido às preocupações acerca das políticas monetárias restritivas adotadas pelos bancos centrais e seu impacto na economia.

Em Hong Kong, o Hang Seng encerrou esta sexta-feira (18) derretendo 2,05%, a 17.950,85 pontos. Desde a sua máxima recente, no final de janeiro deste ano, o índice perdeu um quinto de seu valor que significa que esse mercado está em território de bear market – quando uma bolsa enfrenta desvalorizações acompanhadas de pessimismo por parte dos investidores.

Em Taiwan, o índice Taiex também fechou em queda de 0,82% e encerrou o pregão a 16.381,31 pontos.

Na Oceania, em Sydney, o índice S&P/ASX 200 teve um fechamento praticamente estável, com um aumento de 0,03%, atingindo 7.148,10 pontos. 

Cotação do Ibovespa nesta quinta (17)

O Ibovespa terminou o pregão de quinta-feira (17) com queda de 0,53%, aos 114.982,30 pontos.

Com informações Estadão Conteúdo e Dow Jones Newswires.

Com Estadão Conteúdo

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Giovanni Porfírio Jacomino

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