Radar: ações de Nubank (ROXO34) despencam, Eletrobras (ELET3) tem recomendação de compra e B3 (B3SA3) desenvolve “ChatGPT para investimentos”

As ações do Nubank (ROXO34) listadas na Bolsa de Valores de Nova York, a NYSE, sofreu queda de 6,5% nesta quinta-feira (17) após a notícia de que o CEO da companhia vendeu 25 milhões de ações.

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Com isso, as ações do Nubank fecharam cotadas a US$ 7,14. As BDRs do Nubank negociadas agora sob o ticker ROXO34 – anteriormente eram NUBR33 – tiveram retração de 5,3%, a R$ 5,79.

“Como registrado em formulário enviado à SEC, a CVM americana, David Vélez, fundador e CEO do Nubank, vendeu, através da Rua California Ltd, 25 milhões de ações de classe A, o que representa menos de 3% dos papéis que ele detém do Nubank e 0,5% do capital total”, disse a fintech.

“A venda é totalmente motivada por fins de planejamento patrimonial e para dar suporte às atividades filantrópicas de Vélez”, complementa o texto. Dono de cerca de 21% do Nubank e parte do bloco de controle do neobanco, Vélez se comprometeu a doar em vida a maior parte de sua fortuna para projetos sociais.

De acordo com a revista Forbes, Vélez e família têm uma fortuna estimada em US$ 7,6 bilhões, o que o coloca na 306ª posição no ranking de bilionários da revista. Ele é a pessoa mais rica da Colômbia, país em que a revista o situa, mas, no Brasil, ficaria na sexta posição.

A venda de ações de classe A do Nubank foi intermediada pela corretora do JPMorgan, de acordo com documentos enviados à SEC, e aconteceu um dia após o Nubank informar os resultados do segundo trimestre deste ano. O lucro líquido da fintech, de US$ 225 milhões, veio 31% acima da estimativa do Prévias Broadcast, e gerou reações positivas entre analistas.

Além de Nubank, confira outros destaques desta quinta-feira:

Eletrobras (ELET3): apesar do ruído político, analistas reforçam recomendação de compra para ações; veja os motivos

  • Cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) e não ao procurador-geral da República, Augusto Aras, decidir sobre o mérito da ação direta contra a Eletrobras (ELET3), avalia o Itaú BBA. Para o banco, o STF deveria conciliar a negociação entre governo e a ex-estatal. Analistas reiteram, mesmo com esse ruído político, recomendação de compra para as ações da elétrica.
  • “Embora a proposta de aceitação parcial da ação direta possa ter um impacto negativo para a Eletrobras, observamos que o STF (e não Augusto Aras) é responsável por decidir sobre o mérito da ação direta, e não houve indicação oficial do resultado potencial da votação”, diz a equipe do BBA. 
  • Na ocasião, Aras defendeu no STF o aumento do poder de voto da União na Eletrobras. O mercado reagiu mal à manifestação da PGR, ocorrida dois dias depois de o CEO da Eletrobras Wilson Ferreira Jr pedir renúncia da companhia. 
  • Após a notícia, os preços das ações caíram 3,5%, com a perspectiva de um desfecho não favorável entre as partes. Hoje (17), os papéis da Eletrobras reagiram, marcando alta de 2,15%, cotados a R$ 34,63.

B3 (B3SA3) e Microsoft (MSFT34) estão desenvolvendo um “ChatGPT para investimentos”

  • B3 (B3SA3) iniciou projeto com a Microsoft (MSFT34) para criar um ChatGPT de investimentos. A ideia é que o aplicativo de inteligência artificial (IA) tire dúvidas sobre conceitos de investimentos e finanças pessoais.  
  • Segundo o Valor Econômico, a novidade sobre o “ChatGPT de investimentos” foi anunciada por Felipe Paiva, diretor de relacionamentos com clientes da B3, na Anbima Summit, evento realizado nesta quinta-feira (17). 
  • Na ocasião, o executivo anunciou que a IA da B3 será lançada em breve, com customização das respostas conforme interação com usuário. Além disso, está no radar da empresa lançar ferramentas que automatizem o cálculo do Imposto de Renda (IR). 
  • Outro ponto informado por Paiva é a criação de cartões-presente de investimentos a fim de presentear pessoas em parceria com o Tesouro Direto. Todos os anúncios visam atingir principalmente a população jovem que, segundo dados da B3, correspondem a 49% dos investidores.

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Petrobras (PETR4): Eduardo De Nardi Ros é novo gerente executivo de relações com investidores

  • Petrobras (PETR4; PETR3) informou que a diretoria executiva aprovou a designação de Eduardo De Nardi Ros para o cargo de Gerente Executivo de Relações com Investidores, com efeitos a partir desta quinta-feira (17).
  • Eduardo De Nardi Ros assume o posto de Carla Albano, que estava à frente da gerência executiva da Petrobras desde abril de 2019.
  • Eduardo De Nardi é graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com mestrado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP).
  • O novo executivo ingressou na estatal em 2013 e exerceu diversas posições gerenciais, sendo que desde 2019, exercia a função de Gerente Executivo da área de Desempenho Empresarial da Petrobras.
  • “Ros atuou com protagonismo no turnaround corporativo que reduziu o endividamento da companhia dos últimos anos, implementando uma agenda de geração de valor, resiliência e alocação de capital. Possui vasta experiência em FP&A e em processos de avaliação econômica e de performance de ativos e segmentos da Petrobras, reportando-se à Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração da Petrobras”, diz o comunicado da companhia.
  • O conselho apontou ainda que o novo executivo de RI da Petrobras promoveu o desdobramento do sistema de gestão baseado em valor, com foco em KPIs críticos, alavancas acionáveis e iniciativas com impacto em valor.

Santander (SANB11) consegue liminar no STF para evitar impostos

  • O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli concedeu uma liminar favorável ao Santander (SANB11) para a instituição não recolher PIS sobre as receitas brutas operacionais até que seja julgado o mérito do recurso na ação que ampliou a base de cálculo do PIS e da Cofins para instituições financeiras. A decisão é da noite da quarta (16).
  • Toffoli, relator do processo, acatou o argumento do banco de que a Receita Federal já poderia começar a cobrar o tributo de forma retroativa e que isso representaria valores “extremamente vultosos, isto é, bilionários”.
  • O Santander tinha uma decisão favorável do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) para não ser cobrado pelo imposto desde 2007, segundo o ministro. Porém, em junho deste ano, o STF decidiu que o tributo fosse cobrado para todas as instituições financeiras sobre toda a receita bruta operacional, não só da atividade típica, ou seja, apenas da venda de produtos e serviços. Isso permitiu que a Receita começasse a cobrar o imposto dos bancos, incluindo multa e juros.
  • “A cobrança do crédito tributário encontrava-se suspensa desde o ano de 2007, por força de provimento judicial sem efeito suspensivo. Nesse sentido, em razão do exíguo prazo previsto para recolhimento dos vultosos valores envolvidos na demanda, entendo ser o caso de manter suspensa a exigibilidade do crédito tributário até o julgamento dos embargos de declaração”, afirmou o ministro relator, na decisão.
  • No início de agosto, o Santander entrou com um recurso na Suprema Corte para evitar a cobrança. Além da liminar, ele tenta, no mérito, fazer com que a decisão do STF não se aplique a seu caso ou que a decisão de junho do STF só valha para o futuro e não de forma retroativa, com base na segurança jurídica.
  • O banco chegou a reverter R$ 4,236 bilhões na provisão no balanço do primeiro trimestre de 2023, antes do julgamento do STF, de uma perda provável para possível, isto é, não considerava perder a causa. No balanço do segundo trimestre, após o julgamento da Corte, o banco provisionou apenas R$ 2,672 bilhões. Ele disse que os R$ 1,5 bilhão restantes não seriam afetados pela decisão do STF justamente porque ela ainda é objeto de recursos.
  • Em junho, o STF decidiu que o PIS e a Cofins deveriam ser cobrados sobre toda a atividade empresarial por entender que o conceito de receita é mais amplo que o de faturamento. Já os contribuintes afirmam que apenas as receitas brutas (da venda de produtos e serviços) poderiam compor a base dos tributos.
  • A tese está em repercussão geral, ou seja, afeta todas as instituições financeiras que discutem o tema na Justiça. O impacto é bilionário.
  • A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estima que estão em jogo cerca de R$ 12 bilhões. Já a União estima impacto de R$ 115 bilhões, de acordo com a estimativa da na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3): 300 maiores varejistas batem R$ 1 trilhão em vendas em 2022

  • Cinco empresas dominaram as vendas online no Brasil em 2022: Amazon (AMZO34), Americanas (AMER3), Magazine Luiza (MGLU3), Mercado Livre (MELI34) e Via (VIIA3). Em 2022, o faturamento delas somou R$ 203,4 bilhões, considerando vendas de produtos de estoque próprio e de terceiros. A quantia representou no ano passado 78% do e-commerce nacional.
  • Os dados são da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), que rankeou as 300 maiores varejistas em faturamento, avaliando a participação e vendas totais dos marketplaces segundo apuração da consultoria NielsenIQ.
  • A maior fatia do faturamento foi para o Mercado Livre (MELI34), com R$ 80,5 bilhões em 2022. A seguir é possível conferir a parcela de cada um dos markeplaces:
  • Mercado Livre (MELI34): R$ 80,5 bilhões;
  • Americanas (AMER3): R$ 44,3 bilhões (número anteriores à crise de inconsistências contábeis);
  • Magazine Luiza (MGLU3): R$ 43,3 bilhões;
  • Via (VIIA3): R$ 20,5 bilhões;
  • Amazon (AMZO34): R$ 14,6 bilhões.

Do Nubank ao Magazine Luiza, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui

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Vanessa Loiola

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