Ibovespa fecha em leve baixa; reoneração de combustíveis puxa ganhos da Petrobras (PETR4) e Raízen (RAIZ4)

Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (27) em baixa de 0,08% aos 105.711,05 pontos, após oscilar entre 105.226,60 e 106.402,11. O volume financeiro do dia somou R$ 17,5 bilhões. 

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A bolsa de valores hoje operou em constante queda. Durante o início do pregão, o Boletim Focus manteve a tendência de alta inflacionária com a 11ª semana seguida de elevação de projeção do IPCA para 2023.

No intradia, o índice recuperou fôlego após o anúncio da reoneração de 100% dos impostos federais sobre gasolina e etanol e as taxas de juros futuros recuaram.

“[A reoneração] será escalonada de forma a onerar menos o consumidor final, decisão que o mercado viu como positiva, já que a decisão irá ajudar a diminuir o rombo de mais de R$ 200 bilhões nas contas do governo”, explica Rodrigo Cohen, analista e co-fundador da Escola de Investimentos.

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Com o anúncio da reoneração, os papéis de companhias como Petrobras (PETR3;PETR4), Raízen (RAIZ4) e São Martinho (SMTO3) figuraram na ponta positiva do Ibov hoje. Outras empresas que tiveram ganhos no pregão desta segunda foram Alpargatas (ALPA4) e Via (VIIA3), apoiadas pela queda de juros futuros.

“A reoneração dos combustíveis beneficia esses papéis ligados açúcar e álcool, além do petróleo. O fim da desoneração dos combustíveis trará uma alta no preço da gasolina e etanol, e vai implicar nos ganhos dessas empresas”, pontua Luiz Adriano Martinez, sócio e gestor de renda variável da Kilima Asset.

Outra blue chip do Ibovespa em destaque nesta segunda-feira foi a Vale (VALE3) que, mais uma vez, acompanhou queda do minério no exterior com novas restrições na China e estoques altos, e fechou em queda de 0,05%. A commodity recuou 2,53%, cotada a US$ 127,17 (885,50 iuanes) a tonelada.

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Enquanto isso, a ponta negativa da bolsa destacou as perdas entre as empresas do setor de saúde, como Hapvida (HAPV3) e Qualicorp (QUAL3). Também tiveram perdas os papéis da CVC (CVCB3) e Azul (AZUL4), do setor turístico.

Os ativos bancários também recuaram no fechamento do Ibovespa hoje. O Santander (SANB11) caiu 0,76%, o Itaú (ITUB4) perdeu 1,29% e o Banco do Brasil (BBAS3) recuou 1,36%. Bradesco (BBDC4) desvalorizou 0,98% e o BTG Pactual (BPAC11) teve baixa de 2,02%.

Por fim, nos EUA as bolsas se recuperam após perdas na semana passada com os receios em relação aos juros e próximas decisões do Fed (Federal Reserve). Hoje, o Dow Jones subiu 0,22% (32.889,29 pontos), o S&P avançou 0,31% (3.982,35) e a Nasdaq ganhou 0,63% (11.466,98). O dólar à vista fechou em alta de 0,16%, a R$ 5,2072, após oscilar entre R$ 5,1720 e R$ 5,2128.

“Após a divulgação de dados de inflação acima do esperado, mercado já espera que o Fed deverá ter uma taxa terminal maior do que o esperado”, pontua Cohen.

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Maiores altas do Ibovespa

  • Raízen (RAIZ4): +5,19%
  • São Martinho (SMTO3): +5,12%
  • Alpargatas (ALPA4): +2,75%
  • Eztec (EZTC3): +2,7%
  • Multiplan (MULT3): +2,41%

Maiores baixas do Ibovespa

  • Hapvida (HAPV3): -4,21%
  • CVC (CVCB3): -4,12%
  • Qualicorp (QUAL3): -5,52%
  • Petz (PETZ3): -3,47%
  • Banco Pan (BPAN4): -3%

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Cotação do Ibovespa nesta segunda-feira (27)

Ibovespa fechou o pregão desta segunda-feira (27) em baixa de 0,08% aos 105.711,05 pontos.

Janize Colaço

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