Ibovespa sobe 6,65% na semana; Via (VIIA3) dispara 34%, IRB (IRBR3) avança 26%

O Ibovespa hoje (23) terminou o dia em alta de 2,00%, aos 109.697,57 pontos. Hoje, o índice oscilou entre mínima de 107.551,70, da abertura, e máxima de 109.994,23, flertando assim com os 110 mil pontos, patamar não visto desde 7 de dezembro no intradia.

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No ano, a cotação do Ibovespa avança 4,65%. Fraco, o giro financeiro desta sexta-feira ficou em R$ 23,2 bilhões. O ganho semanal de 6,65% foi também o maior desde o intervalo entre 17 e 21 de outubro, quando havia subido 7,01%.

O Ibovespa hoje recuperou a linha dos 109 mil pontos e se manteve mais uma vez bem à frente dos índices acionários americanos e europeus, nesta sexta-feira (23), que antecede o Natal. Foi o quinto ganho consecutivo para a referência da B3, uma sequência vitoriosa que não se via desde o intervalo entre 17 e 21 de outubro.

Os descontos que se acumularam na Bolsa deram lugar a uma recuperação técnica nesta semana, em que o valor do Ibovespa avançou 6,65%, vindo de perdas de 4,34% e 3,94% nas duas anteriores, o que resulta ainda em recuo no mês, de 2,48% – bem inferior, contudo, à retração de 7% vista no começo desta semana, em dezembro.

“O nível de negociação um tanto menor, aqui como no exterior, favorece a volatilidade nesta sessão pré-Natal, com muita gente já de fora, pelo feriado. A PEC da Transição, desidratada, ainda dá apoio ao sentimento positivo, bem como a recepção aos nomes já anunciados pelo governo eleito”, para os ministérios e as áreas técnicas da Fazenda, diz Gustavo Neves, especialista em renda variável da Blue3. “Não foi negativo como se chegou a temer.”

Com o esvaziamento da agenda e também do volume de negócios à medida que o ano vai chegando ao fim, o apetite por risco, hoje, foi amparado por leitura abaixo do esperado para o IPCA-15 de dezembro, considerado como prévia da inflação no mês.

A leitura vem no momento em que os investidores têm refeito contas com relação à Selic, tendo em vista a possibilidade de expansão fiscal em 2023 no Brasil, em paralelo ao aumento de juros ainda em curso em economias centrais, como Estados Unidos e zona do euro.

“O IPCA-15 ficou em 0,52% em dezembro, o que traz o índice anual de 6,17% para 5,90%, alinhado com o IPCA cheio. Não trouxe surpresas ruins, nem nenhuma grande mudança, após o período de deflação, especialmente em transportes entre julho e outubro. Há uma estabilidade saudável, mas é preciso seguir acompanhando nos próximos meses”, diz Bruno Mori, economista e sócio-fundador da Sarfin.

Na B3, o avanço do petróleo entre 2,67% (WTI) e 3,63% (Brent) nas sessões da Nymex e da ICE deu impulso às ações de Petrobras (PETR4). Os papéis preferenciais subiram 4,71%, enquanto os ordinários, 5,12%, em dia moderadamente positivo para Vale (VALE3), com ganho de 0,66%, apesar do leve recuo do minério de ferro na China.

Os grandes bancos, que viraram ao positivo ontem perto do fechamento, estenderam a recuperação nesta sexta-feira, com Santander (SANB11) e Banco do Brasil (BBAS3) passando a subir no mês, respectivamente, 2,39% e 0,89% – hoje, a primeira fechou em alta de 1,32% e a segunda, de 2,47%.

Itaú (ITUB4) avança 1,57%, e Bradesco (BBDC4) sobe 1,75% nas ações preferenciais, e 1,37% nas ordinárias. Apesar de também apresentarem bom desempenho na sessão, ainda cedem no mês.

Na ponta do Ibovespa hoje, destaque para B3 (B3SA3), com alta de 8,57%. 3R Petroleum (RRRP3) valorizou 8,34%, e Positivo (POSI3) avançou 8,11%. No lado oposto, além de Gerdau (GGBR4), que caiu 3,88%, Gerdau Metalúrgica (GOAU4) recuou 3,65%. O destaque também vai para IRB (IRBR3), com queda de 4,21%, e Suzano (SUZB3), com baixa de 2,70%.

Maiores altas do Ibovespa

  • B3 (B3SA3): +8,63%
  • 3R (RRRP3): +8,34%
  • Positivo (POSI3): +8,11%
  • Qualicorp (QUAL3): +7,84%
  • Banco Pan (BPAN4): +7,53%

Maiores baixas do Ibovespa

  • IRB (IRBR3): -4,21%
  • Gerdau (GGBR4): -3,89%
  • Gerdau Metalúrgica (GOAU4): -3,65%
  • Suzano (SUZB3): -2,70%
  • CSN (CSNA3): -2,25%

Maiores altas da semana

  • Via (VIIA3): +34,03%
  • CVC (CVCB3): +28,69%
  • IRB (IRBR3): +26,39%
  • Americanas (AMER3): +24,90%
  • Gol (GOLL4): +23,65%

Maiores baixas da semana

  • Usiminas (USIM5): -5,85%
  • Suzano (SUZB3): -5,63%
  • Gerdau (GGBR4): -4,87%
  • Klabin (KLBN11): -4,36%
  • Gerdau Metalúrgica (GOAU4): -4,09%

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em alta, após um pregão volátil, marcado por impulso limitado, com menos liquidez às vésperas do feriado do Natal. O foco esteve na divulgação de uma rodada de dados da economia americana, que vieram mistos.

  • Dow Jones: +0,53%, aos 33.203,93 pontos
  • S&P 500: +0,59%, aos 3.844,82 pontos
  • Nasdaq: +0,21%, aos 10.497,86 pontos

Na semana, o Dow Jones subiu 0,86%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq caíram 0,20% e 1,94%, respectivamente.

O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) – medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed) – avançou 0,2% em novembro ante outubro, em linha com expectativa de analistas. Já a renda pessoal cresceu 0,4% no mesmo intervalo, superando o consenso, de aumento de 0,3%.

Por outro lado, os gastos com consumo subiram 0,1% no período, abaixo das expectativas do mercado, de alta de 0,2%. As encomendas de bens duráveis, por sua vez, caíram acima do esperado, enquanto as vendas de moradias novas subiram acima da expectativa. Medido pela Universidade de Michigan, o sentimento do consumidor também veio mais do que o esperado, ao mesmo tempo em que as expectativas de inflação em 1 e 5 anos tiveram queda.

O preço do dólar à vista encerrou o pregão desta sexta, na quarta baixa consecutiva, cotado a R$ 5,1662, em queda de 0,38%. Com o resultado, a divisa americana acumula recuo de 2,42% em relação ao real na semana e, no ano, cai 7,35%. A disparada dos preços de commodities e a redução da incerteza fiscal do País apoiaram a moeda brasileira ao longo da sessão, em meio à baixa liquidez na antevéspera do Natal.

A divisa operou em queda durante todo o pregão. No meio do dia, chegou a testar a mínima de R$ 5,1199 (-1,27%), mas diminuiu as perdas em relação ao real ao longo da tarde. O movimento acompanhou o enfraquecimento global do dólar, em especial na comparação com moedas como o dólar australiano, peso do México e rand sul-africano, que ganharam terreno ante a moeda americana durante o pregão.

Petróleo e ouro

Os contratos futuros de petróleo registraram ganhos nesta sexta-feira, ganhando fôlego ao longo do dia. Com negócios já reduzidos diante da proximidade do Natal, houve destaque para a notícia de que a Rússia pretende reduzir a oferta em 2023.

O petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de 2,67% (US$ 2,07), a US$ 79,56 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês subiu 3,63% (US$ 2,94), a US$ 83,92 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, ambos subiram 6,85% e 6,17%, respectivamente.

O contrato futuro do ouro subiu hoje, em resposta ao dólar ligeiramente mais fraco e à diminuição da liquidez próximo ao feriado de Natal. Além disso, o mercado acompanhou uma rodada de indicadores mistos da economia americana.

O ouro para fevereiro fechou em alta de 0,49%, em US$ 1.804,2 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na semana, o metal precioso subiu 0,22%.

Cotação do Ibovespa nesta quinta (22)

O Ibovespa encerrou a sessão desta quinta-feira (22) em alta de 0,11%, aos 107.551,52 pontos.

(Com informações de Estadão Conteúdo)

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João Vitor Jacintho

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