Grana na conta

Ibovespa abre em queda de 3,6%; estímulos à economia no radar

O Ibovespa abriu em queda nesta segunda-feira (23), de forma contrária às bolsas estadunidenses e europeias. No último domingo (22), foi divulgada uma MP que prevê a suspensão dos contratos de trabalho por até quatro meses.

Por volta das 10h27, o Ibovespa variava negativamente a 3,61%, para 64.648,51 pontos. O mercado está de olho ao plano de contenção da doença na maior economia do planeta. O Senado norte-americano recusou um pacto de estímulos à economia.

Além disso, segue no radar do investidor:

  • MP de Bolsonaro
  • Recusa do Senado norte-americano a plano de estímulos à economia
  • Medidas do BNDES para contenção do coronavírus
  • Altas do mercado e bolsas no exterior

Covid-19

O presidente Jair Bolsonaro autorizou, por meio de uma Medida Provisória (MP) divulgada no Diário Oficial da União (DOU) no último domingo (22), a suspensão de contratos de trabalho por até quatro meses. A medida trata-se de uma forma de ajudar a sustentar as empresas do País durante o avanço do coronavírus (Covid-19).

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Durante este período de contenção ao coronavírus, o trabalhador não receberá salários, mas deixará de trabalhar. No entanto, de forma compensatória, a companhia será obrigada a oferecer cursos de qualificação online para o trabalhador e a manter benefícios estipulados em contrato, com o plano de saúde.

De acordo com a MP, a negociação individual entre o trabalhador e o empregador ficará acima de acordos coletivos e da lei trabalhista, mas preservando os direitos previstos na Constituição. A medida tem um prazo de 60 dias para ser votada no Congresso Nacional, caso contrário, perderá a validade.

Até 8h desta segunda-feira, as secretarias estaduais de Saúde do Brasil confirmaram 1.620 casos do coronavírus. Ao todo, são 25 mortes: 22 em São Paulo e três no Rio de Janeiro. Segundo a universidade norte-americana John Hopkins, no mundo inteiro já são 341,7 mil infectados em todo o mundo, com mais de 15 mil vítimas.

Senado norte-americano

O pacote de estímulos à economia em combate aos efeitos do coronavírus (Covid-19), na ordem de US$ 1 trilhão (R$ 5,06 trilhões), foi recusado pelo Senado dos Estados Unidos no último domingo (22). Houve um empate em 47 a 47 votos, sendo que eram necessários 60 votos para o texto ser aprovado nesta primeira votação.

A proposta, redigida majoritariamente por republicanos, propunha o envio de cheques a todos os estadunidenses e aumentava o seguro-desemprego durante a crise causada pelo coronavírus. Segundo os senadores democratas, o texto estava focado em salvar as empresas e traria pouco para ajudar os trabalhadores.

O presidente norte-americano Donald Trump, entretanto, mantém-se otimista na provação do projeto. Logo após a votação no Senado, em entrevista à jornalistas sobre o coronavírus, disse que “acha que chegarão lá”.

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Antes da votação no Senado, o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, afirmou que os programas de financiamento para estimular a atividade econômica podem chegar a US$ 4 trilhões (R$ 20,24 trilhões).

Segundo ele, o processo será coordenado pelo Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, proporcionando a liquidez necessária para as empresas do país.

BNDES

O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) anunciou, no último domingo (22), um pacote de medidas para conter os efeitos da pandemia do coronavírus na economia brasileira. O banco estatal anunciou a suspensão de cobrança de empréstimo por seis meses como uma das medidas para a injetar R$ 55 bilhões no sistema financeiro.

Será suspenso o pagamento de juros por até seis meses para as empresas que tem financiamento direto, para esses, serão destinados R$ 19 bilhões. Segundo o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, essa medida “traz um alívio de caixa para empresas” que enfrentam a crise provocada pelo coronavírus.

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Uma outra medida anunciada foi a transferência de R$ 20 bilhões de recursos do PIS/Pasep para o Fundo de Garantia do Tempo e Serviço (FGTS).

Altas e quedas do Ibovespa

Mercados no exterior

Os índices futuros de Nova York operam em alta, enquanto os mercados europeus apresentam certa instabilidade e as bolsas asiáticas fechando majoritariamente em queda.

O S&P 500 VIX, conhecido como “índice do medo” da bolsa norte-americana, indicador que mede a volatilidade dos ativos, por volta das 9h30, operava em baixa de 7,32%, a 57,10 pontos, indicando um menor sentimento de risco.

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Confira o desempenho das principais bolsas ao redor do mundo às 10h10 desta segunda-feira:

Última cotação do Ibovespa

Na última sessão, sexta-feira (20), o Ibovespa encerrou em queda de 1,85%, a 67.069,36 pontos.

Jader Lazarini

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